Revista Ibero-Americana de Saúde Integrativa (RISI)
, Bauru, v. 1, n. 00, e024003, 2024e-ISSN: 2966-4543
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Revista Ibero-Americana de Saúde Integrativa
Ibero-American Journal of Integrative Health
MOTIVAÇÕES DE DOCENTES E DISCENTES
PARA A INSERÇÃO EM LIGAS ACADÊMICAS DE
ENFERMAGEM E MEDICINA
MOTIVACIONES DE PROFESORES Y ESTUDIANTES PARA LA
INSERCIÓN EN LIGAS ACADÉMICAS DE ENFERMERÍA
Y MEDICINA
MOTIVATIONS OF TEACHERS AND STUDENTS FOR INSERTION
IN ACADEMIC LEAGUES OF NURSING AND MEDICINE
¹
Universidade Estadual do Ceará (UECE),
Crateús – CE – Brasil. Docente do curso
de Medicina.
2 Universidade Federal de Santa Cata
-
rina (UFSC), Florianópolis – SC – Brasil.
Doutorando em Educação Física na área
de concentração Atividade Física rela
-
cionada a Saúde pelo Programa de Pós
-
-Graduação em Educação Física.
3 Universidade Federal do Rio Grande do
Sul (UFRGS), Porto Alegre – RS – Brasil.
Professor Titular. Doutorado em Psicolo
-
gia (PUC/SP).
4 Universidade Federal do Ceará (UFC),
Fortaleza – CE – Brasil. Mestra em Saúde
da Família.
5 Universidade Estadual do Ceará (UECE),
Crateús – CE – Brasil. Docente do Progra
-
ma de Pós-Graduação em Saúde Coleti
-
va.
6 Universidade Estadual do Ceará (UECE),
Crateús – CE – Brasil. Coordenadora-Ge-
ral de Articulação Interfederativa e Parti
-
cipativa do Ministério da Saúde.
7 Universidade Estadual Vale do Acaraú
(UVA), Sobral – CE – Brasil. Pró-Reitora
de Pesquisa e Pós-Graduação.
Ana Suelen Pedroza CAVALCANTE ¹
anasuelen.cavalcante@uece.br
Gabriel Pereira MACIEL ²
gabrielpmaciel12@gmail.com
Ricardo Burg CECCIN 3
burgceccin@gmail.com
Quitéria Larissa Teodoro FARIAS 4
quiteriafarias@sobral.ce.gov.br
Antônio Rodrigues FERREIRA JÚNIOR 5
arodrigues.junior@uece.br
Maria Rocineide FERREIRA DA SILVA 6
rocineideferreira@gmail.com
Maristela Inês Osawa VASCONCELOS 7
miosawa@gmail.com
Como referenciar este artgo:
CAVALCANTE, A. S. P.; MACIEL, G. P.; CECCIN, R. B.; FARIAS, Q. L. T.; FERREIRA JÚ
-
NIOR, A. R.; FERREIRA DA SILVA, M. R.; VASCONCELOS, M. I. O. Motvações de
docentes e discentes para a inserção em ligas acadêmicas de enfermagem e me
-
dicina.
Revista Ibero-Americana de Saúde Integratva (RISI)
, Bauru, v. 1, n. 00,
e024003, 2024. e-ISSN: 2966-4543. DOI: htps://doi.org/10.47519/risi.v1i00.3
RESUMO:
As ligas Acadêmicas artculam o tripé universitário, colaboran
-
do com a formação dos estudantes a partr do protagonismo estudantl.
Neste sentdo, há motvações extrínsecas e intrínsecas para a partcipação
de docentes e discentes.
Objetvo:
Identfcar as motvações de discentes
e docentes para a inserção em Ligas Acadêmicas nos cursos de graduação
em enfermagem e medicina.
Metodologia:
Trata-se de um estudo explora
-
tório-descritvo, realizado com oito docentes e 16 discentes partcipantes
de oito ligas acadêmicas. Os dados foram coletados a partr de entrevistas
semiestruturadas e organizados por meio da técnica de Análise de Conteú
-
do no sofware N-Vivo. Os resultados foram analisados a partr da literatu
-
ra pertnente e da teoria da autodeterminação.
Resultados:
As motvações
dos discentes estão majoritariamente associadas ao desejo de ingressar
na prátca profssional de forma precoce, além da valorização excessiva
da acumulação de certfcados relacionados a experiências e estudos. Por
Submetdo em:
07/01/2024
Revisões requeridas em:
20/03/2024
Aprovado em:
10/04/2024
Publicado em:
10/12/2024
10.47519/risi.v1i00.3
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outro lado, os docentes destacaram a produção cientfca como principal
motvação, seguida pelo envolvimento cognitvo e afetvo com sua área de
atuação e com os próprios discentes.
Conclusão:
Os docentes são motva
-
dos pela identfcação com a temátca da Liga, pelo ensinar implicado com
a intervenção de campo e pela produção cientfca e técnica.
PALAVRAS-CHAVE:
Educação Superior. Ligas Acadêmicas. Motvação.
RESUMEN:
Las Ligas Académicas artculan el trípode universitario, colabo
-
rando con la formación de estudiantes a partr del protagonismo estudian
-
tl. En este sentdo, existen motvaciones extrínsecas e intrínsecas para la
partcipación de profesores y estudiantes.
Objetvo:
Identfcar las motva
-
ciones de estudiantes y profesores para la inserción en Ligas Académicas
en los cursos de graduación en enfermería y medicina.
Metodología:
Se
trata de un estudio exploratorio-descriptvo, realizado con ocho profesores
y 16 estudiantes partcipantes en ocho ligas académicas. Los datos fue
-
ron recolectados a partr de entrevistas semiestructuradas y organizados
a través de la técnica de Análisis de Contenido en el sofware N-Vivo. Los
resultados se analizaron a partr de la literatura pertnente y de la teoría de
la autodeterminación.
Resultados:
Las motvaciones de los estudiantes se
relacionan principalmente con el deseo de ingresar temprano a la práctca
profesional, así como con la sobrevaloración de la acumulación de expe
-
riencia y certfcados de estudio. Los profesores, por su parte, se refrieron
a la producción cientfca como principal motvación, seguida de la impli
-
cación cognitva y afectva con el área de actvidad, así como con los pro
-
pios estudiantes.
Conclusión:
Los estudiantes están motvados por el logro
personal y académico. Los docentes están motvados por la identfcación
con el tema de la liga, por la enseñanza involucrada con la intervención en
el campo y por la producción cientfca y técnica.
PALABRAS CLAVE:
Enseñanza superior. Ligas Académicas. Motvación.
ABSTRACT:
Academic leagues artculate the university tripod, collabora
-
tng with the training of students based on student protagonism. In this
sense, there are extrinsic and intrinsic motvatons for the partcipaton
of teachers and students.
Objectve:
To identfy the motvatons of stu
-
dents and teachers for joining Academic Leagues in undergraduate nur
-
sing and medicine courses.
Methodology:
This exploratory-descriptve
study was carried out with eight teachers and 16 students partcipatng
in eight academic leagues. Data were collected from semi-structured in
-
terviews and organized using the Content Analysis technique in the N
-
-Vivo sofware. The data were analyzed based on relevant literature and
self-determinaton theory.
Results:
The students’ motvatons are mainly
related to the desire to enter professional practce early and the overva
-
luaton of the accumulaton of experience and study certfcates. Teachers
mentoned scientfc producton as the primary motvaton, followed by
cognitve and afectve involvement with the area of actvity and the stu
-
dents themselves.
Conclusion:
Students are motvated by personal and
academic achievement. Teachers are motvated by identfcaton with the
league’s theme, teaching involved with feld interventon, and scientfc
and technical producton.
KEYWORDS:
Higher educaton. Academic leagues. Motvaton.
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Artgo submetdo ao sistema de similaridade
Editor-chefe:
Kaique Cesar de Paula Silva
Editor Executvo:
José Anderson Santos Cruz
INTRODUÇÃO
As Ligas Acadêmicas têm suas origens na área da medicina (Burjato Júnior, 1999), cons
-
ttuindo um cenário de aprendizagem em campo e ampliando o acesso dos usuários à atenção
médica especializada. Esse acesso ocorre por meio da presença de estudantes e docentes em
programas que integram a formação acadêmica à prátca de atenção, com estratégias de estu
-
do e pesquisa aliadas a uma abordagem preventva e terapêutca de caráter socioassistencial
(ou, em muitos casos, socio assistencialista). O surgimento das Ligas precede a criação do
Sistema Único de Saúde (SUS), as Diretrizes Curriculares Nacionais implementadas a partr dos
anos 2000, as Comissões de Integração Ensino-Serviço em Saúde, estabelecidas em 2007, e a
Polítca Nacional de Extensão, formalizada em 2012.
Entretanto, as Ligas Acadêmicas ganharam novo impulso em meio ao esforço de am
-
pliar a presença de docentes e estudantes nos cenários de trabalho, o que passou a ser de
-
nominado “contato precoce com os ambientes produtvos”. Esse movimento visava reduzir
o ensino centrado na tradicional aula frontal, promovendo a inserção das atvidades de ex
-
tensão universitária em todas as disciplinas curriculares. Com o crescimento e a expansão da
presença das Ligas nos cursos da área da saúde, também houve uma modifcação em sua con
-
cepção inicial, que buscou romper com a visão socio assistencialista (Cavalcante
et al.
, 2021)
orientando-se para a consolidação dos princípios e diretrizes do SUS (Costa
et al.
, 2020).
Tratando-se de uma atvidade extracurricular, não há obrigatoriedade acadêmica para
que estudantes ou docentes se envolvam nesses projetos. No entanto, as Ligas oferecem uma
oportunidade para o cumprimento das horas de formação, de livre escolha pelos discentes,
com vistas à integralização curricular. A abertura das Ligas pelos docentes resulta da mot
-
vação em liderar processos longitudinais no modelo de aprendizagem baseada em projetos
(Marques
et al.
, 2021), além de reunir estudantes em ações de intervenção social. A implica
-
ção dessas ações é responsável pela intensidade e direção das mesmas, estando fortemente
infuenciada pelo desejo de formar/formar-se e de intervir (Spector, 2003).
Schunk, Meece e Pintrich (2014) afrmam que para obter êxito nos processos de ensino
e de aprendizagem é necessário que haja motvação, pois só por meio do genuíno interesse,
atvidades inovadoras ou desafadoras são iniciadas e mantdas (Deci; Ryan, 2004). O interesse
Motivações de docentes e discentes para a inserção em ligas acadêmicas de enfermagem e medicina.
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exerce uma ação protagonista, seja por liderar uma experiência, seja pelo poder de realização
de um projeto coletvo ou insttucional. A motvação para a partcipação em Ligas Acadêmicas
pode estar relacionada à identfcação com modos singulares de ensinar e aprender, nos quais
o ensino e a aprendizagem se incorporam ao exercício da ação profssional. Essa abordagem
proporciona uma maneira de manter o docente no campo da intervenção e de envolver o
discente na realização de intervenções (Bzuneck; Boruchovitch, 2016; Deci; Ryan, 2008). Em
alguns casos, a motvação pode ser determinada por fatores de atração, como fnanciamento,
reconhecimento, a necessidade de cumprir uma etapa de um percurso ou itnerário acadêmi
-
co, a busca por uma forma de contornar encargos indesejáveis ou ainda como uma estratégia
de alocação de carga horária (Bzuneck; Boruchovitch, 2016; Deci; Ryan, 2008).
Diante desses aspectos, surge o seguinte questonamento: qual a motvação de dis
-
centes e docentes da área da saúde para a partcipação em Ligas Acadêmicas? Considerando
que, como estratégia educacional, as Ligas ganharam relevância nos processos de mudança na
graduação, com foco na maior identfcação com o Sistema Único de Saúde (SUS), é de grande
interesse compreender esse fenômeno em suas diversas facetas. Isso permitrá dimensioná-lo
como um processo complementar à formação em saúde e, por meio disso, gerar evidências
cientfcas que contribuam para o aprimoramento da construção de diferentes estratégias de
ensino e aprendizagem. O tema da implicação, adesão e engajamento, aqui abordado, diferen
-
cia-se do conceito de Ligas Acadêmicas no que se refere aos desafos relacionados ao conceito
de cognição atva. O objetvo deste estudo foi identfcar as motvações de discentes e docen
-
tes para a partcipação em Ligas Acadêmicas nos cursos da área da saúde.
METODOLOGIA
Este é um estudo exploratório-descritvo (Gil, 2017), realizado com 8 docentes e 16
discentes partcipantes de oito Ligas Acadêmicas na graduação. Quatro dessas Ligas estavam
vinculadas ao curso de Enfermagem e outras quatro ao curso de Medicina, ambos em univer
-
sidades públicas localizadas no interior do estado do Ceará. Para partcipar do estudo, os dis
-
centes deveriam estar regularmente matriculados em um dos cursos mencionados, enquanto
os docentes precisavam fazer parte da equipe de coordenação de uma das Ligas Acadêmicas
incluídas no estudo. Tanto docentes quanto discentes deveriam ser membros das Ligas há pelo
menos um trimestre, no período de coleta de dados, de modo a garantr um envolvimento
mínimo, justfcado pelo tempo de adesão.
Os discentes foram selecionados de forma aleatória, sendo um membro da diretoria
ou coordenação das Ligas Acadêmicas e outro que não estvesse vinculado a essa atvidade. O
convite para partcipação voluntária no estudo foi feito individualmente, por meio de contato
Ana Suelen Pedroza CAVALCANTE, Gabriel Pereira MACIEL, Ricardo Burg CECCIN, Quitéria Larissa Teodoro FARIAS, Antônio Rodrigues
FERREIRA JÚNIOR, Maria Rocineide FERREIRA DA SILVA, Maristela Inês Osawa VASCONCELOS.
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telefônico. Após a aceitação, as entrevistas foram agendadas em locais que garantssem a pri
-
vacidade dos partcipantes. As entrevistas semiestruturadas, com duração média de 15 a 30
minutos, foram gravadas e realizadas por dois pesquisadores treinados. Elas ocorreram antes
ou após as reuniões semanais das Ligas. Durante as entrevistas, foram feitos questonamentos
aos docentes e discentes sobre as motvações que os levaram a ingressar e a permanecer nas
Ligas Acadêmicas.
Além das entrevistas, foram realizadas observações não partcipantes nas reuniões se
-
manais das Ligas Acadêmicas, totalizando três reuniões observadas por liga. A presença nas
reuniões foi assegurada uma vez que a pesquisa ocorreu antes das imposições de afastamento
fsico devido à pandemia da COVID-19, que começaram em março de 2020.
Os dados obtdos foram organizados por meio da Análise de Conteúdo (Bardin, 2011),
utlizando o sofware N-Vivo para a construção de nuvens de palavras, ferramenta que permite
visibilizar as representações e seu predomínio. Como referencial teórico para a análise dos resul
-
tados, foram consideradas as contribuições da literatura pertnente à educação e ensino da saú
-
de, além da teoria da autodeterminação (Deci, 2004). Os aspectos étcos previstos na Resolução
n.º 466/2012, do Conselho Nacional de Saúde, foram rigorosamente respeitados. O estudo foi
aprovado pelo Comitê de Étca em Pesquisa da Universidade Estadual do Vale do Acaraú (Parecer
n.º 2.102.883), e os termos de consentmento livre e esclarecido foram obtdos.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
A partr das entrevistas realizadas, os discentes expuseram as motvações que os leva
-
ram a partcipar e a permanecer nas Ligas Acadêmicas. Na Figura 1, observa-se que os estu
-
dantes mencionaram tanto motvações intrínsecas quanto extrínsecas. As motvações intrínse
-
cas referem-se à satsfação de interesses pessoais, enquanto as extrínsecas estão relacionadas
à adesão por imposição externa, como a necessidade de “cumprir as horas complementares
exigidas pelo currículo”.
A principal motvação identfcada para a partcipação dos estudantes nas Ligas foi a
busca pela “prátca” Os discentes demonstraram grande entusiasmo em ingressar em espaços
de prátca o mais precocemente possível, com o objetvo de aplicar os conhecimentos adquiri
-
dos em sala de aula. De acordo com a teoria da autodeterminação, esses estudantes apresen
-
tam motvação intrínseca, uma vez que buscam realização pessoal e satsfação em aprender
(Bzuneck; Boruchovitch, 2016; Deci; Ryan, 2008), como evidenciado nos relatos a seguir:
O que me motvou a contnuar foi por causa dos estágios (Ligante Med III).
A gente vê também que tem alguns alunos que vão pelo procedimento [habilidade
em procedimentos técnicos do cuidado/assistência profssional], então eu acho que
Motivações de docentes e discentes para a inserção em ligas acadêmicas de enfermagem e medicina.
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alguns acadêmicos entram na extensão focados na prátca, no “eu quero prátca”
(Prof. Enf. I).
É fundamental compreender que teoria e prátca ocorrem de forma simultânea nos
processos de ensino e aprendizagem, nos quais se alternam refexão e ação, sem que haja
uma dicotomia entre ambos. A ação necessita de uma teoria que a embase, e, por sua vez, a
teoria se sustenta na realidade por meio da ação (Freire, 1987). Santos Jr. (2013) destaca que
as prátcas de aprendizagem realizadas fora da sala de aula favorecem o interesse e a motva
-
ção dos estudantes para a aprendizagem conceitual. Além disso, compreender as motvações
dos integrantes das Ligas Acadêmicas possibilita identfcar como questões pessoais e as exi
-
gências acadêmicas infuenciam tanto o desempenho acadêmico quanto o desenvolvimento
psicossocial, promovendo um maior envolvimento dos estudantes (Porto; Gonçalves, 2017).
Figura 1
- Síntese das motvações dos estudantes a partcipar das ligas acadêmicas
Fonte:
Autoria própria.
O destaque à “prátca” pode evidenciar uma preocupação relacionada às motvações
dos estudantes, pois estes podem partr de uma perspectva predominantemente assistencia
-
lista e utlitarista em relação à população atendida, tratando-a como um “objeto” para aprimo
-
ramento das competências técnico-assistenciais de cuidado e tratamento, quando, na realida
-
de, deveria ser promovido um aprendizado mútuo. A prátca de extensão socio assistencialista
tende a fomentar um movimento vertcalizado, da universidade para as comunidades, refor
-
çando uma visão utlitarista. Essa abordagem pode representar um retrocesso nos processos
de mudança na graduação e na expansão da extensão artculada à formação acadêmica. A
universidade deve reconhecer esses espaços como agentes de produção de democracia social
Ana Suelen Pedroza CAVALCANTE, Gabriel Pereira MACIEL, Ricardo Burg CECCIN, Quitéria Larissa Teodoro FARIAS, Antônio Rodrigues
FERREIRA JÚNIOR, Maria Rocineide FERREIRA DA SILVA, Maristela Inês Osawa VASCONCELOS.
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e de saberes acadêmicos, em interface com os interesses e saberes populares.
Freire (1987) enfatzava que somente aquele aprendiz que se apropria do conhecimen
-
to e o aplica em situações reais, com signifcados para si, é capaz de aprender verdadeira
-
mente, na busca por interpretar sua forma de estar no mundo. É neste contexto que se busca
um aprendizado fundamentado em uma relação dialógica entre sociedade e universidade,
em um entrelaçamento de saberes, para problematzar o contexto e recriar a relação ação
-
-refexão-ação, a fm de ensinar a ler a vida e o mundo em busca da liberdade intelectual, que
se desdobra na liberdade de existr e produzir mundo (Freire, 1967). Araújo (2019) afrma que
a prátca representa o momento em que o estudante confronta seu reconhecimento pessoal e
profssional, artculando autoestma e experiências de formação ocupacional, além de ampliar
o contato com a população, que se torna um refexo de sua intervenção.
Espera-se que, ao inserir o estudante nos cenários profssionais por meio das ligas aca
-
dêmicas, ele vivencie situações que estmulem sua prontdão tanto para o exercício ocupacio
-
nal quanto para o exercício da cidadania, permitndo-lhe uma integração mais profunda em
suas relações de trabalho, e não apenas como executor de técnicas (Yang
et al.
, 2019). Con
-
tudo, outras motvações, especialmente aquelas relacionadas à acumulação de pontos para o
currículo acadêmico e profssional, foram predominantes entre os estudantes.
Os estudantes veem as ligas acadêmicas como um espaço vantajoso para adquirir cer
-
tfcados que garantem pontuação em processos seletvos, desenvolver “contatos” que podem
favorecer futuras oportunidades, cumprir a carga horária de atvidades extracurriculares exi
-
gidas para a obtenção do diploma e aprimorar suas habilidades no mundo do trabalho. Dessa
forma, a motvação por “recompensas” extrínsecas muitas vezes supera a busca por bem
-
-estar pessoal, pela satsfação das necessidades polítcas no exercício da cidadania ou pela
emergência de processos coletvos ao estar no mundo. Isso indica que, em grande parte, esses
estudantes apresentam uma motvação extrínseca, como evidenciado nas falas de docentes e
discentes a seguir:
Existe uma importância, que talvez ela não seja muito pontuada que é o fato disso
contar para as provas de residência (Prof. Med. III).
Então acho que cada projeto é assim, sempre tem uns que se destacam e aqueles
que não, né. Que tão ali só pra pegar a carga horária (Coord. Discente Enf. IV).
Muita gente entra pelo certfcado, ‘ah vou partcipar porque eu preciso de horas
para no fnal ter as 180 horas de extracurricular’. E acaba não tendo uma dedicação
tão grande de si como deveria acontecer. Às vezes até parte mesmo da comissão or
-
ganizadora, às vezes a comissão não incentva talvez tanto quanto poderia ou deveria
(Ligante Enf. I).
Foi evidente nas reuniões realizadas durante os momentos de observação deste es
-
tudo que algumas ligas acadêmicas possuíam momentos específcos e “preparatórios” volta
-
dos para processos seletvos, nos quais eram resolvidas questões dentro desse escopo. Em um
Motivações de docentes e discentes para a inserção em ligas acadêmicas de enfermagem e medicina.
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estudo conduzido por Chaves
et al.
(2013), que analisaram os editais de residência médica
de 362 insttuições, verifcou-se que a partcipação em ligas acadêmicas foi um critério pon
-
tuado em 37,6% desses editais. Ou seja, há um incentvo nas seleções, especialmente para
os acadêmicos de medicina, para que partcipem de ligas acadêmicas. Salienta-se que essa
supervalorização do currículo, com foco em ttulos e estágios, em detrimento do conheci
-
mento adquirido e das experiências vivenciadas, tem se tornado um fenômeno recorrente
no meio universitário.
O atributo do produtvismo na educação difculta a relação entre discentes e docentes,
bem como entre os próprios discentes, uma vez que a solidariedade cede espaço à compe
-
ttvidade e à busca por pontuações predeterminadas (Alves
et al.
, 2017). Ao colaborar para
uma inversão dos valores da universidade, as ligas acadêmicas podem comprometer o reco
-
nhecimento social, que deveria ser o principal eixo da insttuição formadora, fomentando o
individualismo e a competção no ambiente universitário.
Deveria, portanto, ser incentvada uma prátca de ensino e aprendizagem dialógica, na
qual todos os espaços de formação do ensino superior busquem promover a conscientzação
e a efetvação do compromisso social da universidade. Para superar o ensino tradicional, que
aliena os estudantes, é necessário reconhecer que o principal produto valorizado pelos partci
-
pantes das ligas são os certfcados e as cargas horárias, que “alimentam” seus currículos com
ttulos e estágios. O desenvolvimento das ligas deve estar conjugado ao desenvolvimento do
sistema de saúde e suas polítcas públicas. A motvação única pelo currículo de ttulos e está
-
gios fragiliza os processos de ensino e aprendizagem, pois, muitas vezes, os estudantes estão
alheios à implicação de suas prátcas no contexto polítco da artculação entre universidade e
sociedade. Focar apenas em certfcados, pontuações e cargas horárias impede o reconheci
-
mento do verdadeiro potencial das ligas acadêmicas para a promoção do aprendizado.
É fundamental que os estudantes se envolvam com compromisso e dedicação nas at
-
vidades, reconhecendo-se como agentes importantes em sua própria aprendizagem. Devem
ainda buscar entender o papel das ligas na qualifcação de sua formação, compreendendo a
responsabilidade social da universidade na formação de cidadãos atvos e etcamente compro
-
metdos com a população. Dessa forma, seria possível superar a concepção utlitarista e socio
assistencialista que algumas ligas acadêmicas podem adotar. Uma carreira verdadeiramente
promissora não se sustenta apenas em certfcações e ttulos que não consideram ou deixam
de interpretar critcamente a realidade em que estão inseridos, seus determinantes e o papel
dos projetos acadêmicos na sociedade.
Entende-se que essa concepção é frequentemente preconizada pela própria sociedade,
que exige a acumulação de “ttulos” para o ingresso nas carreiras profssionais. Os estudantes,
por sua vez, aderem precocemente a essa compettvidade, visando, após a graduação, ingres
-
sar no mercado de trabalho. O mundo do trabalho é determinado pela crescente competção,
Ana Suelen Pedroza CAVALCANTE, Gabriel Pereira MACIEL, Ricardo Burg CECCIN, Quitéria Larissa Teodoro FARIAS, Antônio Rodrigues
FERREIRA JÚNIOR, Maria Rocineide FERREIRA DA SILVA, Maristela Inês Osawa VASCONCELOS.
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o que pode gerar estresse nos recém-formados, que fcam ansiosos para iniciar suas atvida
-
des profssionais o quanto antes, a fm de superar o medo do desconhecido (Santago, 2016).
Observou-se ainda o desinteresse por ligas que não oferecem certfcação pela realização de
estágios, conforme relatado na fala a seguir:
Porque hoje a gente não tem mais estágio, né, a gente não tem certfcação de está
-
gio e isso meio que, como é que eu posso dizer, caiu muito a vantagem das pessoas
fazerem liga porque... A gente sabe que o grande atratvo das ligas eram os estágios,
então depois que aconteceu a promulgação da lei do estágio a gente meio que f
-
cou... meio não fcou com certfcação, não pode receber certfcação e isso todas as
ligas sofreram enormemente porque... a prátca, né, o certfcado da prátca era coisa
que todo mundo queria (Coord. Discente Med. III).
Essa afrmação reforça a ideia de que os discentes estão cada vez mais concentrados
na obtenção de certfcações, frequentemente negligenciando o principal objetvo da partci
-
pação nas ligas acadêmicas: a qualifcação de sua formação. Nesse contexto, observaram-se
alguns casos de desmotvação, em que os estudantes não encontram estmulo na realização
pessoal nem percebem recompensas externas signifcatvas. Em estudo realizado por Silva
(2013), identfcou-se que a mobilização de grupos em torno de interesses comuns nem sem
-
pre está alinhada aos reais interesses da comunidade. A autora sugere haver uma necessidade
de intensifcar e diversifcar as metodologias emancipatórias na prátca de ensino, visando mi
-
nimizar os riscos de especialização precoce e a reprodução de prátcas conservadoras, centra
-
das na mera absorção e reprodução de conteúdo, como evidenciado nas falas que destacam a
motvação centrada na qualifcação do currículo.
Um dos professores reforça essa ideia ao afrmar que a motvação exclusivamente di
-
recionada à qualifcação do currículo não deve ser a principal razão para a partcipação dos
estudantes nas ligas acadêmicas.
Porque agora que eu percebo de algumas ligas, não de algumas ligas, mais alguns es
-
tudantes, a motvação deles de entrar na liga tem muito a ver também com a questão
da... do... de montar um currículo sabe, de... de dar... é, de dar pro currículo deles né,
para a formação do currículo deles. É... as vivências e outras coisas, né, só que uma
monitoria e tal, tem muito mais desse foco de... esse foco de enriquecer o currículo
propriamente, né, e aí eu acho que talvez não seja um caminho bacana que eles
sigam, de pensar na liga como um... um fm, né, um meio para conseguir uma coisa,
mas sim pensar no benefcio que pode trazer para eles, conhecimento a mais para a
comunidade (Prof. Med. II).
Os estudantes também mencionam como motvação o interesse específco pelas te
-
mátcas abordadas nas ligas acadêmicas, considerando-as uma oportunidade para aprofundar
o conhecimento sobre assuntos que a grade curricular não contempla de forma satsfatória,
apresenta de maneira superfcial ou oferece com poucas oportunidades dentro do curso.
Motivações de docentes e discentes para a inserção em ligas acadêmicas de enfermagem e medicina.
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Na verdade, vai muito da afnidade de cada um, o que é que ele gosta de fazer o que
é que ele pensa fazer quando se formar. Terminou a faculdade de medicina ele vai ser
[a especialidade] o quê? (Prof. Med. IV).
Uma pessoa entra em uma liga porque ela sente uma certa afnidade por aquela área
(Ligante Med. III).
É o interesse mais pela questão da saúde pediátrica, né, também, por ser um campo
que acho que a enfermagem não está tão presente, não sei, é mais isso, e também as
extensões, os campos de extensão são bem ricos (Ligante Enf. I).
No entanto, a motvação associada às ligas acadêmicas também suscita preocupações
em relação à especialização precoce. Silva (2013) destaca que a especialização compartmen
-
taliza o trabalho, podendo resultar na hierarquização das profssões e dos profssionais, além
de desconsiderar a complexidade ou integralidade da atenção. Nesse contexto, a especializa
-
ção precoce incentvada pelas ligas durante a graduação exige uma refexão sobre os possíveis
desvios de seus objetvos originais. Isso se alinha às Diretrizes Curriculares Nacionais, que re
-
comendam uma formação generalista na área da saúde em nível de graduação (Silva, 2013;
Carvalho; 2019).
Ademais, é relevante observar a alta rotatvidade dos partcipantes nas ligas acadêmi
-
cas. Durante o processo de observação, foi possível perceber que muitos estudantes expressa
-
vam o desejo de partcipar de outras ligas, utlizando-as também como uma forma de “expe
-
rimentar” diferentes possibilidades de atuação profssional. A paixão pela temátca abordada
nas ligas foi frequentemente mencionada como um fator motvador, sendo que os estudantes
que destacaram essa motvação apresentavam um brilho no olhar e um entusiasmo evidente.
Você vê a diferença de alguns alunos, tem alunos que são apaixonados pela emer
-
gência, que querem lá virar a noite, tem um Incidente com Múltplas Vítmas sai
correndo pra atender (risos) (Prof. Enf. I).
Porque é o que a gente gosta né, o que a gente faz com amor a gente faz bem melhor
(Coord. Discente Med. III).
Geralmente, é o que eu lhe falei, o encantamento pela atenção básica, eu sempre fui
muito apaixonada (Ligante Enf. II).
Os partcipantes das ligas acadêmicas expressaram que a partcipação nessas atvidades
funciona como um hobby, uma forma de escapar da sobrecarga imposta pela rotna universitá
-
ria. Todos os estudantes entrevistados eram matriculados em cursos de graduação em período
integral. Com aulas e diversas atvidades acadêmicas ao longo da semana, eles passam a maior
parte do tempo dentro da universidade, o que pode resultar em desgaste fsico e emocional.
É que nem eu te disse, é como se fosse uma coisa que fosse fora da faculdade, como
se fosse uma coisa a mais, um hobby, uma distração a mais (Ligante Med. IV).
Ana Suelen Pedroza CAVALCANTE, Gabriel Pereira MACIEL, Ricardo Burg CECCIN, Quitéria Larissa Teodoro FARIAS, Antônio Rodrigues
FERREIRA JÚNIOR, Maria Rocineide FERREIRA DA SILVA, Maristela Inês Osawa VASCONCELOS.
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Existe uma vulnerabilidade na população universitária desde o ingresso na universi
-
dade, ao longo de sua trajetória acadêmica e na formação de seu futuro profssional. Todas
as fases da graduação e as relações estabelecidas nesse contexto podem se confgurar como
processos tanto criadores quanto patogênicos para o estudante, afetando diretamente sua
saúde mental (Barros; Peixoto, 2022). As ligas acadêmicas também oferecem a oportunidade
de desenvolver habilidades de relacionamento interpessoal (Yang
et al.
, 2019), favorecendo
a interação entre discentes, docentes, profssionais de saúde e usuários do Sistema Único de
Saúde, o que pode ser um fator benéfco para lidar com as tensões vivenciadas na universida
-
de. Acredita-se que a partcipação em grupos nos quais os estudantes se sintam valorizados e
possam compartlhar anseios, alegrias e desafos consttua um fator positvo em sua formação.
Além disso, os estudantes destacaram o conhecimento como uma das principais mo
-
tvações para ingressar nas ligas acadêmicas. Essa motvação é reforçada pelo fato de os pró
-
prios estudantes perceberem as ligas como uma resposta às lacunas de conhecimento presen
-
tes na matriz curricular formal de seus cursos de graduação.
O que me motvou a entrar foi o conhecimento da liga e também a admiração que
eu tnha por elas e também o desejo de conhecer mais a saúde da família (Coord.
Discente Enf. III).
Tanto pelo conhecimento, né, porque eu já aprendi muito muito mesmo na liga (Li
-
gante Med. IV).
As ligas acadêmicas favorecem a construção de conhecimentos, além do saber teórico,
por meio da troca de experiências e vivências nas atvidades desenvolvidas, de forma signif
-
catva e sem pressão. Esse processo contribui para o desenvolvimento dos arsenais cognitvos
e afetvos, tanto no âmbito individual quanto coletvo, promovendo uma partcipação atva
nos processos de ensino e aprendizagem (Souza; Noguchi; Alvares, 2019). Nesse contexto,
as ligas possibilitam a percepção do desenvolvimento da autonomia dos estudantes e enfa
-
tzam a imprescindibilidade de sua partcipação atva. Pode-se, portanto, afrmar que as ligas
acadêmicas, por sua fexibilidade, inserção do estudante no meio social e pelo protagonismo
estudantl exigido, estmulam a formação de profssionais crítcos e refexivos, preparados para
a tomada de decisão.
Os professores também apontaram motvações, algumas das quais coincidem com as
dos estudantes. Nesse sentdo, incorporaram tanto motvações intrínsecas quanto extrínse
-
cas, como ilustrado na Figura 2. A principal motvação dos docentes está relacionada à produ
-
ção cientfca. Os resumos, artgos e outras produções acadêmicas elaboradas pelos membros
das ligas fcam sob a orientação dos professores coordenadores, o que os incentva a partcipar
e a permanecer nas ligas, com o intuito de manter sua produção acadêmica atva, conforme
exemplifcado na fala a seguir:
Motivações de docentes e discentes para a inserção em ligas acadêmicas de enfermagem e medicina.
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O que me motva é exatamente a produção... o que os ligantes estão produzindo é
o que me mantém dentro da liga, porque muito me interessa a produção, né. Mui
-
to me interessa meu nome saindo junto com o deles em uma apresentação de um
congresso. É uma coisa desse tpo, e muito me interessa em saber o que eles estão
fazendo, se eles estão estudando adequadamente, se o que está sendo produzido
é de acordo, é étco, é profssional. Grande parte da minha produção cientfca hoje
vem dos movimentos existentes dentro da liga (Prof. Med. I).
Figura 2
- Síntese das motvações dos estudantes a partcipar das ligas acadêmicas
Fonte:
Autoria própria.
O produtvismo acadêmico é incentvado pelos órgãos de fomento e, consequentemen
-
te, pelas próprias universidades, uma vez que o prestgio, a habilitação para conquistar bolsas,
os projetos aprovados pelas agências de fomento e o aumento salarial geralmente são con
-
cedidos aos professores mais produtvos, conforme o modelo de avaliação da pós-graduação
ou as metas estabelecidas (Farias Júnior, 2020). Dessa forma, evidencia-se a supervalorização
da pesquisa nas insttuições de ensino superior, destacando a importância que os professores
atribuem a esse pilar da universidade. No entanto, surge a preocupação com a produção aca
-
dêmica que não está alinhada com a relevância social que a pesquisa deve possuir.
Vale ressaltar que os professores são modelos para os estudantes e exercem grande
infuência na formação dos futuros profssionais. Assim, quanto mais se estmular a pro
-
dução cientfca por motvos individualistas, mais se estará produzindo (ou reproduzindo)
profssionais que não estarão comprometdos com a realidade social e com a transformação
desta, em busca da equidade de direitos e acessos. Dessa forma, ao utlizar a mão de obra
voluntária apenas para alcançar “números”, corre-se o risco de se afastar do principal con
-
ceito das ligas acadêmicas. Afnal, um “grande currículo” não é sinônimo de compromisso
social, e isso pode fazer com que o estudante seja visto como um objeto a ser utlizado para
benefcios próprios dos docentes, em vez de ser valorizado pelo seu compromisso com a
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formação. Como Freire (1987, 1996) afrma, quando a educação não é libertadora, o sonho
do oprimido é se tornar o opressor.
Além disso, essa exigência de produtvidade intensa resulta em exaustão para ambas as
partes envolvidas. Em um estudo realizado por Farias Jr. (2020) com docentes universitários,
a partr de análise bibliográfca, evidenciou-se que o produtvismo acadêmico tem prejudica
-
do a saúde dos professores nas universidades brasileiras, com consequências relacionadas à
Síndrome de Burnout e ao Assédio Moral. A paixão pela área de atuação, no entanto, também
foi apontada como uma motvação por parte dos docentes. Aqueles que mencionaram essa
motvação já atuam há vários anos em suas respectvas áreas, tanto na assistência quanto na
docência, e estão acostumados a colaborar com a formação de diversos estudantes. Nesse
sentdo, as ligas acadêmicas representam uma oportunidade adicional de formalizar esses vín
-
culos com os estudantes, conforme é possível observar nas falas a seguir:
Porque é a minha área (Prof. Enf. IV).
A motvação é a paixão pela área, eu estava recém-chegada na universidade, então
eu queria. Tem aquela coisa de você querer contribuir mais né. Você querer se en
-
gajar em alguma coisa. Então, entre construir e começar algo do zero, você tem a
oportunidade de fortalecer o que já existe na universidade. Então é assim, casou,
né? (Prof. Enf. II).
Conforme mencionado anteriormente, os professores reafrmam seu desejo de contri
-
buir para a formação dos discentes, destacando que sua motvação decorre, em grande parte,
do exercício da docência.
Porque eu, enquanto médico da emergência, eu percebia um défcit dos meninos,
certo? E eu tnha uma certa afnidade pelo ensino. Então, eu via os défcits “tudim” e
aí eu cobrava muito deles e, assim, como apareceu a oportunidade, aí eu disse não,
deixa eu ajudá-los na formação e tal, não vou fcar só reclamando, reclamando. Não,
deixa eu dar a minha contribuição para eles (Prof. Med. IV).
A interação com os pares e/ou com os estudantes é reconhecida pelos docentes como
uma oportunidade para aprender e aprimorar a prátca docente (Treviso; Costa, 2017). Nesse
sentdo, entende-se que a partcipação nas ligas acadêmicas representa uma maneira de se
aproximar dos estudantes e de exercitar a docência com o intuito de aprimorá-la, uma vez
que, nas graduações na área da saúde, não há disciplinas voltadas para o ensino da prátca
docente. Os docentes também são motvados pelos próprios estudantes, estabelecendo uma
relação de interdependência no processo de ensino e aprendizagem. Estudantes motvados
incentvam os professores a se engajarem mais, e, reciprocamente, os docentes também de
-
sempenham um papel motvador para os discentes.
O que “motva” é a motvação do estudante, porque quando o estudante está mot
-
vado isso acaba reverberando no professor, principalmente quando está associado
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às pesquisas, quando eles trazem ideias, quando eles trazem sugestões, quando há
a realização de cursos, que está voltado para o ensino também. A Liga de Medicina
de Família e Comunidade de Sobral (LIMFACS), ela tem uma certa rotna de fazer um
curso por ano. Esse ano foi porque nós tvemos comemoração dos dez anos, então
houve uma sessão especial de três aulas, então isso que motva. Talvez se houvesse,
como eu disse no começo, um melhor engajamento na execução de tarefas que re
-
tornem para as pessoas, isso poderia ser algo a mais, mas eu acho que a pesquisa em
si, a própria pesquisa, já é sufciente para incentvar a permanência (Prof. Med. III).
Pode-se afrmar que existe uma relação simbiótca ou interdependente entre docentes
e discentes. Freire (1996) corrobora essa ideia ao afrmar que não há docência sem discência.
Os professores também relataram que sua motvação para se envolver nas ligas acadêmicas se
deu, em grande parte, pelo convite realizado pelos estudantes para orientá-las. De fato, mui
-
tos professores se sentram intmidados, pois foram os únicos com a possibilidade de assumir
a orientação das ligas para as quais foram convidados, devido à saída dos antgos orientadores.
Isso pode ser corroborado pelos relatos a seguir:
Como foi um convite, não houve a motvação da minha parte, na verdade, porque
eu não tnha disponibilidade para assumir, então, nesse caso especifcamente, foi
mesmo para que os estudantes que já estavam envolvidos que eles tvessem algum
suporte de alguém, de algum docente, de alguém vinculado à área da liga e que pu
-
desse contribuir. Até que houvesse a efetvação de um novo professor (Prof. Med. II).
Os professores que eram envolvidos eram professores substtutos, então termina
-
ram os contratos de vários professores e eles me convidaram. O meu interesse em
partcipar foi por conta de outras experiências que eu tve desde o início da minha
formação acadêmica ainda como estudante. Eu fazia parte de grupos de pesquisa
(Prof. Enf. III).
Uma das docentes mencionou que sua motvação para se envolver na liga não se res
-
tringiu ao convite, mas também ao desejo de aplicar os conhecimentos adquiridos ao longo de
sua trajetória acadêmica, o que estava diretamente relacionado às temátcas abordadas pela
liga da qual partcipa:
Eu fazia parte de grupos de pesquisa que eram voltados para adolescentes e jovens,
mas mais na perspectva de doenças infecciosas. A gente fazia atvidades de educa
-
ção em saúde em escola, então quando eles vieram me convidar eu me lembrei mui
-
to da minha trajetória acadêmica que já era envolvida com adolescentes e jovens,
mas mais na perspectva da pesquisa e que como a gente quando faz pesquisa às
vezes tem que dar um retorno, né, nas escolas, a gente voltava, fazia as ações quando
era solicitado então, me veio essa, quando eles me convidaram me veio essa recor
-
dação e eu tnha um pouco de experiência da minha graduação, da minha trajetória
acadêmica desde aluna (Prof. Enf. III).
A partr do exposto, pode-se concluir que tanto os docentes quanto os discentes inves
-
tem motvações intrínsecas e extrínsecas para partcipar das ligas acadêmicas. Os professores
demonstram compromisso com a formação das novas gerações de profssionais e convocam
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os estudantes a se corresponsabilizarem por seu percurso de aprendizagem. Por sua vez, os
discentes buscam ampliar sua autonomia por meio do domínio dos processos e procedimen
-
tos do trabalho, exercendo protagonismo na defnição de sua formação. Para ambos, no en
-
tanto, o envolvimento nas ligas pode, em alguns casos, limitar-se ao interesse pela gestão de
horas em atvidades de extensão ou na formação complementar, além de atender a interesses
interdependentes com a pesquisa e a produção intelectual ou técnica.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partcipação em ligas acadêmicas se confgura como um interesse tanto de docentes
quanto de discentes que as ofertam ou demandam. As ligas consolidadas, em geral, estão
artculadas com áreas de especialização da intervenção profssional em saúde e formam uma
árvore de percurso curricular que se inicia com a extensão associada ao ensino de graduação.
Essas ligas são destnadas aos graduandos e são lideradas por docentes, conforme os respec
-
tvos componentes curriculares. O percurso se estende até os programas de residência por
especialidade, com a partcipação de residentes na preceptoria dos estudantes, e segue com
a presença intensiva em congressos e apresentação de trabalhos cientfco-profssionais em
eventos especializados ou corporatvo-acadêmicos. Muitos partcipantes das ligas contnuam
seu percurso por meio do mestrado e doutorado, com a produção cientfco-profssional cole
-
tva (incluindo estudantes, residentes, preceptores e docentes) no campo das especialidades.
As motvações intrínsecas e extrínsecas de discentes e docentes se entrelaçam e se
mantêm, à medida que os ganhos convergem positvamente para a satsfação pessoal, o for
-
talecimento do currículo, a experiência e a projeção profssional no mercado. Um aspecto
frequentemente não evidenciado das ligas é que elas oferecem reconhecimento dentro das
áreas de especialização a que se referem, sendo respaldadas e sustentadas por essas mesmas
áreas. As vagas de estágio em uma especialidade priorizam a partcipação no percurso da liga,
assim como a pontuação no currículo, o que pode infuenciar a partcipação em concursos
para residência, mestrado, doutorado, empregos e oportunidades de docência. Os discentes
são motvados intrinsecamente quando conciliam o interesse pessoal com a construção da
carreira, buscando não apenas o domínio cognitvo, mas também o reconhecimento dentro da
comunidade especializada da liga. A procura por essas ligas tende a diminuir consideravelmen
-
te quando o percurso curricular e as prioridades do mercado de trabalho nas especialidades
não estão alinhados com o modelo de formação oferecido.
Os docentes são motvados intrinsecamente quando possuem paixão e expertse na
temátca em que a liga acadêmica atua, buscando transmitr esse conhecimento aos discentes
ou prestar um serviço socioassistencial à comunidade, tornando acessíveis cuidados ou tra
-
tamentos com oferta limitada no serviço público. A motvação extrínseca dos discentes está
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presente naqueles que se inserem em projetos com o objetvo de obter maior pontuação em
futuras seleções acadêmicas ou profssionais. A motvação extrínseca dos docentes, por sua
vez, está relacionada aos benefcios de produção intelectual e técnica que uma liga acadêmica
proporciona. Além disso, é perceptvel que os docentes atuam como exemplos para seus alu
-
nos, com o currículo sendo uma das principais motvações para esse refexo, o que desperta
uma motvação intrínseca nos estudantes.
No contexto contemporâneo, é importante ressaltar o fortalecimento da aprendiza
-
gem baseada em projetos de intervenção, como preconizado pela Polítca Nacional de Exten
-
são Universitária, conhecida como a “terceira missão da universidade”, que se soma ao ensino
(como tarefa fundamental) e à pesquisa (como tarefa que confere à insttuição seu caráter de
educação superior). A extensão é o componente que refete o compromisso social da univer
-
sidade, sendo a porta que assegura a porosidade entre a universidade e a sociedade. O ensino
de graduação vai além da obtenção de notas de aprovação e da acumulação contnua de cer
-
tfcados. O ensino superior deve, na verdade, visar à formação de cidadãos comprometdos
etcamente com o desenvolvimento da cidadania, tanto no trabalho quanto no acolhimento
dos usuários dos serviços de saúde, ou ainda no exercício do controle social em saúde.
O estudo apresentou como limitações o acesso às reuniões das ligas acadêmicas, que
possuíam grande fexibilidade, difcultando a programação da presença dos pesquisadores. A
disponibilidade dos docentes para a realização das entrevistas também foi um fator limitante,
enquanto os discentes percebiam o encontro com a pesquisa como parte de sua atuação na
liga. Por fm, sugere-se a realização de estudos que abordem a temátca das ligas acadêmicas
em outros cursos e áreas além da saúde, a fm de verifcar como essas iniciatvas podem con
-
tribuir para a qualifcação dos aprendizados, a presença da universidade na sociedade, o for
-
talecimento da extensão universitária e sua integração com o Sistema Único de Saúde (SUS).
Ana Suelen Pedroza CAVALCANTE, Gabriel Pereira MACIEL, Ricardo Burg CECCIN, Quitéria Larissa Teodoro FARIAS, Antônio Rodrigues
FERREIRA JÚNIOR, Maria Rocineide FERREIRA DA SILVA, Maristela Inês Osawa VASCONCELOS.
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Ana Suelen Pedroza CAVALCANTE, Gabriel Pereira MACIEL, Ricardo Burg CECCIN, Quitéria Larissa Teodoro FARIAS, Antônio Rodrigues
FERREIRA JÚNIOR, Maria Rocineide FERREIRA DA SILVA, Maristela Inês Osawa VASCONCELOS.
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Revista Ibero-Americana de Saúde Integrativa (RISI)
, Bauru, v. 1, n. 00, e024003, 2024. e-ISSN: 2966-4543
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CRediT Author Statement
Reconhecimentos:
Gostaria de agradecer a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pes
-
soal de Nível Superior pela bolsa de iniciação cientfca
Financiamento:
Não se aplica
Confitos de interesse:
Não há confitos de interesse.
Aprovação étca:
Os aspectos étcos previstos à Resolução nº 466/2012, do Conselho
Nacional de Saúde, foram respeitados, e os termos de consentmento livre e esclareci
-
do aprovados pelo Comitê de Étca em Pesquisa da Universidade Estadual do Vale do
Acaraú (Parecer n° 2.102.883)
Disponibilidade de dados e material:
Os dados e materiais utlizados no trabalho não
estão disponíveis para acesso público. No entanto, pode-se solicitá-los aos pesquisa
-
dores.
Contribuições dos autores:
A autora Ana Suelen Pedroza Cavalcante contribuiu no pla
-
nejamento da pesquisa, na pesquisa de campo; coleta de dados; análise e interpre
-
tação dos dados; redação do texto. Os autores Gabriel Pereira Maciel, Ricardo Burg
Ceccin, Quitéria Larissa Teodoro Farias, Antônio Rodrigues Ferreira Júnior, Maria Roci
-
neide Ferreira da Silva e Maristela Inês Osawa Vasconcelos contribuíram com a análise
e interpretação dos dados; redação do texto; revisão fnal do texto
Processamento e edição: Editora Ibero-Americana de Educação - EIAE.
Revisão, formatação, normalização e tradução.
Revista Ibero-Americana de Saúde Integrativa (RISI)
, Bauru, v. 1, n. 00, e024003, 2024e-ISSN: 2966-4543
1
Revista Ibero-Americana de Saúde Integrativa
Ibero-American Journal of Integrative Health
MOTIVACIONES DE PROFESORES Y ESTUDIANTES
PARA LA INSERCIÓN EN LIGAS ACADÉMICAS DE
ENFERMERÍA Y MEDICINA
MOTIVAÇÕES DE DOCENTES E DISCENTES PARA A INSERÇÃO
EM LIGAS ACADÊMICAS DE ENFERMAGEM E MEDICINA
MOTIVATIONS OF TEACHERS AND STUDENTS FOR INSERTION
IN ACADEMIC LEAGUES OF NURSING AND MEDICINE
¹
Universidad Estatal de Ceará (UECE),
Crateús – CE – Brasil. Docente de Medi-
cina.
2 Universidad Federal de Santa Catarina
(UFSC), Florianópolis – SC – Brasil. Doc
-
torando en Educación Física en el área
de concentración Actividad Física rela
-
cionada con la Salud por el Programa de
Posgrado en Educación Física.
3 Instituição (SIGLA), Cidade – Estado (SI
-
GLA) – País. Resumo sobre o autor (CAR
-
GO E DEPARTAMENTO).
4 Universidad Federal de Ceará (UFC),
Fortaleza – CE – Brasil. Maestría en Sa
-
lud Familiar.
5 Universidad Estatal de Ceará (UECE),
Crateús – CE – Brasil. Docente del Pro
-
grama de Posgrado en Salud Colectiva.
6 Universidad Estatal de Ceará (UECE),
Crateús – CE – Brasil. Coordinadora Ge
-
neral de Articulación Interfederativa y
Participativa del Ministerio de Salud.
7 Universidad Estadual Vale do Acaraú
(UVA), Sobral – CE – Brasil. Prorrectoría
de Investigación y Estudios de Posgrado.
Ana Suelen Pedroza CAVALCANTE ¹
anasuelen.cavalcante@uece.br
Gabriel Pereira MACIEL ²
gabrielpmaciel12@gmail.com
Ricardo Burg CECCIN 3
burgceccin@gmail.com
Quitéria Larissa Teodoro FARIAS 4
quiteriafarias@sobral.ce.gov.br
Antônio Rodrigues FERREIRA JÚNIOR 5
arodrigues.junior@uece.br
Maria Rocineide FERREIRA DA SILVA 6
rocineideferreira@gmail.com
Maristela Inês Osawa VASCONCELOS 7
miosawa@gmail.com
Cómo hacer referencia a este artculo:
CAVALCANTE, A. S. P.; MACIEL, G. P.; CECCIN, R. B.; FARIAS, Q. L. T.; FERREIRA JÚ
-
NIOR, A. R.; FERREIRA DA SILVA, M. R.; VASCONCELOS, M. I. O. Motvaciones de
profesores y estudiantes para la inserción en ligas académicas de enfermería y
medicina.
Revista Ibero-Americana de Saúde Integratva (RISI)
, Bauru, v. 1, n. 00,
e024003, 2024. e-ISSN: 2966-4543. DOI: htps://doi.org/10.47519/risi.v1i00.3
RESUMEN:
Las Ligas Académicas artculan el trípode universitario, colabo
-
rando con la formación de estudiantes a partr del protagonismo estudian
-
tl. En este sentdo, existen motvaciones extrínsecas e intrínsecas para la
partcipación de profesores y estudiantes.
Objetvo:
Identfcar las motva
-
ciones de estudiantes y profesores para la inserción en Ligas Académicas
en los cursos de graduación en enfermería y medicina.
Metodología:
Se
trata de un estudio exploratorio-descriptvo, realizado con ocho profeso
-
res y 16 estudiantes partcipantes en ocho ligas académicas. Los datos fue
-
ron recolectados a partr de entrevistas semiestructuradas y organizados
a través de la técnica de Análisis de Contenido en el sofware N-Vivo. Los
resultados se analizaron a partr de la literatura pertnente y de la teoría de
la autodeterminación.
Resultados:
Las motvaciones de los estudiantes se
relacionan principalmente con el deseo de ingresar temprano a la práctca
profesional, así como con la sobrevaloración de la acumulación de expe
-
riencia y certfcados de estudio. Los profesores, por su parte, se refrieron
Enviado en:
07/01/2024
Revisiones requeridas en:
20/03/2024
Aprobado en:
10/04/2024
Publicado en:
10/12/2024
10.47519/risi.v1i00.3
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Revista Ibero-Americana de Saúde Integrativa (RISI)
, Bauru, v. 1, n. 00, e024003, 2024. e-ISSN: 2966-4543
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a la producción cientfca como principal motvación, seguida de la impli
-
cación cognitva y afectva con el área de actvidad, así como con los pro
-
pios estudiantes.
Conclusión:
Los estudiantes están motvados por el logro
personal y académico. Los docentes están motvados por la identfcación
con el tema de la liga, por la enseñanza involucrada con la intervención en
el campo y por la producción cientfca y técnica.
PALABRAS CLAVE:
Enseñanza superior. Ligas Académicas. Motvación.
RESUMO:
As ligas Acadêmicas artculam o tripé universitário, colaboran
-
do com a formação dos estudantes a partr do protagonismo estudantl.
Neste sentdo, há motvações extrínsecas e intrínsecas para a partcipação
de docentes e discentes.
Objetvo:
Identfcar as motvações de discentes
e docentes para a inserção em Ligas Acadêmicas nos cursos de gradua
-
ção em enfermagem e medicina.
Metodologia:
Trata-se de um estudo
exploratório-descritvo, realizado com oito docentes e 16 discentes part
-
cipantes de oito ligas acadêmicas. Os dados foram coletados a partr de
entrevistas semiestruturadas e organizados por meio da técnica de Análise
de Conteúdo no sofware N-Vivo. Os resultados foram analisados a partr
da literatura pertnente e da teoria da autodeterminação.
Resultados:
As
motvações dos discentes estão relacionadas principalmente ao desejo de
adentrar à prátca profssional precocemente, bem como, à supervaloriza
-
ção da acumulação de certfcados de experiência e estudo. Já os docentes
referiram a produção cientfca como principal motvação, seguido pelo en
-
volvimento cognitvo e afetvo com a área de atuação, bem como, com os
próprios discentes.
Conclusão:
Os discentes são motvados pela realização
pessoal e acadêmica. Os docentes são motvados pela identfcação com
a temátca da liga, pelo ensinar implicado com a intervenção de campo e
pela produção cientfca e técnica.
PALAVRAS-CHAVE:
Educação Superior. Ligas Acadêmicas. Motvação.
ABSTRACT:
Academic leagues artculate the university tripod, collabora
-
tng with the training of students based on student protagonism. In this
sense, there are extrinsic and intrinsic motvatons for the partcipaton
of teachers and students.
Objectve:
To identfy the motvatons of stu
-
dents and teachers for joining Academic Leagues in undergraduate nur
-
sing and medicine courses.
Methodology:
This exploratory-descriptve
study was carried out with eight teachers and 16 students partcipatng
in eight academic leagues. Data were collected from semi-structured in
-
terviews and organized using the Content Analysis technique in the N
-
-Vivo sofware. The data were analyzed based on relevant literature and
self-determinaton theory.
Results:
The students’ motvatons are mainly
related to the desire to enter professional practce early and the overva
-
luaton of the accumulaton of experience and study certfcates. Teachers
mentoned scientfc producton as the primary motvaton, followed by
cognitve and afectve involvement with the area of actvity and the stu
-
dents themselves.
Conclusion:
Students are motvated by personal and
academic achievement. Teachers are motvated by identfcaton with the
league’s theme, teaching involved with feld interventon, and scientfc
and technical producton.
KEYWORDS:
Higher educaton. Academic leagues. Motvaton.
Revista Ibero-Americana de Saúde Integrativa (RISI)
, Bauru, v. 1, n. 00, e024003, 2024e-ISSN: 2966-4543
3
Artculo sometdo al sistema de similitud
INTRODUCCIÓN
Las Ligas Académicas tenen sus orígenes en el área de la medicina (BURJATO JÚNIOR,
1999), consttuyendo un escenario de aprendizaje en el campo y ampliando el acceso de los
usuarios a la atención médica especializada. Este acceso se produce a través de la presencia
de estudiantes y profesores en programas que integran la formación académica con la prác
-
tca asistencial, con estrategias de estudio e investgación combinadas con un abordaje pre
-
ventvo y terapéutco de carácter socio asistencial (o, en muchos casos, socio asistencial). El
surgimiento de las Ligas precede a la creación del Sistema Único de Salud (SUS), las Directrices
Curriculares Nacionales implementadas a partr de la década de 2000, las Comisiones de Inte
-
gración Enseñanza-Servicio en Salud, establecidas en 2007, y la Polítca Nacional de Extensión,
formalizada en 2012.
Sin embargo, las Ligas Académicas cobraron un nuevo impulso en medio del esfuer
-
zo por ampliar la presencia de profesores y estudiantes en los escenarios de trabajo, lo que
pasó a denominarse “contacto temprano con ambientes productvos”. Este movimiento tuvo
como objetvo reducir la enseñanza centrada en la tradicional clase frontal, promoviendo la
inserción de actvidades de extensión universitaria en todas las materias curriculares. Con el
crecimiento y expansión de la presencia de las Ligas en los cursos de salud, también se produjo
un cambio en su concepción inicial, que buscaba romper con la visión asistencial (CAVALCANTE
et al.
, 2021) orientándose hacia la consolidación de los principios y directrices del SUS (COSTA
et al.
, 2020).
Al tratarse de una actvidad extraescolar, no existe ninguna obligación académica para
los alumnos o profesores de involucrarse en estos proyectos. Sin embargo, las Ligas ofrecen la
oportunidad de cumplir con las horas de formación, libremente elegidas por los estudiantes,
con miras a la integración curricular. La apertura de las Ligas por parte de los docentes es el
resultado de la motvación para liderar procesos longitudinales en el modelo de aprendizaje
basado en proyectos (MARQUES
et al.
, 2021) además de agrupar a los estudiantes en accio
-
nes de intervención social. La implicación de estas acciones es responsable de su intensidad
y dirección, estando fuertemente infuenciada por el deseo de entrenar/entrenar e intervenir
(SPECTOR, 2003).
Editor jefe:
Kaique Cesar de Paula Silva
Editor Ejecutvo:
José Anderson Santos Cruz
Motivaciones de profesores y estudiantes para la inserción en ligas académicas de enfermería y medicina
4
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Schunk, Meece y Pintrich (2014) afrman que para tener éxito en los procesos de en
-
señanza y aprendizaje es necesario tener motvación, ya que solo a través del interés genuino
se inician y mantenen actvidades innovadoras o desafantes (DECI; RYAN, 2004). El interés
ejerce una acción protagónica, ya sea por liderar una experiencia, o por el poder de llevar a
cabo un proyecto colectvo o insttucional. La motvación para la partcipación en las Ligas Aca
-
démicas puede estar relacionada con la identfcación con formas únicas de enseñar y apren
-
der, en las que la enseñanza y el aprendizaje se incorporan al ejercicio de la acción profesional.
Este enfoque proporciona una forma de mantener al profesor en el campo de intervención y
de involucrar al estudiante en la implementación de las intervenciones (BZUNECK; BORUCHO
-
VITCH, 2016; DECI; RYAN, 2008). En algunos casos, la motvación puede estar determinada por
factores de atracción, como el fnanciamiento, el reconocimiento, la necesidad de cumplir una
etapa de una trayectoria o itnerario académico, la búsqueda de una forma de sortear cargas
indeseables, o incluso como una estrategia de asignación de carga de trabajo (BZUNECK; BO
-
RUCHOVITCH, 2016; DECI; RYAN, 2008).
Frente a estos aspectos, surge la siguiente pregunta: ¿cuál es la motvación de los estu
-
diantes y profesores del área de la salud para partcipar en las Ligas Académicas? Consideran
-
do que, como estrategia educatva, las Ligas han ganado relevancia en los procesos de cambio
en los cursos de graduación, con foco en una mayor identfcación con el Sistema Único de
Salud (SUS), resulta de gran interés comprender este fenómeno en sus diversas facetas. Esto
permitrá dimensionarlo como un proceso complementario a la educación en salud y, a través
de ello, generar evidencia cientfca que contribuya al mejoramiento de la construcción de
diferentes estrategias de enseñanza y aprendizaje. El tema de la implicación, la adhesión y el
compromiso, abordado aquí, difere del concepto de Ligas Académicas en lo que respecta a
los desafos relacionados con el concepto de cognición actva. El objetvo de este estudio fue
identfcar las motvaciones de estudiantes y profesores para partcipar en Ligas Académicas
en cursos de salud.
METODOLOGÍA
Se trata de un estudio exploratorio-descriptvo (GIL, 2017), realizado con ocho profe
-
sores y 16 estudiantes partcipantes en ocho Ligas Académicas a nivel de pregrado. Cuatro
de estas Ligas estaban vinculadas al curso de Enfermería y otras cuatro al curso de Medicina,
ambas en universidades públicas ubicadas en el interior del estado de Ceará. Para partcipar
en el estudio, los estudiantes debían estar matriculados regularmente en uno de los cursos
mencionados, mientras que los profesores debían formar parte del equipo de coordinación de
una de las Ligas Académicas incluidas en el estudio. Tanto los profesores como los estudiantes
Ana Suelen Pedroza CAVALCANTE, Gabriel Pereira MACIEL, Ricardo Burg CECCIN, Quitéria Larissa Teodoro FARIAS, Antônio Rodrigues
FERREIRA JÚNIOR, Maria Rocineide FERREIRA DA SILVA, Maristela Inês Osawa VASCONCELOS.
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deben ser miembros de las Ligas durante al menos un trimestre, durante el período de recogi
-
da de datos, con el fn de garantzar una partcipación mínima, justfcada por el momento de
la adhesión.
Los estudiantes fueron seleccionados aleatoriamente, siendo uno miembro de la junta
o coordinación de las Ligas Académicas y otro que no estaba vinculado a esta actvidad. La in
-
vitación a partcipar voluntariamente en el estudio se realizó de manera individual, a través del
contacto telefónico. Después de la aceptación, las entrevistas se programaron en lugares que
garantzaban la privacidad de los partcipantes. Las entrevistas semiestructuradas, con una
duración promedio de 15 a 30 minutos, fueron grabadas y conducidas por dos investgadores
entrenados. Tenían lugar antes o después de las reuniones semanales de las Ligas. Durante las
entrevistas, se hicieron preguntas a profesores y estudiantes sobre las motvaciones que los
llevaron a unirse y permanecer en las Ligas Académicas.
Además de las entrevistas, se realizaron observaciones no partcipantes en las reunio
-
nes semanales de las Ligas Académicas, totalizando tres reuniones observadas por liga. La asis
-
tencia a las reuniones estuvo asegurada ya que la encuesta se realizó antes de las imposiciones
de distanciamiento fsico por la pandemia de COVID-19, que comenzó en marzo de 2020.
Los datos obtenidos se organizaron a través del Análisis de Contenido (BARDIN, 2011),
utlizando el sofware N-Vivo para la construcción de nubes de palabras, herramienta que per
-
mite la visualización de representaciones y su predominio. Como marco teórico para el aná
-
lisis de los resultados, se consideraron los aportes de la literatura pertnente a la educación y
enseñanza en salud, además de la teoría de la autodeterminación (DECI, 2004). Se respetaron
estrictamente los aspectos étcos previstos en la Resolución Nº 466/2012, del Consejo Nacio
-
nal de Salud. El estudio fue aprobado por el Comité de Étca en Investgación de la Universidad
Estadual de Vale do Acaraú (Dictamen nº 2.102.883) y se obtuvieron los términos del consen
-
tmiento libre e informado.
RESULTADOS Y DISCUSIÓN
A partr de las entrevistas realizadas, los estudiantes expusieron las motvaciones que
los llevaron a partcipar y permanecer en las Ligas Académicas. La Figura 1 muestra que los
estudiantes mencionaron motvaciones intrínsecas y extrínsecas. Las motvaciones intrínsecas
se referen a la satsfacción de intereses personales, mientras que las motvaciones extrínsecas
se relacionan con la adherencia por imposición externa, como la necesidad de “cumplir con las
horas complementarias requeridas por el currículo”.
La principal motvación identfcada para la partcipación de los estudiantes en las Ligas
fue la “práctca”. Los estudiantes mostraron un gran entusiasmo por ingresar al espacio de
Motivaciones de profesores y estudiantes para la inserción en ligas académicas de enfermería y medicina
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práctcas lo más temprano posible, buscando aplicar los conocimientos adquiridos en el aula.
De acuerdo con la teoría de la autodeterminación, estos estudiantes están intrínsecamente
motvados, ya que buscan la realización personal o la satsfacción en el aprendizaje (BZUNECK;
BORUCHOVITCH, 2016; DECI; RYAN, 2008), como lo demuestran los siguientes informes:
Lo que me motvó a contnuar fue por las práctcas (Ligante Med III).
También vemos que hay algunos estudiantes que pasan por el procedimiento [habi
-
lidad en procedimientos técnicos de atención/asistencia profesional], entonces creo
que algunos académicos entran a la extensión enfocados en la práctca, en “quiero
práctca” (Prof Enf I).
Es fundamental entender que la teoría y la práctca ocurren simultáneamente en los
procesos de enseñanza y aprendizaje, en los que se alternan la refexión y la acción, sin que
exista una dicotomía entre ellas. La acción necesita una teoría que la sustente y, a su vez, la
teoría se sustenta en la realidad a través de la acción (FREIRE, 1987). Santos Jr. (2013) destaca
que las práctcas de aprendizaje realizadas fuera del aula favorecen el interés y la motvaci
-
ón de los estudiantes por el aprendizaje conceptual. Además, se puede afrmar que cono
-
cer las motvaciones de los miembros de las Ligas Académicas permite comprender que las
cuestones personales y los requisitos académicos a cumplir infuyen tanto en el rendimiento
académico como en el desarrollo psicosocial, favoreciendo una mayor implicación (PORTO;
GONÇALVES, 2017).
Figura 1
- Resumen de las motvaciones de los estudiantes para partcipar en ligas académicas
Fuente:
Elaboración propia
.
El énfasis en la “práctca” puede evidenciar una preocupación relacionada con las mo
-
tvaciones de los estudiantes, ya que pueden partr de una perspectva predominantemente
Ana Suelen Pedroza CAVALCANTE, Gabriel Pereira MACIEL, Ricardo Burg CECCIN, Quitéria Larissa Teodoro FARIAS, Antônio Rodrigues
FERREIRA JÚNIOR, Maria Rocineide FERREIRA DA SILVA, Maristela Inês Osawa VASCONCELOS.
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asistencialista y utlitaria en relación con la población atendida, tratándola como un “obje
-
to” para el mejoramiento de las competencias técnico-asistenciales de cuidado y tratamiento,
cuando, en realidad, debería promoverse el aprendizaje mutuo. La práctca de la extensión de
la asistencia social tende a fomentar un movimiento vertcal, desde la universidad hasta las
comunidades, reforzando una visión utlitarista. Este enfoque puede representar un retroceso
en los procesos de cambio en los estudios de pregrado y en la expansión de la extensión artcu
-
lada con la formación académica. La universidad debe reconocer estos espacios como agentes
de producción de socialdemocracia y conocimiento académico, en interfaz con los intereses y
saberes populares.
Freire (1987) enfatzó que sólo aquel aprendiz que se apropia del conocimiento y lo
aplica en situaciones reales, con signifcados para sí mismo, es capaz de aprender verdadera
-
mente, en la búsqueda de interpretar su forma de estar en el mundo. Es en este contexto que
se busca el aprendizaje a partr de una relación dialógica entre sociedad y universidad, en un
entrelazamiento de saberes, para problematzar el contexto y recrear la relación acción-refe
-
xión-acción, con el fn de enseñar a leer la vida y el mundo en busca de la libertad intelectual,
que se despliega en la libertad de existr y producir el mundo (FREIRE, Araújo (2019) afrma
que la práctca representa el momento en que el estudiante enfrenta su reconocimiento per
-
sonal y profesional, artculando autoestma y experiencias de formación ocupacional, además
de ampliar el contacto con la población, lo que se convierte en un refejo de su intervención.
Se espera que, al insertar al estudiante en los escenarios profesionales a través de las
ligas académicas, experimente situaciones que estmulen su preparación tanto para la práctca
ocupacional como para el ejercicio de la ciudadanía, permiténdole una integración más pro
-
funda en sus relaciones laborales, y no solo como ejecutor de técnicas (YANG
et al.
, 2019). Sin
embargo, otras motvaciones, especialmente las relacionadas con la acumulación de puntos
para el currículo académico y profesional, predominaron entre los estudiantes.
Los estudiantes ven en las ligas académicas un espacio ventajoso para adquirir certf
-
cados que garantcen puntos en los procesos de selección, desarrollar “contactos” que puedan
favorecer futuras oportunidades, cumplir con la carga de trabajo de las actvidades extracur
-
riculares requeridas para obtener el diploma y mejorar sus habilidades en el mundo laboral.
De esta manera, la motvación por las “recompensas” extrínsecas muchas veces supera la
búsqueda del bienestar personal, de la satsfacción de necesidades polítcas en el ejercicio de
la ciudadanía o del surgimiento de procesos colectvos al estar en el mundo. Esto indica que,
en gran medida, estos estudiantes tenen una motvación extrínseca, como se evidencia en las
siguientes declaraciones de profesores y estudiantes:
Hay una importancia, que puede no ser muy destacada, y es el hecho de que esto
cuenta para las pruebas de residencia (Prof Med III).
Motivaciones de profesores y estudiantes para la inserción en ligas académicas de enfermería y medicina
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Entonces creo que cada proyecto es así, siempre hay algunos que destacan y otros
que no, ¿no? Que solo están ahí para conseguir la carga de trabajo (Coord Estu
-
diante Enf IV).
Mucha gente entra a través del certfcado, ‘oh, voy a partcipar porque necesito
horas para tener las 180 horas de extracurriculares al fnal’. Y termina no teniendo
una dedicación tan grande de sí mismo como debería ser. A veces incluso parte del
comité organizador, a veces el comité no anima tal vez tanto como podría o debería
(Ligante Enf I).
Se evidenció en las reuniones sostenidas durante los momentos de observación de
este estudio que algunas ligas académicas tuvieron momentos específcos y “preparatorios”
enfocados en procesos de selección, en los que se resolvieron temas dentro de este ámbito.
En un estudio realizado por Chaves
et al.
(2013), que analizó las convocatorias de residencia
médica de 362 insttuciones, se encontró que la partcipación en ligas académicas fue un cri
-
terio puntuado en el 37,6% de dichas convocatorias. En otras palabras, hay un incentvo en las
selecciones, especialmente para los estudiantes de medicina, para partcipar en ligas acadé
-
micas. Llama la atención que esta sobrevaloración del currículo, con foco en ttulos y práctcas,
en detrimento de los conocimientos adquiridos y las experiencias vividas, se ha convertdo en
un fenómeno recurrente en el ámbito universitario.
El atributo del productvismo en la educación difculta la relación entre estudiantes y
docentes, así como entre los propios estudiantes, ya que la solidaridad da paso a la compett
-
vidad y a la búsqueda de puntajes predeterminados (ALVES
et al.
, 2017). Al colaborar para una
inversión de los valores de la universidad, las ligas académicas pueden comprometer el reco
-
nocimiento social, que debería ser el eje principal de la insttución de formación, fomentando
el individualismo y la competencia en el ámbito universitario.
Por lo tanto, se debe fomentar una práctca de enseñanza y aprendizaje dialógico, en la
que todos los espacios de educación superior busquen promover la conciencia y la efectvidad
del compromiso social de la universidad. Para superar la educación tradicional, que aliena a
los estudiantes, es necesario reconocer que el principal producto valorado por los partcipan
-
tes de las ligas son los certfcados y las cargas de trabajo, que “alimentan” sus currículos con
ttulos y pasantas. El desarrollo de las ligas debe combinarse con el desarrollo del sistema de
salud y sus polítcas públicas. La motvación única para el currículo de ttulos y pasantas debi
-
lita los procesos de enseñanza y aprendizaje, ya que los estudiantes muchas veces desconocen
la implicación de sus práctcas en el contexto polítco de la artculación entre universidad y so
-
ciedad. Centrarse solo en los certfcados, las puntuaciones y la carga lectva impide reconocer
el verdadero potencial de las ligas académicas para la promoción del aprendizaje.
Es fundamental que los estudiantes se involucren con compromiso y dedicación en las
actvidades, reconociéndose como agentes importantes en su propio aprendizaje. También
deben buscar comprender el papel de las ligas en la califcación de su educación, compren
-
Ana Suelen Pedroza CAVALCANTE, Gabriel Pereira MACIEL, Ricardo Burg CECCIN, Quitéria Larissa Teodoro FARIAS, Antônio Rodrigues
FERREIRA JÚNIOR, Maria Rocineide FERREIRA DA SILVA, Maristela Inês Osawa VASCONCELOS.
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diendo la responsabilidad social de la universidad en la formación de ciudadanos actvos y ét
-
camente comprometdos con la población. De esta manera, sería posible superar la concepci
-
ón utlitarista y socio asistencialista que pueden adoptar algunas ligas académicas. Una carrera
“promisoria” no se basa en certfcaciones y ttulos que no cumplen o no buscan interpretar
crítcamente la realidad en la que se insertan, sus determinantes y el rol de los proyectos aca
-
démicos en la sociedad.
Se entende que esta concepción suele ser propugnada por la propia sociedad, que
exige la acumulación de “ttulos” para el ingreso a las carreras profesionales. Los estudiantes,
a su vez, se adhieren temprano a esta compettvidad, con el objetvo, después de graduarse,
de ingresar al mercado laboral. El mundo del trabajo está determinado por una creciente com
-
petencia, que puede generar estrés en los recién graduados, quienes están ansiosos por iniciar
sus actvidades profesionales lo antes posible, con el fn de superar el miedo a lo desconocido
(SANTIAGO, 2016). También se observó la falta de interés en las ligas que no ofrecen certfca
-
ción para pasantas, como se reporta en el siguiente comunicado:
Porque hoy en día ya no tenemos pasantas, ya sabes, no tenemos certfcación de
pasantas y eso, como puedo decir, ha reducido mucho la ventaja de las personas que
hacen ligas porque... Sabemos que el gran atractvo de las ligas eran las pasantas, así
que después de que se promulgó la ley de pasantas, estuvimos... Medium no se cer
-
tfcó, no puede recibir la certfcación y que todas las ligas sufrieron enormemente
porque... la práctca, ya sabes, el certfcado de práctca era algo que todo el mundo
quería (Coord Estudiante Med III).
Esta afrmación corrobora la idea de que los estudiantes están cada vez más enfoca
-
dos en la obtención de la certfcación, muchas veces descuidando el principal incentvo para
la partcipación en ligas académicas, que es la califcación de su formación. En este contex
-
to, se observaron algunos casos de desmotvación, en los que los estudiantes no encuentran
motvación en la realización personal y no perciben recompensas externas signifcatvas. En
un estudio realizado por Silva (2013), se identfcó que la movilización de grupos en torno a
intereses comunes no siempre está alineada con los intereses reales de la comunidad. La au
-
tora sugiere la necesidad de intensifcar y diversifcar las metodologías emancipatorias en la
práctca docente, con el objetvo de minimizar los riesgos de la especialización temprana y la
reproducción de práctcas conservadoras, centradas en la mera absorción y reproducción de
contenidos, como se evidencia en las afrmaciones que destacan la motvación centrada en la
califcación del currículo.
Uno de los profesores corrobora esta idea al afrmar que la motvación centrada ex
-
clusivamente en la califcación del currículo no debe ser una de las principales razones para la
partcipación de los estudiantes en ligas académicas.
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Porque ahora que entendo algunas ligas, algunas ligas no, algunos estudiantes más,
su motvación para entrar a la liga también tene mucho que ver con el tema de...
del... para armar un currículum, ya sabes, para... Dar... Sí, para dar a su currículo, a
la formación de su currículo. Es... las experiencias y otras cosas, ya sabes, pero un
monitoreo y tal, hay mucho más de este enfoque de... Este enfoque en enriquecer el
plan de estudios en sí, ya sabes, y luego creo que tal vez no es un buen camino para
que sigan, pensar en la liga como un... Un fn, ya sabes, un medio para lograr algo,
pero pensar en el benefcio que les puede traer, más conocimiento a la comunidad
(Prof Med II).
Los estudiantes también mencionan como motvación el interés específco en los te
-
mas abordados en las ligas académicas, considerándolos una oportunidad para profundizar
sus conocimientos sobre temas que su currículo no contempla satsfactoriamente, presenta
superfcialmente u ofrece con pocas oportunidades dentro del curso.
De hecho, depende mucho de la afnidad de cada uno, de lo que le guste hacer y de lo
que piense que hará cuando se gradúe. Después de terminar la escuela de medicina,
él va a ser [la especialidad], ¿qué? (Prof Med IV).
Una persona entra en una liga porque siente cierta afnidad por esa área (Ligante
Med III).
Es más, un interés en el tema de la salud pediátrica, ya sabes, también, porque es un
campo donde creo que la enfermería no está tan presente, no sé, es más así, y tam
-
bién las extensiones, los campos de extensión son muy ricos (Ligante Enf I).
Sin embargo, la motvación asociada con las ligas académicas también genera preo
-
cupaciones con respecto a la especialización temprana. Silva (2013) destaca que la especia
-
lización compartmenta el trabajo, lo que puede resultar en la jerarquización de profesiones
y profesionales, además de desconocer la complejidad o integralidad de la atención. En este
contexto, la especialización temprana fomentada por las ligas durante la graduación requiere
una refexión sobre las posibles desviaciones de sus objetvos originales. Esto está en línea con
las Directrices Curriculares Nacionales, que recomiendan la formación generalista en el área
de la salud a nivel de pregrado (SILVA, 2013; ROBLE; 2019)
Además, es relevante destacar la alta rotación de partcipantes en las ligas académicas.
Durante el proceso de observación, se pudo notar que muchos estudiantes expresaron el de
-
seo de partcipar en otras ligas, utlizándolas también como una forma de “experimentar” con
diferentes posibilidades de rendimiento profesional. La pasión por el tema abordado en las
ligas se mencionaba a menudo como un factor motvador, y los estudiantes que destacaban
esta motvación tenían un brillo en los ojos y un entusiasmo evidente.
Se ve la diferencia en algunos estudiantes, hay estudiantes que se apasionan por la
emergencia, que quieren quedarse despiertos toda la noche, hay un incidente con
múltples víctmas y salen corriendo a asistr (risas) (Prof Enf I).
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Porque es lo que nos gusta, ¿verdad?, lo que hacemos con amor lo hacemos mucho
mejor (Coord Estudiante Med III).
En general, eso es lo que te dije, el encanto de la atención primaria, siempre me ha
apasionado mucho (Ligante Enf II).
Los partcipantes de las ligas académicas expresaron que la partcipación en estas act
-
vidades funciona como un pasatempo, una forma de escapar de la sobrecarga impuesta por
la rutna universitaria. Todos los estudiantes entrevistados estaban matriculados en cursos
de pregrado a tempo completo. Con clases y diversas actvidades académicas a lo largo de la
semana, pasan la mayor parte de su tempo dentro de la universidad, lo que puede resultar en
agotamiento fsico y emocional.
Es como te dije, es como algo que estaba fuera de la universidad, como si fuera una
cosa más, un pasatempo más, una distracción más (Ligante Med IV).
Existe una vulnerabilidad en la población universitaria desde el momento en que in
-
gresa a la universidad, a lo largo de su trayectoria académica y en la formación de su futuro
profesional. Todas las fases de la graduación y las relaciones que se establecen en este contex
-
to pueden confgurarse como procesos tanto creatvos como patogénicos para el estudiante,
afectando directamente su salud mental (BARROS; PEIXOTO, 2022). Las ligas académicas tam
-
bién ofrecen la oportunidad de desarrollar habilidades interpersonales (YANG
et al.
, 2019),
favoreciendo la interacción entre estudiantes, profesores, profesionales de la salud y usuarios
del Sistema Único de Salud, lo que puede ser un factor benefcioso para enfrentar las tensio
-
nes vividas en la universidad. Se cree que la partcipación en grupos en los que los estudiantes
se sienten valorados y pueden compartr deseos, alegrías y desafos consttuye un factor posi
-
tvo en su educación.
Además, los estudiantes destacaron el conocimiento como una de las principales mo
-
tvaciones para unirse a ligas académicas. Esta motvación se ve reforzada por el hecho de que
los propios estudiantes perciben las ligas como una respuesta a los vacíos de conocimiento
presentes en el currículo formal de sus cursos de pregrado.
Lo que me motvó a unirme fue el conocimiento de la liga y también la admiración
que tenía por ellos y también el deseo de saber más sobre la salud de la familia (Co
-
ordinadora Estudiantl Enf III).
Hasta aquí el conocimiento, ¿verdad?, porque realmente he aprendido mucho en la
liga (Ligante Med IV).
Las ligas académicas favorecen la construcción de conocimiento, además del conoci
-
miento teórico, a través del intercambio de experiencias y vivencias en las actvidades desar
-
rolladas, de manera signifcatva y sin presiones. Este proceso contribuye al desarrollo de arse
-
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nales cognitvos y afectvos, tanto individuales como colectvos, promoviendo la partcipación
actva en los procesos de enseñanza y aprendizaje (SOUZA; NOGUCHI; ALVARES, 2019). En este
contexto, las ligas permiten percibir el desarrollo de la autonomía de los estudiantes y enfat
-
zan la indispensabilidad de su partcipación actva. Por lo tanto, se puede afrmar que las ligas
académicas, por su fexibilidad, inserción del estudiante en el entorno social y el protagonismo
estudiantl requerido, estmulan la formación de profesionales crítcos y refexivos, preparados
para la toma de decisiones.
Los profesores también señalaron motvaciones, algunas de las cuales coinciden con
las de los alumnos. En este sentdo, incorporaron motvaciones tanto intrínsecas como extrín
-
secas, como se ilustra en la Figura 2. La principal motvación de los profesores está relacionada
con la producción cientfca. Los resúmenes, artculos y demás producciones académicas ela
-
boradas por los miembros de las ligas están bajo la orientación de los profesores coordinado
-
res, lo que los incentva a partcipar y permanecer en las ligas, con el fn de mantener actva su
producción académica, como se ejemplifca en la siguiente declaración:
Lo que me motva es precisamente la producción... Lo que producen los ligandos es
lo que me mantene en la liga, porque estoy muy interesado en la producción, ya sa
-
bes. Estoy muy interesado en que mi nombre salga junto al suyo en una presentación
en un congreso. Es algo así, y me interesa mucho saber qué están haciendo, si están
estudiando bien, si lo que se está produciendo está de acuerdo, es étco, es profesio
-
nal. Gran parte de mi producción cientfca hoy en día proviene de los movimientos
existentes dentro de la liga (Prof Med I).
Figura 2
- Síntesis de las motvaciones que llevan a los docentes a partcipar en las ligas académicas
Fonte: Autoria própria.
El productvismo académico es fomentado por las agencias de fnanciación y, en conse
-
cuencia, por las propias universidades, ya que el prestgio, la califcación para ganar becas, los
proyectos aprobados por las agencias de fnanciación y los aumentos salariales suelen otorgar
-
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se a los profesores más productvos, de acuerdo con el modelo de evaluación de posgrado o
las metas establecidas (FARIAS JÚNIOR, 2020). A partr de esto, se evidencia la sobrevaloración
de la investgación en las insttuciones de educación superior, resaltando la importancia que
los profesores atribuyen a este pilar de la universidad. Sin embargo, existe una preocupación
por la producción académica que no está alineada con la pertnencia social que debería tener
la investgación.
Cabe mencionar que los docentes son modelos que seguir para los estudiantes y ejer
-
cen una gran infuencia en la formación de los futuros profesionales. Así, cuanto más se est
-
mule la producción cientfca por razones individualistas, más profesionales se producirán (o
reproducirán) menos comprometdos con la realidad social y su transformación, en busca de
la igualdad de derechos y accesos. De esta manera, al utlizar el trabajo voluntario solo para lo
-
grar “números”, se corre el riesgo de alejarse del concepto principal de ligas académicas. Al fn
y al cabo, un “gran currículum” no es sinónimo de compromiso social, y esto puede hacer que
el alumno sea visto como un objeto a utlizar en benefcio del propio profesorado, en lugar de
ser valorado por su compromiso con la formación. Como afrma Freire (1987, 1996), cuando la
educación no es liberadora, el sueño del oprimido es convertrse en el opresor.
Además, este intenso requisito de productvidad resulta en agotamiento para ambas
partes involucradas. En un estudio realizado por Farias Jr. (2020) con profesores universitarios,
basado en el análisis bibliográfco, se evidenció que el productvismo académico ha perjudica
-
do la salud de los profesores en las universidades brasileñas, con consecuencias relacionadas
con el Síndrome de Burnout y el Acoso Moral. La pasión por el área de actvidad, sin embargo,
también fue señalada como una motvación por los profesores. Quienes mencionaron esta
motvación llevan varios años trabajando en sus respectvas áreas, tanto en la atención como
en la docencia, y están acostumbrados a colaborar con la formación de varios estudiantes. En
este sentdo, las ligas académicas representan una oportunidad adicional para formalizar estos
vínculos con los estudiantes, como se puede observar en las siguientes declaraciones:
Porque es mi área (Prof. Enf IV).
La motvación es la pasión por la zona, yo acababa de llegar a la universidad, así
que quería hacerlo. Está esa cosa de que quieres contribuir más, ¿verdad? Quieres
partcipar en algo. Entonces, entre construir y empezar algo desde cero, tenes la
oportunidad de fortalecer lo que ya existe en la universidad. Así que así es, casado,
¿verdad? (Prof. Enf II).
Como se mencionó anteriormente, los profesores reafrman su deseo de contribuir a
la formación de los estudiantes, destacando que su motvación se deriva en gran medida del
ejercicio de la docencia.
Porque yo, como médico de urgencias, noté un défcit en los chicos, ¿no? Y yo tenía
cierta afnidad por la enseñanza. Entonces, vi los défcits de los “tudim” y luego les
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exigí mucho y, entonces, cuando apareció la oportunidad, entonces dije no, déjame
ayudarlos en el entrenamiento y tal, no me voy a quejar, me voy a quejar. No, permí
-
tanme darles mi contribución (Prof Med IV).
La interacción con pares y/o estudiantes es reconocida por los docentes como una
oportunidad para aprender y mejorar la práctca docente (TREVISO; COSTA, 2017). En este
sentdo, se entende que la partcipación en ligas académicas representa una forma de acer
-
carse a los estudiantes y de ejercer la docencia con el fn de mejorarla, ya que, en los cursos
de pregrado en el área de la salud, no existen disciplinas enfocadas en la práctca docente. Los
docentes también están motvados por los propios estudiantes, estableciendo una relación de
interdependencia en el proceso de enseñanza y aprendizaje. Los estudiantes motvados ani
-
man a los profesores a partcipar más y, a la inversa, los profesores también desempeñan un
papel motvador para los estudiantes.
Lo que “motva” es la motvación del alumno, porque cuando el alumno está mot
-
vado, termina repercutendo en el profesor, sobre todo cuando se asocia a la inves
-
tgación, cuando aportan ideas, cuando traen sugerencias, cuando hay cursos, que
también están enfocados en la enseñanza. La Liga de Medicina Familiar y Comunita
-
ria de Sobral (LIMFACS), tene cierta rutna de tomar un curso por año. Este año fue
porque teníamos una celebración de los diez años, así que hubo una sesión especial
de tres clases, así que eso es lo que motva. Quizás si hubiera, como decía al princi
-
pio, un mejor compromiso en la ejecución de tareas que revierten en las personas,
esto podría ser algo más, pero creo que la investgación en sí misma, la investgación
en sí misma, es sufciente para incentvar la permanencia (Prof Med III).
Se puede afrmar que existe una relación simbiótca o de interdependencia entre pro
-
fesores y estudiantes. Freire (1996) corrobora esta idea al afrmar que no hay enseñanza sin
discusiones. Los profesores también informaron que su motvación para involucrarse en las
ligas académicas se debió en gran medida a la invitación hecha por los estudiantes para orien
-
tarlos. De hecho, muchos profesores se sinteron intmidados, ya que eran los únicos con la
posibilidad de asumir la orientación de las ligas a las que estaban invitados, debido a la salida
de los exasesores. Esto puede ser corroborado por los siguientes informes:
Al ser una invitación, no hubo ninguna motvación de mi parte, de hecho, porque no
estaba disponible para hacerme cargo, entonces, en este caso específco, fue real
-
mente para que los estudiantes que ya estaban involucrados tuvieran algún apoyo
de alguien, de algún profesor, de alguien vinculado al área de la liga y que pudiera
aportar. Hasta que se produjo la contratación de un nuevo profesor (Prof. Med II).
Los maestros que estaban involucrados eran maestros suplentes, por lo que se ter
-
minaron los contratos de varios maestros y me invitaron. Mi interés en partcipar se
debió a otras experiencias que tuve desde el inicio de mi formación académica como
estudiante. Formé parte de grupos de investgación (Prof Enf III).
Una de las profesoras mencionó que su motvación para involucrarse en la liga no se
limitó a la invitación, sino también al deseo de poner en práctca los conocimientos adquiridos
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a lo largo de su carrera académica, lo cual se relacionó directamente con los temas que aborda
la liga en la que partcipa:
Formé parte de grupos de investgación que estaban dirigidos a adolescentes y jó
-
venes, pero más desde la perspectva de las enfermedades infecciosas. Hacíamos
actvidades de educación para la salud en la escuela, entonces cuando vinieron a
invitarme, recordé mucho de mi trayectoria académica, que ya estaba involucrada
con adolescentes y jóvenes, pero más desde la perspectva de la investgación y que,
a medida que hacemos investgación a veces tenemos que dar retroalimentación, ya
sabes, en las escuelas, Regresamos, hicimos las acciones cuando nos pidieron que
lo hiciéramos, entonces me llegó esto, cuando me invitaron me vino este recuerdo
y tuve un poco de experiencia de mi graduación, de mi trayectoria académica desde
que era estudiante (Prof Enf III).
De lo anterior, se puede concluir que tanto profesores como estudiantes invierten mo
-
tvaciones intrínsecas y extrínsecas para partcipar en ligas académicas. Los docentes demues
-
tran compromiso con la formación de las nuevas generaciones de profesionales y hacen un
llamado a los estudiantes a asumir la corresponsabilidad de su camino de aprendizaje. A su
vez, los estudiantes buscan ampliar su autonomía a través del dominio de procesos y proce
-
dimientos de trabajo, desempeñando un papel protagónico en la defnición de su formación.
Para ambos, sin embargo, la partcipación en las ligas puede, en algunos casos, limitarse a un
interés en la gestón de horas en actvidades de extensión o en formación complementaria,
además de satsfacer intereses interdependientes con la investgación y la producción intelec
-
tual o técnica.
CONSIDERACIONES FINALES
La partcipación en ligas académicas se confgura como un interés tanto de los profeso
-
res como de los estudiantes que las ofrecen o demandan. Las ligas consolidadas, en general,
se artculan con áreas de especialización de intervención profesional en salud y conforman
un árbol de recorrido curricular que comienza con la extensión asociada a la formación de
pregrado. Estas ligas están destnadas a estudiantes de pregrado y son lideradas por profe
-
sores, de acuerdo con los respectvos componentes curriculares. El camino se extende a los
programas de residencia por especialidad, con la partcipación de los residentes en la precep
-
toría de estudiantes, y contnúa con la presencia intensiva en congresos y presentación de
trabajos cientfco-profesionales en eventos especializados o corporatvo-académicos. Muchos
partcipantes en las ligas contnúan su camino a través de maestrías y doctorados, con una
producción cientfco-profesional colectva (que incluye estudiantes, residentes, preceptores y
profesores) en el campo de las especialidades.
Las motvaciones intrínsecas y extrínsecas de estudiantes y profesores se entrelazan y
mantenen en la medida en que las ganancias convergen positvamente a la satsfacción perso
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nal y al fortalecimiento del currículo, la experiencia y la proyección profesional en el mercado.
Un aspecto oculto de las ligas es que ofrecen reconocimiento dentro de las áreas de experien
-
cia a las que se referen, y son apoyadas y sostenidas por ellas. Las vacantes de pasantas en
una especialidad priorizan la partcipación en el curso de la liga, así como el puntaje en el plan
de estudios, lo que puede infuir en las competencias para la residencia, la maestría, el docto
-
rado, los empleos y las oportunidades de enseñanza. Los estudiantes están intrínsecamente
motvados cuando concilian el interés personal con la construcción de carreras, buscando no
solo el dominio cognitvo, sino también el reconocimiento dentro de la comunidad especializa
-
da de la liga. La demanda de estas ligas tende a disminuir considerablemente cuando el recor
-
rido curricular y las prioridades del mercado laboral en las especialidades no están alineadas
con el modelo de formación ofrecido.
Los profesores están intrínsecamente motvados cuando tenen pasión y experiencia
en el tema en el que opera la liga académica, buscando transmitr este conocimiento a los es
-
tudiantes o brindar un servicio de asistencia social a la comunidad, haciendo accesibles los cui
-
dados o tratamientos con una oferta limitada en el servicio público. La motvación extrínseca
de los estudiantes está presente en aquellos que se involucran en proyectos con el objetvo de
obtener puntajes más altos en futuras selecciones académicas o profesionales. La motvación
extrínseca de los profesores, a su vez, se relaciona con los benefcios de la producción intelec
-
tual y técnica que proporciona una liga académica. Además, se nota que los docentes actúan
como ejemplos para sus alumnos, siendo el currículo una de las principales motvaciones para
esta refexión, que despierta una motvación intrínseca en los alumnos.
En el contexto contemporáneo, es importante destacar el fortalecimiento de los apren
-
dizajes a partr de proyectos de intervención, tal como lo recomienda la Polítca Nacional de
Extensión Universitaria, conocida como la “tercera misión de la universidad”, que se suma a la
docencia (como tarea fundamental) y a la investgación (como tarea que le da a la insttución
su carácter de educación superior). La extensión es el componente que refeja el compromiso
social de la universidad, siendo la puerta que asegura la porosidad entre la universidad y la
sociedad. La educación de pregrado va más allá de obtener califcaciones aprobatorias y acu
-
mular certfcados contnuamente. La educación superior debe, en efecto, apuntar a la forma
-
ción de ciudadanos étcamente comprometdos con el desarrollo de la ciudadanía, tanto en el
trabajo como en la acogida de los usuarios de los servicios de salud, o incluso en el ejercicio
del control social en salud.
El estudio presentó como limitaciones el acceso a las reuniones de las ligas académi
-
cas, que presentaron una gran fexibilidad, difcultando la programación de la asistencia de los
investgadores. La disponibilidad de los profesores para realizar las entrevistas también fue
un factor limitante, mientras que los estudiantes entendieron el encuentro con la investgaci
-
ón como parte de su trabajo en la liga. Finalmente, se sugiere la realización de estudios que
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aborden el tema de las ligas académicas en otros cursos y en áreas más allá de la salud, para
verifcar cómo estas iniciatvas pueden contribuir a la cualifcación de los aprendizajes, a la
presencia de la universidad en la sociedad, al fortalecimiento de la extensión universitaria y a
su integración con el Sistema Único de Salud (SUS).
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19
Revista Ibero-Americana de Saúde Integrativa (RISI)
, Bauru, v. 1, n. 00, e024003, 2024. e-ISSN: 2966-4543
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Motivaciones de profesores y estudiantes para la inserción en ligas académicas de enfermería y medicina
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, Bauru, v. 1, n. 00, e024003, 2024. e-ISSN: 2966-4543
10.47519/risi.v1i00.3
CRediT Author Statement
Reconocimientos:
Agradezco a la Coordinación de Perfeccionamiento de Personal de
Nivel Superior por la beca de iniciación cientfca.
Financiación:
No aplicable.
Confictos de intereses:
No hay confictos de intereses.
Aprobación étca:
Los aspectos étcos de la Resolución 466/2012 del Consejo Nacional
de Salud fueron respetados y los términos del consentmiento libre e informado fueron
aprobados por el Comité de Étca en Investgación de la Universidad Estadual Vale do
Acaraú (Dictamen nº 2.102.883).
Disponibilidad de datos y materiales:
Los datos y materiales utlizados en este estudio
no están disponibles para acceso público. Sin embargo, pueden ser solicitados a los
investgadores.
Contribuciones de los autores:
La autora Ana Suelen Pedroza Cavalcante contribuyó
con la planifcación de la investgación, la investgación de campo, la recolección de
datos, el análisis y la interpretación de los datos y la redacción del texto. Los autores
Gabriel Pereira Maciel, Ricardo Burg Ceccin, Quitéria Larissa Teodoro Farias, Antônio
Rodrigues Ferreira Júnior, Maria Rocineide Ferreira da Silva y Maristela Inês Osawa Vas
-
concelos contribuyeron al análisis e interpretación de los datos; redacción del texto;
revisión fnal del texto.
Procesamiento y edición: Editora Iberoamericana de Educación - EIAE.
Corrección, formateo, normalización y traducción.
Revista Ibero-Americana de Saúde Integrativa (RISI)
, Bauru, v. 1, n. 00, e024003, 2024e-ISSN: 2966-4543
1
Revista Ibero-Americana de Saúde Integrativa
Ibero-American Journal of Integrative Health
MOTIVATIONS OF TEACHERS AND STUDENTS
FOR INSERTION IN ACADEMIC LEAGUES OF
NURSING AND MEDICINE
MOTIVAÇÕES DE DOCENTES E DISCENTES PARA A INSERÇÃO
EM LIGAS ACADÊMICAS DE ENFERMAGEM E MEDICINA
MOTIVACIONES DE PROFESORES Y ESTUDIANTES PARA
LA INSERCIÓN EN LIGAS ACADÉMICAS DE ENFERMERÍA Y
MEDICINA
¹
State University of Ceará (UECE), Cra-
teús - CE - Brazil. Professor of Medicine.
2 Federal University of Santa Catarina
(UFSC), Florianópolis - SC - Brazil. Docto
-
ral degree student in Physical Education
in the area of concentration Physical Ac-
tivity related to Health in the Postgradu-
ate Program in Physical Education.
3 Federal University of Rio Grande do Sul
(UFRGS), Porto Alegre - RS - Brazil. Full
Professor. Doctoral degree in Psychology
(PUC/SP).
4 Federal University of Ceara (UFC), For
-
taleza - CE - Brazil. Master in Family He
-
alth.
5 State University of Ceará (UECE), Crate
-
ús - CE - Brazil. Professor in the Graduate
Program in Collective Health.
6 State University of Ceará (UECE), Cra
-
teús - CE - Brazil. General Coordinator of
Interfederative and Participatory Articu
-
lation at the Ministry of Health.
7 Acaraú Valley State University (UVA),
Sobral - CE - Brazil. Dean of Research and
Postgraduate Studies.
Ana Suelen Pedroza CAVALCANTE ¹
anasuelen.cavalcante@uece.br
Gabriel Pereira MACIEL ²
gabrielpmaciel12@gmail.com
Ricardo Burg CECCIN 3
burgceccin@gmail.com
Quitéria Larissa Teodoro FARIAS 4
quiteriafarias@sobral.ce.gov.br
Antônio Rodrigues FERREIRA JÚNIOR 5
arodrigues.junior@uece.br
Maria Rocineide FERREIRA DA SILVA 6
rocineideferreira@gmail.com
Maristela Inês Osawa VASCONCELOS 7
miosawa@gmail.com
How to reference this artcle:
CAVALCANTE, A. S. P.; MACIEL, G. P.; CECCIN, R. B.; FARIAS, Q. L. T.; FERREIRA JÚ
-
NIOR, A. R.; FERREIRA DA SILVA, M. R.; VASCONCELOS, M. I. O. Motvatons of te
-
achers and students for inserton in academic leagues of nursing and medicine.
Revista Ibero-Americana de Saúde Integratva (RISI)
, Bauru, v. 1, n. 00, e024003,
2024. e-ISSN: 2966-4543. DOI: htps://doi.org/10.47519/risi.v1i00.3
ABSTRACT:
Academic leagues artculate the university tripod, collabora
-
tng with the training of students based on student protagonism. In this
sense, there are extrinsic and intrinsic motvatons for the partcipaton of
teachers and students.
Objectve:
To identfy the motvatons of students
and teachers for joining Academic Leagues in undergraduate nursing and
medicine courses.
Methodology:
This exploratory-descriptve study was
carried out with eight teachers and 16 students partcipatng in eight aca
-
demic leagues. Data were collected from semi-structured interviews and
organized using the Content Analysis technique in the N-Vivo sofware. The
data were analyzed based on relevant literature and self-determinaton
theory.
Results:
The students’ motvatons are mainly related to the desire
to enter professional practce early and the overvaluaton of the accumu
-
laton of experience and study certfcates. Teachers mentoned scientfc
producton as the primary motvaton, followed by cognitve and afectve
Submited:
07/01/2024
Revisions required:
20/03/2024
Approved:
10/04/2024
Published:
10/12/2024
10.47519/risi.v1i00.3
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involvement with the area of actvity and the students themselves.
Con-
clusion:
Students are motvated by personal and academic achievement.
Teachers are motvated by identfcaton with the league’s theme, teaching
involved with feld interventon, and scientfc and technical producton.
KEYWORDS:
Higher educaton. Academic leagues. Motvaton.
RESUMO:
As ligas Acadêmicas artculam o tripé universitário, colaboran
-
do com a formação dos estudantes a partr do protagonismo estudantl.
Neste sentdo, há motvações extrínsecas e intrínsecas para a partcipação
de docentes e discentes.
Objetvo:
Identfcar as motvações de discentes
e docentes para a inserção em Ligas Acadêmicas nos cursos de gradua
-
ção em enfermagem e medicina.
Metodologia:
Trata-se de um estudo
exploratório-descritvo, realizado com oito docentes e 16 discentes part
-
cipantes de oito ligas acadêmicas. Os dados foram coletados a partr de
entrevistas semiestruturadas e organizados por meio da técnica de Análise
de Conteúdo no sofware N-Vivo. Os resultados foram analisados a partr
da literatura pertnente e da teoria da autodeterminação.
Resultados:
As
motvações dos discentes estão relacionadas principalmente ao desejo de
adentrar à prátca profssional precocemente, bem como, à supervaloriza
-
ção da acumulação de certfcados de experiência e estudo. Já os docentes
referiram a produção cientfca como principal motvação, seguido pelo en
-
volvimento cognitvo e afetvo com a área de atuação, bem como, com os
próprios discentes.
Conclusão:
Os discentes são motvados pela realização
pessoal e acadêmica. Os docentes são motvados pela identfcação com
a temátca da liga, pelo ensinar implicado com a intervenção de campo e
pela produção cientfca e técnica.
PALAVRAS-CHAVE:
Educação Superior. Ligas Acadêmicas. Motvação.
RESUMEN:
Las Ligas Académicas artculan el trípode universitario, cola
-
borando con la formación de estudiantes a partr del protagonismo es
-
tudiantl. En este sentdo, existen motvaciones extrínsecas e intrínsecas
para la partcipación de profesores y estudiantes.
Objetvo:
Identfcar
las motvaciones de estudiantes y profesores para la inserción en Ligas
Académicas en los cursos de graduación en enfermería y medicina.
Me-
todología:
Se trata de un estudio exploratorio-descriptvo, realizado con
ocho profesores y 16 estudiantes partcipantes en ocho ligas académicas.
Los datos fueron recolectados a partr de entrevistas semiestructuradas y
organizados a través de la técnica de Análisis de Contenido en el sofwa
-
re N-Vivo. Los resultados se analizaron a partr de la literatura pertnen
-
te y de la teoría de la autodeterminación.
Resultados:
Las motvaciones
de los estudiantes se relacionan principalmente con el deseo de ingresar
temprano a la práctca profesional, así como con la sobrevaloración de
la acumulación de experiencia y certfcados de estudio. Los profesores,
por su parte, se refrieron a la producción cientfca como principal mot
-
vación, seguida de la implicación cognitva y afectva con el área de act
-
vidad, así como con los propios estudiantes.
Conclusión:
Los estudiantes
están motvados por el logro personal y académico. Los docentes están
motvados por la identfcación con el tema de la liga, por la enseñanza
involucrada con la intervención en el campo y por la producción cientfca
y técnica.
PALABRAS CLAVE:
Enseñanza superior. Ligas Académicas. Motvación.
Revista Ibero-Americana de Saúde Integrativa (RISI)
, Bauru, v. 1, n. 00, e024003, 2024e-ISSN: 2966-4543
3
Artcle submited to the similarity system
INTRODUCTION
Academic Leagues have their origins in the feld of medicine (Burjato Júnior, 1999),
providing a setng for learning in the feld and increasing users’ access to specialized medi
-
cal care. This access occurs through the presence of students and teachers in programs that
integrate academic training with care practce, with study and research strategies allied to a
preventve and therapeutc approach of social assistance (or, in many cases, social welfare)
nature. The emergence of the Leagues precedes the creaton of the Unifed Health System
(SUS), the Natonal Curriculum Guidelines implemented in the 2000s, the Commissions for
Teaching-Service Integraton in Health, established in 2007, and the Natonal Extension Policy,
formalized in 2012.
However, the Academic Leagues gained new impetus amid the efort to increase the
presence of teachers and students in the workplace, which came to be called “early contact
with productve environments”. This movement aimed to reduce teaching centered on the
traditonal frontal classroom, promotng the inclusion of university extension actvites in all
curricular subjects. With the growth and expansion of the presence of the Leagues in health
courses, there was also a change in their inital concepton, which sought to break with the
socio-welfare vision (Cavalcante
et al.
, 2021), orientng itself towards the consolidaton of the
principles and guidelines of the SUS (Costa
et al.
, 2020).
As this is an extracurricular actvity, there is no academic obligaton for students or
teachers to get involved in these projects. However, the Leagues ofer an opportunity for stu
-
dents to complete their training hours, which they are free to choose, in order to complete
the curriculum. The opening of the Leagues by teachers results from the motvaton to lead
longitudinal processes in the project-based learning model (Marques
et al.
, 2021), as well as
bringing together students in social interventon actons. The implicaton of these actons is
responsible for their intensity and directon, and is strongly infuenced by the desire to train
and intervene (Spector, 2003).
Schunk, Meece, and Pintrich (2014) state that successful teaching and learning proces
-
ses require motvaton because only through genuine interest can innovatve or challenging
actvites be initated and maintained (Deci; Ryan, 2004). Interest plays a leading role, either by
Chief Editor:
Kaique Cesar de Paula Silva
Executve Editor:
José Anderson Santos Cruz
Motivations of teachers and students for insertion in academic leagues of nursing and medicine
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leading an experiment or by having the power to carry out a collectve or insttutonal project.
Motvaton to take part in academic leagues may be related to identfcaton with unique ways
of teaching and learning, in which teaching and learning are incorporated into professional
practce. This approach provides a way of keeping the teacher in the feld of interventon and
involving the student in carrying out interventons (Bzuneck; Boruchovitch, 2016; Deci; Ryan,
2008). In some cases, motvaton can be determined by pull factors, such as funding, recog
-
niton, the need to complete a stage in an academic path or itnerary, the search for a way to
circumvent undesirable burdens, or even a workload allocaton strategy (Bzuneck; Boruchovi
-
tch, 2016; Deci; Ryan, 2008).
Given these aspects, the following queston arises: what is the motvaton of students
and teachers in the health area to partcipate in Academic Leagues? Considering that, as an
educatonal strategy, the Leagues have gained relevance in the processes of change in under
-
graduate courses, with a focus on greater identfcaton with the Unifed Health System (SUS),
it is of great interest to understand this phenomenon in its various facets. This will allow it to
be seen as a complementary process to health training and, through this, to generate scientfc
evidence that will contribute to improving the constructon of diferent teaching and learning
strategies. The theme of implicaton, adherence, and engagement addressed here difers from
the concept of Academic Leagues in terms of the challenges related to the concept of actve
cogniton. The aim of this study was to identfy the motvatons of students and teachers for
partcipatng in Academic Leagues in health courses.
METHODOLOGY
This is an exploratory-descriptve study (Gil, 2017), carried out with 8 teachers and 16
students partcipatng in eight undergraduate Academic Leagues. Four of these Leagues were
linked to the Nursing course and another four to the Medicine course, both at public universi
-
tes in the interior of Ceará. To take part in the study, students had to be regularly enrolled in
one of the courses mentoned, while teachers had to be part of the coordinaton team of one
of the Academic Leagues included in the study. Both teachers and students had to have been
members of the Leagues for at least one quarter during the data collecton period, in order
to guarantee minimum involvement, justfed by the length of tme they had been members.
The students were randomly selected, one of whom was a member of the board of
directors or coordinator of the Academic Leagues and the other who was not involved in this
actvity. Voluntary partcipaton in the study was invited individually by telephone. Afer accep
-
tance, the interviews were scheduled in places that guaranteed the partcipants’ privacy. The
semi-structured interviews, which lasted an average of 15 to 30 minutes, were recorded and
Ana Suelen Pedroza CAVALCANTE, Gabriel Pereira MACIEL, Ricardo Burg CECCIN, Quitéria Larissa Teodoro FARIAS, Antônio Rodrigues
FERREIRA JÚNIOR, Maria Rocineide FERREIRA DA SILVA, Maristela Inês Osawa VASCONCELOS.
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carried out by two trained researchers. They took place before or afer the Leagues’ weekly
meetngs. During the interviews, teachers and students were asked about their motvatons
for joining and remaining in the Academic Leagues.
In additon to the interviews, non-partcipant observatons were made at the weekly
meetngs of the Academic Leagues, totaling three meetngs observed per league. Atendance
at the meetngs was ensured since the research took place before the impositon of physical
distancing due to the COVID-19 pandemic, which began in March 2020.
The data obtained was organized by means of Content Analysis (Bardin, 2011), using the
N-Vivo sofware to build word clouds, a tool that makes it possible to see the representatons
and their predominance. As a theoretcal framework for analyzing the results, we considered
the contributons of the literature pertnent to health educaton and teaching, as well as the
theory of self-determinaton (Deci, 2004). The ethical aspects set out in Resoluton 466/2012
of the Natonal Health Council were strictly respected. The study was approved by the Rese
-
arch Ethics Commitee of the State University of Vale do Acaraú (Opinion No. 2.102.883), and
the terms of free and informed consent were obtained.
RESULTS AND DISCUSSION
Based on the interviews conducted, the students explained the motvatons that led
them to join and remain in the Academic Leagues. Figure 1 shows that the students mentoned
both intrinsic and extrinsic motvatons. Intrinsic motvatons refer to the satsfacton of perso
-
nal interests, while extrinsic motvatons are related to adherence by external impositon, such
as the need to “fulfll the complementary hours required by the curriculum”.
The main motvaton identfed for the students’ partcipaton in the Leagues was the
search for “practce”. The students showed great enthusiasm for joining practce spaces as ear
-
ly as possible, with the aim of applying the knowledge acquired in the classroom. According to
self-determinaton theory, these students are intrinsically motvated, since they seek personal
fulfllment and satsfacton in learning (Bzuneck; Boruchovitch, 2016; Deci; Ryan, 2008), as
evidenced in the following reports:
What motvated me to contnue was the internships (Partcipant Med III).
We also see that there are some students who go for the procedure [skill in technical
procedures of care/professional assistance], so I think that some students enter the
extension focused on practce, on “I want to practce” (Prof. Nur. I, our translaton).
It is essental to understand that theory and practce occur simultaneously in teaching
and learning processes, in which refecton and acton alternate, without there being a dicho
-
Motivations of teachers and students for insertion in academic leagues of nursing and medicine
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tomy between the two. Acton needs a theory to support it, and, in turn, the theory is sustai
-
ned in reality through acton (Freire, 1987). Santos Jr. (2013) points out that learning practces
carried out outside the classroom encourage students’ interest and motvaton for concep
-
tual learning. In additon, understanding the motvatons of members of Academic Leagues
makes it possible to identfy how personal issues and academic demands infuence academic
performance and psychosocial development, promotng greater student involvement (Porto;
Gonçalves, 2017).
Figure 1
-Summary of students’ motvatons for partcipatng in academic leagues
Source:
Own author.
The emphasis on “practce” may highlight a concern related to the student’s motva
-
tons, as they may start from a predominantly assistentalist and utlitarian perspectve in rela
-
ton to the populaton served, treatng it as an “object” for improving technical-existental care
and treatment skills, when, in reality, mutual learning should be promoted. The practce of
social assistance extension tends to foster a vertcalized movement, from the university to the
communites, reinforcing a utlitarian vision. This approach could represent a setback in the
processes of change in undergraduate educaton and the expansion of extension linked to aca
-
demic training. The university must recognize these spaces as agents for the producton of so
-
cial democracy and scholarly knowledge, in interface with widespread interests and expertse.
Freire (1987) emphasized that only the learner who appropriates knowledge and ap
-
plies it in real situatons, with meaning for them, is capable of truly learning, in the quest to
interpret their way of being in the world. It is in this context that we seek learning based on a
dialogical relatonship between society and the university, in an interweaving of knowledge,
to problematze the context and recreate the acton-refecton-acton relatonship, in order
Ana Suelen Pedroza CAVALCANTE, Gabriel Pereira MACIEL, Ricardo Burg CECCIN, Quitéria Larissa Teodoro FARIAS, Antônio Rodrigues
FERREIRA JÚNIOR, Maria Rocineide FERREIRA DA SILVA, Maristela Inês Osawa VASCONCELOS.
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to teach how to read life and the world in search of intellectual freedom, which unfolds in
the freedom to exist and produce the world (Freire, 1967). Araújo (2019) states that practce
represents the moment when students confront their personal and professional recogniton,
artculatng self-esteem and occupatonal training experiences, as well as expanding contact
with the populaton, which becomes a refecton of their interventon.
It is hoped that, by insertng students into professional scenarios through academic
leagues, they will experience situatons that stmulate their readiness for both occupatonal
practce and the exercise of citzenship, allowing them to integrate more deeply into their
working relatonships, and not just as executors of techniques (Yang
et al.
, 2019). However,
other motvatons, especially those related to accumulatng points for the academic and pro
-
fessional curriculum, were predominant among the students.
Students see academic leagues as an advantageous space to acquire certfcates that
guarantee points in selecton processes, develop “contacts” that can favor future opportuni
-
tes, fulfll the workload of extracurricular actvites required to obtain a degree, and improve
their skills in the world of work. In this way, motvaton for extrinsic “rewards” ofen outweighs
the search for personal well-being, the satsfacton of politcal needs in the exercise of cit
-
zenship, or the emergence of collectve processes in being in the world. This indicates that,
for the most part, these students are extrinsically motvated, as evidenced by the following
statements from teachers and students:
There is an importance, which perhaps isn’t emphasized very much, which is that it
counts towards the residency exams (Prof. Med III, our translaton).
So I think every project is like that, there are always some that stand out and those
that don’t, right? They’re just there to get their workload (Student Coord. Nur. IV, our
translaton).
A lot of people join for the certfcate, “Ah, I’m going to take part because I need
the hours to get the 180 hours of extracurricular at the end”. And you end up not
dedicatng yourself as much as you should. Sometmes, even part of the organizing
commitee, the commitee doesn’t encourage perhaps as much as it could or should
(Partcipant Nur. I, our translaton).
It was evident in the meetngs held during the observaton periods of this study that
some academic leagues had specifc “preparatory” moments for selecton processes, in which
issues within this scope were resolved. In a study conducted by Chaves
et al.
(2013), which
analyzed the medical residency notces of 362 insttutons, it was found that partcipaton in
academic leagues was a criterion scored in 37.6% of these notces. In other words, there is
an incentve in the selectons, especially for medical students, to take part in academic lea
-
gues. It should be noted that this overvaluaton of the curriculum, focusing on degrees and
internships, to the detriment of the knowledge acquired and the experiences gained, has be
-
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come a recurring phenomenon in university circles.
The atribute of productvism in educaton hinders the relatonship between students
and teachers, as well as between the students themselves, since solidarity gives way to com
-
pettveness and the search for predetermined scores (Alves
et al.
, 2017). By contributng to
an inversion of university values, academic leagues can jeopardize social recogniton, which
should be the main axis of the training insttuton, by fostering individualism and competton
in the university environment.
A practce of dialogic teaching and learning should, therefore, be encouraged, and all
higher educaton training spaces should seek to promote awareness and the realizaton of the
university’s social commitment. To overcome traditonal teaching, which alienates students,
it is necessary to recognize that the main product valued by league partcipants is certfcates
and workloads, which “feed” their CVs with degrees and internships. The development of the
leagues must go hand in hand with the development of the health system and its public poli
-
cies. The sole motvaton for the curriculum of degrees and internships weakens the teaching
and learning processes, as students are ofen unaware of the implicaton of their practces in
the politcal context of the artculaton between university and society. Focusing only on cert
-
fcates, scores, and workloads prevents recogniton of the true potental of academic leagues
to promote learning.
It is essental that students engage with commitment and dedicaton in the actvites,
recognizing themselves as important agents in their learning. They should also seek to un
-
derstand the role of the leagues in qualifying their training and understanding the university’s
social responsibility in training actve citzens who are ethically commited to the populaton.
In this way, overcoming the utlitarian and social welfare concepts that some academic leagues
can adopt would be possible. A truly promising career is not based solely on certfcatons and
degrees that do not consider or fail to critcally interpret the reality in which they are inserted,
its determinants, and the role of academic projects in society.
It is understood that this concept is ofen advocated by society itself, which demands
the accumulaton of “degrees” in order to enter professional careers. Students, in turn, join
this competton early on, with the aim of entering the job market afer graduaton. The world
of work is determined by growing competton, which can generate stress in recent graduates,
who are anxious to start their professional actvites as soon as possible in order to overcome
the fear of the unknown (Santago, 2016). There was also a lack of interest in leagues that do
not ofer certfcaton for internships, as reported in the following speech.
Because today we don’t have internships anymore, right? We don’t have internship
certfcaton, and that’s kind of, how can I put it, the advantage of people making a
league has dropped a lot because... We know that the great atracton of the leagues
was the internships, so afer the law on internships was enacted, we kind of got... we
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FERREIRA JÚNIOR, Maria Rocineide FERREIRA DA SILVA, Maristela Inês Osawa VASCONCELOS.
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didn’t get certfcaton, we couldn’t receive certfcaton, and all the leagues sufe
-
red enormously because... practce, right, the certfcate of practce was something
everyone wanted (Coord. Student Med. III, our translaton).
This statement reinforces the idea that students are increasingly focused on obtaining
certfcatons, ofen neglectng the main objectve of partcipatng in academic leagues: to qua
-
lify their training. In this context, some cases of demotvaton have been observed, where
students do not fnd stmulaton in personal fulfllment or perceive signifcant external rewar
-
ds. In a study carried out by Silva (2013), it was identfed that the mobilizaton of groups
around common interests is not always aligned with the real interests of the community. The
author suggests that there is a need to intensify and diversify emancipatory methodologies in
teaching practce, in order to minimize the risks of early specializaton and the reproducton
of conservatve practces, centered on the mere absorpton and reproducton of content, as
evidenced in the statements that highlight the motvaton centered on the qualifcaton of the
curriculum.
One of the professors reinforces this idea by statng that motvaton exclusively aimed
at qualifying the curriculum should not be the main reason for students’ partcipaton in aca
-
demic leagues.
Because now that I see some leagues, not some leagues, but some students, their
motvaton to join the league also has a lot to do with the queston of... of... putng
together a curriculum, you know, of... giving... yeah, giving to their curriculum, right,
to the formaton of their curriculum. It’s... the experiences and other things, you
know, but monitoring and so on, there’s much more of this focus on... this focus on
enriching the curriculum itself, right, and then I think that maybe it’s not a good path
for them to follow, to think of the league as an... an end, right, a means to achieve
something, but to think of the beneft it can bring to them, more knowledge for the
community (Prof. Med. II, our translaton).
Students also menton as motvaton their specifc interest in the topics covered by the
academic leagues, considering them an opportunity to deepen their knowledge of subjects
that the curriculum does not cover satsfactorily, presents in a superfcial way, or ofers few
opportunites within the course.
In reality, it depends a lot on each person’s afnity, what they like to do, and what
they plan to do when they graduate. When he fnishes medical school, what is he
going to be? (Prof. Med. IV, our translaton).
A person joins a league because they feel a certain afnity for that area (Partcipant
Med. III, our translaton).
It’s more the interest in the issue of pediatric health, right, also, because it’s a feld
that I don’t think nursing is so present in, I don’t know, it’s more that, and also the
extensions, the extension felds are very rich (Partcipant Nur. I, our translaton).
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However, the motvaton associated with academic leagues also raises concerns about
early specializaton. Silva (2013) points out that specializaton compartmentalizes work and
can result in the hierarchizaton of professions and professionals, as well as disregarding the
complexity or comprehensiveness of care. In this context, the early specializaton encouraged
by the leagues during undergraduate studies requires refecton on the possible deviatons
from their original objectves. This is in line with the Natonal Curriculum Guidelines, which
recommend a generalist educaton in the area of health at undergraduate level (Silva, 2013;
Carvalho; 2019).
It is also important to note the high turnover of partcipants in academic leagues. Du
-
ring the observaton process, it was possible to see that many students expressed a desire to
take part in other leagues, also using them as a way of “experimentng” with diferent profes
-
sional possibilites. Passion for the subject covered by the leagues was frequently mentoned
as a motvatng factor, and the students who highlighted this motvaton had a twinkle in their
eyes and obvious enthusiasm.
You can see the diference in some students; there are students who are passionate
about the emergency room, who want to stay there all night, and if there’s a Multple
Victm Incident, they rush to atend to it (laughs) (Prof. Nur. I, our translaton).
Because it’s what we love, right? What we do with love, we do much beter (Coord.
Student Med. III, our translaton).
In general, it’s what I told you: I’ve always been very passionate about the fascinaton
with primary care (Partcipant Nur. II, our translaton).
Partcipants in the academic leagues expressed that taking part in these actvites works
as a hobby, a way of escaping from the overload imposed by the university routne. All the stu
-
dents interviewed were enrolled in full-tme undergraduate courses. With classes and various
academic actvites throughout the week, they spend most of their tme inside the university,
which can result in physical and emotonal strain.
It’s like I told you, it’s like something outside of college, like something else, a hobby,
an extra distracton (Partcipant Med. IV, our translaton).
The university populaton is vulnerable from the moment they enter university, throu
-
ghout their academic career, and in the formaton of their professional future. All the stages of
graduaton and the relatonships established in this context can be confgured as both creatve
and pathogenic processes for the student, directly afectng their mental health (Barros; Peixo
-
to, 2022). Academic leagues also ofer the opportunity to develop interpersonal relatonship
skills (Yang
et al.
, 2019), favoring interacton between students, teachers, health professionals,
and users of the Unifed Health System, which can be a benefcial factor in dealing with the
tensions experienced at university. It is believed that partcipaton in groups where students
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feel valued and can share their anxietes, joys, and challenges is a positve factor in their edu
-
caton.
In additon, the students highlighted knowledge as one of the main motvatons for joi
-
ning the academic leagues. This motvaton is reinforced by the fact that the students themsel
-
ves perceive the leagues as a response to the knowledge gaps present in the formal curricular
matrix of their undergraduate courses.
What motvated me to join was the knowledge of the league and also the admiraton
I had for them, and the desire to learn more about family health (Coord. Student Nur.
III, our translaton).
So much for the knowledge, right, because I’ve already learned a lot in the league
(Partcipant Med. IV, our translaton).
Academic leagues encourage the constructon of knowledge, beyond theoretcal kno
-
wledge, through the exchange of experiences in the actvites carried out, in a meaningful way
and without pressure. This process contributes to the development of cognitve and afectve
arsenals, both individually and collectvely, promotng actve partcipaton in teaching and le
-
arning processes (Souza; Noguchi; Alvares, 2019). In this context, the leagues make it possible
to perceive the development of student autonomy and emphasize the indispensability of their
actve partcipaton. It can, therefore, be said that the academic leagues, due to their fexibility,
the inclusion of students in the social environment, and the student protagonism required,
encourage the training of critcal and refectve professionals who are prepared to make deci
-
sions.
The teachers also pointed out motvatons, some of which coincide with those of the
students. In this sense, they incorporated intrinsic and extrinsic motvatons, as illustrated in
Figure 2. The teachers’ main motvaton is related to scientfc producton. The abstracts, art
-
cles, and other academic productons produced by the members of the leagues are under the
guidance of the coordinatng professors, who encourage them to partcipate and remain in
the leagues in order to keep their academic producton actve, as exemplifed in the following
speech:
What motvates me is the producton. What the binders are producing is what keeps
me in the league because I’m very interested in producton, right? I’m very interested
in my name appearing alongside theirs in a conference presentaton. It’s something
like that, and I’m very interested in knowing what they’re doing, if they’re studying
properly and if what’s being produced is in accordance, ethical, and professional.
Much of my scientfc producton today comes from the movements within the lea
-
gue (Prof. Med. I, our translaton).
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Figure 2
- Summary of motvatons that lead teachers to partcipate in academic leagues
Source:
Own author.
Academic productvism is encouraged by funding agencies and, consequently, by the
universites themselves, since prestge, the ability to win grants, projects approved by funding
agencies and salary increases are generally awarded to the most productve professors, accor
-
ding to the postgraduate evaluaton model or the targets set (Farias Júnior, 2020). In this way,
the overvaluaton of research in higher educaton insttutons is evident, highlightng the im
-
portance that professors atach to this pillar of the university. However, there is concern about
academic producton that is not aligned with the social relevance that research should have.
It is worth notng that teachers are role models for students and greatly infuence the
training of future professionals. Thus, the more we stmulate scientfc producton for indivi
-
dualistc reasons, the more we will be producing (or reproducing) professionals who are not
commited to social reality and its transformaton, in search of equal rights and access. Thus,
by using volunteer labor only to achieve “numbers”, there is a risk of moving away from the
main concept of academic leagues. Afer all, a “great curriculum” is not synonymous with
social commitment, and this can lead to students being seen as objects to be used for the
teachers’ beneft, rather than being valued for their commitment to their educaton. As Freire
(1987, 1996) states, when educaton is not liberatng, the dream of the oppressed is to beco
-
me the oppressor.
What’s more, this demand for intense productvity results in exhauston for both par
-
tes involved. In a study carried out by Farias Jr. (2020) with university professors, based on
a bibliographic analysis, it was shown that academic productvism has damaged the health
of professors in Brazilian universites, with consequences related to Burnout Syndrome and
Moral Harassment. Passion for the feld, however, was also pointed out as a motvaton by
the teachers. Those who mentoned this motvaton have been working for several years in
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their respectve areas, both in assistance and teaching, and are used to collaboratng with
the training of various students. In this sense, the academic leagues represent an additonal
opportunity to formalize these links with students, as can be seen in the following statements:
Because it’s my area (Prof. Nur. IV, our translaton).
The motvaton is my passion for the area. I was fresh out of university, so I wanted it.
There’s that thing about wantng to contribute more, right? You want to be involved
in something. So, between building and startng something from scratch, you have
the opportunity to strengthen what already exists at the university. So that’s it, you
got married, right? (Prof. Nur. II, our translaton).
As mentoned above, the teachers reafrm their desire to contribute to the educaton
of their students, emphasizing that their motvaton stems largely from teaching.
Because as an emergency room doctor, I could see a defcit in the children, right? And
I had a certain afnity for teaching. So, I saw all the defcits, and then I demanded a
lot from them, and as soon as the opportunity arose, I said no, let me help them with
their training and so on; I’m not going to just complain, complain. No, let me give
them my contributon (Prof. Med. IV, our translaton).
Teachers recognize interacton with peers and/or students as an opportunity to learn
and improve teaching practce (Treviso; Costa, 2017). In this sense, it is understood that par
-
tcipaton in academic leagues represents a way of getng closer to students and practcing
teaching with the aim of improving it, given that there are no subjects in undergraduate health
courses aimed at teaching practce. Teachers are also motvated by the students themselves,
establishing an interdependent relatonship in the teaching and learning process. Motvated
students encourage teachers to be more engaged, and reciprocally, teachers also play a mot
-
vatng role for students.
What “motvates” is the student’s motvaton, because when the student is motva
-
ted, this ends up reverberatng in the teacher, especially when it’s associated with
research, when they bring ideas, when they bring suggestons, when there are cour
-
ses, which is geared towards teaching as well. The Sobral Family and Community
Medicine League (LIMFACS) has a certain routne of running one course a year. This
year it was because we celebrated ten years, so there was a special session of three
classes, so that’s what motvates me. Perhaps if there was, as I said at the beginning,
a beter commitment to carrying out tasks that give people something back, this
could be something more, but I think that the research itself is enough to encourage
people to stay (Prof. Med. III, our translaton).
It can be said that there is a symbiotc or interdependent relatonship between teachers
and students. Freire (1996) corroborates this idea by statng that there is no teaching without
teaching. The professors also reported that their motvaton to get involved in the academic
leagues was largely due to the students invitng them to mentor them. In fact, many teachers
felt intmidated, as they were the only ones able to take on the responsibility of guiding the
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leagues to which they had been invited, due to the departure of their former supervisors. This
can be corroborated by the following reports:
As it was an invitaton, there was no motvaton on my part, really, because I didn’t
have the availability to take it on, so, in this specifc case, it was really so that the
students who were already involved would have some support from someone, from
a teacher, from someone linked to the area of the league who could contribute. Untl
a new teacher was hired (Prof. Med. II, our translaton).
The teachers who were involved were substtute teachers, and then the contracts of
several teachers ended, and they invited me. I was interested in taking part because
of other experiences I’ve had since the beginning of my academic training as a stu
-
dent. I was part of a research group (Prof. Nur. III, our translaton)..
One of the teachers mentoned that her motvaton for getng involved in the league
was not restricted to the invitaton, but also to the desire to apply the knowledge she had
acquired throughout her academic career, which was directly related to the topics covered by
the league she partcipates in:
I was part of research groups that focused on adolescents and young people, but
more from the perspectve of infectous diseases. We used to do health educaton
actvites in schools, so when they came to invite me, I remembered a lot about my
academic career, which was already involved with adolescents and young people,
but more from a research perspectve, and since when we do research we sometmes
have to give feedback, right, in schools, we would come back, do the actons when
we were asked to, so this came to me, when they invited me, this memory came to
me, and I had a bit of experience from my degree, from my academic career since I
was a student (Prof. Nur. III, our translaton).
From the above, it can be concluded that both teachers and students have intrinsic
and extrinsic motvatons to partcipate in academic leagues. Teachers show commitment to
training new generatons of professionals and call on students to take co-responsibility for
their learning path. In turn, students seek to increase their autonomy by mastering work pro
-
cesses and procedures and taking a leading role in defning their training. For both, however,
involvement in the leagues can, in some cases, be limited to an interest in managing hours in
extension actvites or complementary training, as well as interdependent interests with rese
-
arch and intellectual or technical producton.
FINAL CONSIDERATIONS
Partcipaton in academic leagues is of interest to both teachers and students who ofer
or demand them. Consolidated leagues are generally artculated with areas of specializaton
in professional health interventon and form a curricular tree that begins with an extension
associated with undergraduate teaching. According to the respectve curricular components,
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these leagues are aimed at undergraduates and are led by teachers. The journey extends to
the residency programs by specialty, with the partcipaton of residents in the preceptorship
of students, and contnues with intensive atendance at congresses and the presentaton of
scientfc-professional papers at specialized or corporate-academic events. Many partcipants
in the leagues contnue their journey through master’s and doctoral degrees, with collectve
scientfc-professional producton (including students, residents, preceptors, and teachers) in
the feld of specialtes.
The intrinsic and extrinsic motvatons of students and teachers are intertwined and
maintained as the gains converge positvely toward personal satsfacton, strengthening the
curriculum, experience, and professional projecton in the market. An ofen overlooked as
-
pect of the leagues is that they ofer recogniton within the areas of specializaton to which
they refer, and are supported and sustained by those same areas. Internship vacancies in a
specialty prioritze partcipaton in the league’s course, as well as points on the CV, which can
infuence partcipaton in compettons for residencies, masters, doctorates, jobs, and teaching
opportunites. Students are intrinsically motvated when they reconcile personal interest with
career building, seeking not only cognitve mastery, but also recogniton within the league’s
specialized community. The demand for these leagues tends to decrease considerably when
the curriculum and the priorites of the job market in the specialtes are not aligned with the
training model ofered.
Teachers are intrinsically motvated when they have a passion for and expertse in the
subject in which the academic league operates, seeking to pass on this knowledge to students
or provide a social assistance service to the community, making care or treatment accessible
that is in limited supply in the public service. The extrinsic motvaton of students is present
in those who take part in projects with the aim of obtaining a higher score in future academic
or professional selectons. Teachers’ extrinsic motvaton, in turn, is related to the benefts of
intellectual and technical producton that an academic league provides. In additon, it is not
-
ceable that the teachers act as role models for their students, with the curriculum being one
of the main motvatons for this refecton, which awakens intrinsic motvaton in the students.
In the contemporary context, it is essental to emphasize the strengthening of learning
based on interventon projects, as advocated by the Natonal University Extension Policy, kno
-
wn as the “third mission of the university”, which is added to teaching (as a fundamental task)
and research (as a task that gives the insttuton its higher educaton character). Extension is
the component that refects the university’s social commitment, being the door that ensures
porosity between the university and society. Undergraduate educaton goes beyond obtaining
passing grades and the contnuous accumulaton of certfcates. Higher educaton should, in
fact, aim to train citzens who are ethically commited to developing citzenship, both in their
work and in welcoming users of health services, or even in exercising social control in health.
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One of the limitatons of the study was access to the meetngs of the academic leagues,
which were very fexible, making it difcult to schedule the presence of the researchers. The
availability of teachers to carry out the interviews was also a limitng factor, while the students
saw the encounter with research as part of their work in the league. Finally, it is suggested that
studies be carried out on the subject of academic leagues in other courses and areas besides
health, in order to see how these initatves can contribute to the qualifcaton of learning, the
presence of the university in society, the strengthening of university extension and its integra
-
ton with the Unifed Health System (SUS).
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CRediT Author Statement
Acknowledgements:
We would like to thank the Coordinaton for the Improvement of
Higher Educaton Personnel for the scientfc initaton grant.
Funding:
Not applicable.
Conficts of interest:
There are no conficts of interest.
Ethical approval:
The ethical aspects of Resoluton 466/2012 of the Natonal Health
Council were respected, and the terms of free and informed consent were approved by
the Research Ethics Commitee of the State University of Vale do Acaraú (Opinion No.
2.102.883).
Availability of data and material:
The data and materials used in this study are not
available for public access. However, they can be requested from the researchers.
Author contributons:
The author Ana Suelen Pedroza Cavalcante contributed to the
research planning, feld research, data collecton, data analysis and interpretaton, and
writng the text. The authors Gabriel Pereira Maciel, Ricardo Burg Ceccin, Quitéria La
-
rissa Teodoro Farias, Antônio Rodrigues Ferreira Júnior, Maria Rocineide Ferreira da
Silva and Maristela Inês Osawa Vasconcelos contributed to the analysis and interpreta
-
ton of the data; writng of the text; fnal revision of the text.
Processing and editng: Editora Ibero-Americana de Educação - EIAE.
Proofreading, formatng, standardizaton and translaton.