e-ISSN: 2966-4543 1 Revista Ibero-Americana de Saúde Integrativa (RISI) , Bauru, v. 1, n. 00, e024004, 2024. Revista Ibero-Americana de Saúde Integrativa Ibero-American Journal of Integrative Health 1 Professora do curso de Medicina da Universidade Estadual do Ceará, Cam - pus: Crateús. Doutora em Saúde Coleti - va pelo Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPSAC) pela Universida - de Estadual do Ceará (UECE).2 Doutorando em Educação Física na área de concentração Atividade Física relacionada a Saúde pelo Programa de Pós-Graduação em Educação Física da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Mestre em Saúde Coletiva pelo PPSAC da UECE.3 Docente da Universidade de Pernam - buco. Doutora em Cuidados Clínicos em Saúde pela Universidade Estadual do Ceará. 4 Coordenadora-Geral de Articulação Interfederativa e Participativa do Minis - tério da Saúde. Doutora em Saúde Cole - tiva pela Universidade Federal do Ceará.5 Pró-Reitora de Pesquisa e Pós-Gradu - ação da Universidade Estadual Vale do Acaraú. Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal do Ceará. Como referenciar este artgo: CAVALCANTE, A. S. P.; MACIEL, G. P.; MARINHO, M. N. A. de Sá B.; SILVA, M. R. F. da; VASCONCELOS, M. I. O. Organização de ligas acadêmicas: uma análise a partr de cursos de graduação da área da saúde. Revista Ibero-Americana de Saúde In- tegratva (RISI) , Bauru, v. 1, n. 00, e024004, 2024. e-ISSN: 2966-4543. DOI: htps://doi.org/10.47519/risi.v1i00.4 RESUMO: Introdução: As ligas acadêmicas necessitam de uma regulamen - tação, para que realizem atvidades de todo o tripé da formação. Neste sentdo, é importante conhecer a organização dessas atvidades extracur - riculares. Objetvo: Apresentar os aspectos relatvos à atuação de ligas acadêmicas da área da saúde. Metodologia: Trata-se de um estudo do tpo descritvo e documental, realizado no município de Sobral - Ceará, durante o período de agosto de 2017 a maio de 2018, com oito ligas acadêmicas dos cursos de medicina e enfermagem. Partciparam do estudo 16 discen - tes e 8 docentes. A coleta foi realizada por meio de análise documental, observação e entrevistas. Os dados foram organizados com o auxílio do sofware N-Vivo e a análise de conteúdo de Bardin. Resultados: Foi possí - vel conhecer a regulamentação das ligas acadêmicas, seus cenários de atu - ação, mecanismos de inserção das ligas, suas composições e ainda como estas se organizam para adquirir recursos. Conclusão: O estudo trouxe uma aproximação de como estas ligas estão consttuídas, com composi - ções diversas, desde centralizadora e hierarquizada a um panorama de ho - rizontalidade e cogestão. A pesquisa apresentou como limitações a análise de apenas dois cursos da área da saúde e a escassez de investgações que abranjam esta temátca. Submetdo em: 07/05/2024 Revisões requeridas em: 19/06/2024 Aprovado em: 12/07/2024 Publicado em: 10/12/2024 10.47519/risi.v1i00.4 ORGANIZAÇÃO DE LIGAS ACADÊMICAS: UMA ANÁLISE A PARTIR DE CURSOS DE GRADUAÇÃO DA ÁREA DA SAÚDE ORGANIZACIÓN DE LIGAS ACADÉMICAS: UN ANÁLISIS A PARTIR DE CURSOS DE GRADUACIÓN EN EL ÁREA DE LA SALUDORGANIZATION OF ACADEMIC LEAGUES: AN ANALYSIS BASED ON UNDERGRADUATE COURSES IN THE HEALTH AREA Ana Suelen Pedroza CAVALCANTE 1anasuelen.cavalcante@uece.br Gabriel Pereira MACIEL2gabrielpmaciel12@gmail.comMirna Neyara Alexandre de Sá Barreto MARINHO3mirna.neyara@gmail.comMaria Rocineide Ferreira da SILVA4 ocineideferreira@gmail.comMaristela Inês Osawa VASCONCELOS5 osawa@gmail.com
2 Revista Ibero-Americana de Saúde Integrativa (RISI) , Bauru, v. 1, n. 00, e024004, 2024. e-ISSN: 2966-4543. 10.47519/risi.v1i00.4 PALAVRAS-CHAVE: Formação na Saúde. Ligas Acadêmicas. Enfermagem. Medicina. RESUMEN: Introducción: Las ligas académicas necesitan regulación para que realicen actvidades de todo el trípode de la formación. En este sentdo, es importante conocer la organización de estas actvidades extraescolares. Objetvo: Presentar los aspectos relacionados con el desempeño de las li - gas académicas en el área de la salud. Metodología: Se trata de un estudio descriptvo y documental, realizado en el municipio de Sobral - Ceará, en el período de agosto de 2017 a mayo de 2018, con ocho ligas académicas de los cursos de medicina y enfermería. Un total de 16 estudiantes y ocho profesores partciparon en el estudio. La recolección de datos se realizó a través del análisis de documentos, observación y entrevistas. Los datos se organizaron con la ayuda del sofware N-Vivo y el análisis de contenido de Bardin. Resultados: Se pudo conocer la regulación de las ligas acadé - micas, sus escenarios de actuación, mecanismos de inserción de las ligas, sus composiciones y también cómo se organizan para adquirir recursos. Conclusión: El estudio aportó una aproximación de cómo se consttuyen estas ligas, con diversas composiciones, desde centralizadoras y jerárqui - cas hasta un panorama de horizontalidad y cogestón. Las limitaciones de la investgación fueron el análisis de solo dos cursos en el área de la salud y la escasez de investgaciones que abarquen este tema. PALABRAS CLAVE: Capacitación en Salud. Ligas Académicas. Enfermería. Medicina. ABSTRACT: Introducton: Academic leagues need regulaton so that they can carry out actvites across the entre training tripod. In this sense, it is important to know how to organize these extracurricular actvites. Objectve: To present aspects related to the performance of academic le - agues in the health sector. Methodology: This is a descriptve and docu - mentary study, carried out in the municipality of Sobral - Ceará, during the period from August 2017 to May 2018, with eight academic leagues of me - dicine and nursing courses. Sixteen students and 8 teachers partcipated in the study. The collecton was carried out through documentary analysis, observaton, and interviews. The data were organized with the help of N - -Vivo sofware and Bardin’s content analysis. Results: It was possible to learn about the regulaton of academic leagues, their operatng scenarios, league inserton mechanisms, their compositons, and how they organize themselves to acquire resources. Conclusion: The study brought an ap - proximaton of how these leagues are consttuted, with diferent compo - sitons, from centralizing and hierarchical to a panorama of horizontality and co-management. The limitatons of the research were the analysis of only two courses in the health area and the scarcity of investgatons co - vering this topic. KEYWORDS: Health Training. Academic Leagues. Nursing. Medicine. Artgo submetdo ao sistema de similaridadeEditor-chefe: Kaique Cesar de Paula Silva Editor Executvo: José Anderson Santos Cruz
CAVALCANTE, A. S. P.; MACIEL, G. P.; MARINHO, M. N. A. de Sá B.; SILVA, M. R. F. da; VASCONCELOS, M. I. O. 3 10.47519/risi.v1i00.4 Revista Ibero-Americana de Saúde Integrativa (RISI) , Bauru, v. 1, n. 00, e024004, 2024. e-ISSN: 2966-4543. INTRODUÇÃO As Ligas Acadêmicas (LA) surgiram em 1920, com a criação da Liga de Combate à Síflis da Universidade de São Paulo, porém tveram maior expansão no período da ditadura militar, em que o acesso ao conhecimento se tornou mais complicado e as entdades estudants se mobilizaram para adquirir as informações e ajudar a população (Cavalcante et al. , 2021). Des - de então, esse movimento foi constante. Dentre as atvidades extracurriculares realizadas por estudantes da área da saúde, 52% são caracterizadas por LA (Ferreira et al. , 2018).Espera-se que os estudantes possam identfcar temátcas que promovam aprofunda - mento teórico, com vistas à uma transformação social. Embora as LA vinculadas ao curso de enfermagem, em sua criação, tenham sido infuenciadas pelas ligas do curso de medicina (es - tas norteadas substancialmente pelas especialidades), apresentam uma perspectva holístca do indivíduo a ser cuidado. Os documentos que as regulamentam apresentam semelhanças em relação à estrutura organizacional e diferenças em sua concepção, com foco nos ciclos de vida. Além disso, evidenciam que os modelos de gestão das ligas de enfermagem são pre - dominantemente horizontalizados, promovendo o exercício da cogestão entre discentes e do - centes, devido à presença de assembleias e o conselho consultvo, enquanto a maioria das ligas de medicina são vertcalizadas a partr da centralidade na diretoria.As LA no campo da saúde possuem como objetvo precípuo promover ao estudante a oportunidade de experiência prátca e aquisição de habilidades na atenção, contemplando a indissociabilidade entre assistência, pesquisa e desenvolvimento técnico-cientfco e trazendo a convergência ensino, pesquisa e extensão, confgurando-se como um espaço formador e transformador, ampliando os vínculos academia-comunidade (Cavalcante et al. , 2021).Para compreender e aplicar esse processo, é importante que se tenha conhecimento de como as LA se organizam atualmente, e para isso, este estudo tem por objetvo apresentar os aspectos relatvos à atuação de ligas acadêmicas da área da saúde. METODOLOGIA Trata-se de um estudo exploratório-descritvo, documental, do tpo estudo de caso, com abordagem qualitatva, realizado no período de agosto de 2017 a maio de 2018. O cenário da pesquisa abrangeu duas universidades públicas localizadas no interior do estado do Ceará: a Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA) e a Universidade Federal do Ceará (UFC), ambas situadas no município de Sobral. A investgação envolveu quatro ligas acadêmicas (LAs) de Enfermagem e quatro de Medicina dessas insttuições. A escolha das universidades justfca - -se por serem as mais antgas da região, enquanto as LAs desses cursos foram selecionadas
Organização de ligas acadêmicas: uma análise a partir de cursos de graduação da área da saúde. 4 10.47519/risi.v1i00.4 Revista Ibero-Americana de Saúde Integrativa (RISI) , Bauru, v. 1, n. 00, e024004, 2024. e-ISSN: 2966-4543. devido à sua representatvidade no campo da saúde, considerando que essas profssões são essenciais em todos os níveis de atenção.Partciparam do estudo oito docentes responsáveis pelas ligas acadêmicas e 16 discen - tes, incluindo membros das diretorias das LAs e estudantes sem funções de liderança, sele - cionados de forma aleatória, desde que atendessem aos critérios de inclusão estabelecidos. Os critérios de inclusão consistram em: estar regularmente matriculado em um dos cursos mencionados; ser membro atvo de alguma das ligas acadêmicas durante o período de coleta de dados; e ter partcipado das atvidades da respectva liga por, no mínimo, um semestre.Para a coleta de dados, foi realizada análise documental dos documentos produzidos pelas Ligas Acadêmicas (LAs), além de observação das reuniões dessas ligas, totalizando 24 momentos de observação, com três encontros para cada liga. Também foram realizadas en - trevistas com os partcipantes. Para a análise documental, foi solicitada aos docentes respon - sáveis pelas LAs a disponibilização dos documentos, com um roteiro prévio para a coleta das informações. As observações ocorreram conforme o cronograma de encontros de cada liga, enquanto as entrevistas estruturadas foram orientadas pela Polítca Nacional de Extensão Uni - versitária, datada de 2012 (FORPROEX, 2012).As Ligas Acadêmicas estudadas foram: a Liga de Enfermagem em Saúde da Família (LESF), a Liga Acadêmica em Promoção da Saúde do Adolescente (LIPSA), a Liga de Enferma - gem em Urgência e Emergência (LENUE) e a Liga Interdisciplinar em Saúde da Criança (LISCRI), vinculadas ao curso de Enfermagem. No curso de Medicina, as ligas estudadas foram: a Liga Acadêmica de Cirurgia Plástca de Sobral (LACIPS), a Liga Acadêmica de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço de Sobral, a Liga de Medicina de Família e Comunidade de Sobral (LIMFACS) e a Liga de Trauma de Sobral.Na análise dos dados, foi utlizada a Técnica de Análise de Conteúdo, conforme propos - ta por Bardin (2011), com o auxílio do sofware N-Vivo. Os resultados também foram apresen - tados em quadros e fguras. A pesquisa obteve parecer favorável do Comitê de Étca e Pesquisa (CEP) da UVA, sob o n.º 2.102.883, garantndo o cumprimento de todos os preceitos étcos. O sigilo dos partcipantes e das LAs foi respeitado integralmente. RESULTADOS Regulamentação das Ligas Acadêmicas Os resultados deste estudo evidenciaram a necessidade urgente de regulamentação das Ligas Acadêmicas (LAs). Todas as LAs investgadas possuíam um estatuto, documento que regula a atuação de seus membros, estabelecendo direitos, deveres e normas para o seu fun -
CAVALCANTE, A. S. P.; MACIEL, G. P.; MARINHO, M. N. A. de Sá B.; SILVA, M. R. F. da; VASCONCELOS, M. I. O. 5 10.47519/risi.v1i00.4 Revista Ibero-Americana de Saúde Integrativa (RISI) , Bauru, v. 1, n. 00, e024004, 2024. e-ISSN: 2966-4543. cionamento. Observou-se, ainda, uma similaridade entre os estatutos das LAs vinculadas aos cursos de Medicina e Enfermagem.As LAs estudadas elaboraram seus regulamentos com base na Polítca Nacional de Ex - tensão Universitária, que, desde 1999, por meio do Plano Nacional de Extensão Universitária, tem sido amplamente discutda no Fórum de Pró-Reitores das Insttuições Públicas de Edu - cação Superior Brasileiras (FORPROEX). Essa polítca contempla diretrizes para a formação e organização dessas ligas, visando fortalecer a integração entre ensino, pesquisa e extensão. A Liga deverá funcionar em acordo com o conjunto de Diretrizes Nacionais das Ligas Acadêmicas (Estatuto LISCRI).(...) a gente se baseou num estatuto de uma liga da medicina, a gente pesquisou na internet e viu que lá em São Paulo todas as ligas, elas são coordenadas bem direit - nho, as ligas da medicina (Coord Discente Enf III). Existem diversas associações vinculadas às Ligas Acadêmicas (LAs) em especialidades específcas, conforme mencionado pelos partcipantes durante as entrevistas, como a Asso - ciação Brasileira de Ligas Acadêmicas de Saúde da Família e a Associação Brasileira de Cirurgia Plástca. Além disso, durante os momentos de observação da Liga de Enfermagem em Urgên - cia e Emergência (LENUE), os partcipantes citaram o Comitê Brasileiro das Ligas de Trauma. Além desse congresso tem as campanhas que a liga tem com a associação das ligas brasileiras de cirurgia plástca, então a gente sempre faz três campanhas por ano (...), tem a parte também das capacitações, a parte que a gente faz parcerias com os colégios aqui de Sobral, bem variado (Ligante Med I).A liga já estava cadastrada na ALASC, presidentes anteriores da mesma forma eu não sei exatamente quando foi criada a ALASC, mas se eu não me engano desde a fundação da ALASC, a LIMFACS já está presente ela já foi uma das primeiras ligas a partcipar, Inclusive a gente tem uma ligante que foi ex-presidente da LIMFACS, ela também foi muito atuante nisso (...) (Coord Discente Med I). Essas associações desempenham a função de órgãos regulamentadores das LAs em suas respectvas áreas, possuindo estatuto próprio com o objetvo de orientar as ligas cadas - tradas. Podem ter caráter voluntário, sem cobrança de taxas para partcipação, ou contar com associados contribuintes, mediante pagamento de mensalidades estabelecidas. Essas associa - ções estão frequentemente vinculadas a insttuições médicas, como é o caso da Associação das Ligas de Medicina de Família e Comunidade (ALASF), que se associa à Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade. Existe Associação das Ligas de Medicina de Família e Comunidade que é ALASF. Eu sou a diretora Regional aqui do Nordeste assim como tem o do Sudeste e de outros, aí a gente está levando, eu sou do nordeste mais do Ceará, aí tem hoje em Pernam - buco, temos de todos, é muito legal (Coord Discente Med I).
Organização de ligas acadêmicas: uma análise a partir de cursos de graduação da área da saúde. 6 10.47519/risi.v1i00.4 Revista Ibero-Americana de Saúde Integrativa (RISI) , Bauru, v. 1, n. 00, e024004, 2024. e-ISSN: 2966-4543. (...) pelo menos a que passou acho que não, nenhuma taxa não, é muito assim de não é tão formalizado não, tem uma estrutura assim uma faculdade que centraliza ela mas ela também tem muita relação com a sociedade brasileira de cirurgia plástca aí daí que ela tem uma importância maior que essa... ganha uma insttucionalização maior do projeto acho que é o positvo (Ligante Med I). Todas as ligas estudadas estão vinculadas às Pró-Reitorias de Extensão (PROEX) de seus respectvos cursos de graduação, sendo este órgão da universidade a responsável pela emis - são dos certfcados. Cenários de atuação As LA atuam nos mais diversos cenários dos níveis de atenção à saúde, conforme ilus - trado na fgura 1. Figura 1 - Cenários de atuação das ligas acadêmicas que partciparam deste estudo.Sobral, Ceará, Brasil. 2018Fonte: Elaborado pelos autores. Observa-se que além da atuação das LA nos Centros de Saúde da Família e ambientes hospitalares, há uma amplitude nos territórios, como mostram as citações a seguir. Art. 32 – Vale salientar que as atvidades da Liga serão realizadas em Unidades Básicas de Saúde (UBS), podendo também ser estabelecidos convênios com outras insttuições, por exemplo: Flor do Mandacaru, Trevo de Quatro Folhas, à critério da Diretoria da Liga, e do aceite desses serviços aos integrantes da Liga (Estatuto LESF).(...) no começo a gente fazia também a parte que não é diretamente assistencial,
CAVALCANTE, A. S. P.; MACIEL, G. P.; MARINHO, M. N. A. de Sá B.; SILVA, M. R. F. da; VASCONCELOS, M. I. O. 7 10.47519/risi.v1i00.4 Revista Ibero-Americana de Saúde Integrativa (RISI) , Bauru, v. 1, n. 00, e024004, 2024. e-ISSN: 2966-4543. mas ligada a epidemiologia, então tnha algumas visitas na... no centro de epide - miologia, que o pessoal chama de zoonose (Prof Med III). Destaca-se ainda que as LAs não atuam exclusivamente nos serviços de saúde, mas também desenvolvem atvidades diversifcadas em escolas, creches e abrigos. Essas ligas rea - lizam ações em Organizações Não-Governamentais (ONGs), serviços de assistência social e no Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro POP) (...) envolve a Casa Acolhedora do arco que é um projeto que acolhe mães com histó - rico de uso de crack, a APAE, o abrigo São Francisco (...) (Ligante Enf I).(...) tem o centro POP que ele dá suporte aos moradores de rua, um serviço que é voltado aos moradores de rua (...), então a ideia é que você possa fazer essas ações de educação em saúde, assim promover pra além de um serviço que só seja assisten - cialista, em dar as coisas (Prof Enf II).Atualmente eles estão com os projetos de extensão, que são desenvolvidos nas uni - dades básicas, ou em algumas ONG como a APAE, também na Casa Acolhedora (...). (Prof Enf IV). Formas de inserção nas ligas As ligas acadêmicas vinculadas ao curso de Medicina não possuem um tempo de dura - ção específco, ou seja, os acadêmicos ingressam por meio de processo seletvo e podem per - manecer até a conclusão da graduação. Já nas ligas do curso de Enfermagem, há um período predeterminado de atuação, que varia de seis meses a um ano, embora sem interrupção das atvidades. Os processos seletvos nas ligas de Medicina ocorrem apenas conforme a necessi - dade de preenchimento de vagas remanescentes, conforme ilustrado no trecho a seguir: Portanto, realizar-se-á um novo processo seletvo a cada início de semestre (...). Pará - grafo segundo: O processo de seleção somente será realizado quando da necessida - de de preenchimento de vagas e/ou ampliação do quadro de acadêmicos. (Estatuto LIMFACS). O processo seletvo das ligas estudadas pode ser consttuído de uma a três fases, sendo a primeira eliminatória e as seguintes classifcatórias quando o edital é formando por mais de uma fase. Ainda há outras formas apresentadas de realizar essa seleção: O processo de seleção constará de três fases: I. A primeira fase consttuir-se-á de uma prova escrita (30 questões objetvas), a ser realizada em data divulgada poste - riormente, com duração de 2 horas; II. A segunda fase, realizada uma semana depois, será consttuída pela apresentação de um seminário, cujo tema será divulgado após a primeira fase, com o tempo de duração de 10 minutos. O tema será divulgado aos classifcados para a 2ª fase e deve ser apresentado destnado à comunidade em ge - ral, sem a utlização de slides; III. A terceira fase será uma entrevista, realizada logo após a apresentação dos seminários (Edital LIMFACS).O processo seletvo efetvar-se-á em apenas uma única fase de caráter classifcatório e eliminatório: Acontecerá uma entrevista coletva e atvidade grupal. Nesta etapa,
Organização de ligas acadêmicas: uma análise a partir de cursos de graduação da área da saúde. 8 10.47519/risi.v1i00.4 Revista Ibero-Americana de Saúde Integrativa (RISI) , Bauru, v. 1, n. 00, e024004, 2024. e-ISSN: 2966-4543. serão formados grupos e cada grupo terá uma quantdade ‘X’ de integrantes, a de - pender da quantdade de inscritos (Edital LESF). O processo seletvo é direcionado aos acadêmicos dos cursos de Medicina ou En - fermagem vinculados às respectvas universidades às quais as ligas estão associadas, com exceção da Liga Interdisciplinar em Saúde da Criança (LISCRI), que também é aberta a aca - dêmicos do curso de graduação em Educação Física. Os acadêmicos podem se submeter aos editais conforme o semestre em que se encontram, considerando o requisito de conhe - cimento prévio sobre a temátca abordada pela liga, especialmente nas ligas vinculadas ao curso de Enfermagem. Composição das Ligas Acadêmicas Todas as ligas do estudo apresentaram em sua composição uma diretoria ou coordena - ção com diversos cargos, conforme listado no Quadro 1. Quadro 1 - Composição da diretoria/coordenação das ligas acadêmicas partcipantes deste estudo.Sobral, Ceará, Brasil, 2018Fonte: Elaborado pelos autores. LENUELACIPSLESFLIMFACS PresidentePresidentePresidentePresidenteOutros Gerente de Campo e Gerente de Marketng Gerente de Material e Instrumental Cirúrgico e Segundo Gerente De Marketng Diretor de Informátca e MarketngDiretor de Mídias e ImpressõesVice-PresidenteVice- PresidenteVice-PresidenteVice-PresidenteDiretor deEnsinoGerente de EnsinoDiretor Sócio-AcadêmicoDiretor dePesquisaGerente de Iniciação CientfcaDiretor CientfcoDiretor CientfcoDiretorFinanceiroTesoureiroDiretorFinanceiroDiretor de Finanças e PatrimônioDiretorExecutvoPrimeiro SecretárioSegundo SecretárioDiretorAdministratvoPrimeiro SecretárioSegundo SecretárioDiretor deExtensão -- CARGOSLIGAS Diretor de Ensino, Pesquisa e Extensão LISCRILAOCCPSLIPSATRAUMA Coordenador DiscenteGeral PresidentePresidentePresidente Coordenador DiscenteAdjunto SecretárioVice-PresidenteVice-PresidenteSecretário de EnsinoDiretor de CampanhaDiretor de EnsinoDiretoria de EnsinoSecretário de PesquisaDiretor CientfcoDiretor de PesquisaDiretoria Cientfca e PesquisaSecretário/Tesoureiro - DiretorFinanceiroDiretor de Finanças e Patrimônio Secretário deExtensão Diretor de EstágioDiretor de ExtensãoDiretoria de Extensão -- Diretor ExecutvoPrimeiro SecretárioSegundo Secretário Secretário de Comunicação e Marketng - Diretor de Marketng e Diretor Cultural Núcleo de Prevenção
CAVALCANTE, A. S. P.; MACIEL, G. P.; MARINHO, M. N. A. de Sá B.; SILVA, M. R. F. da; VASCONCELOS, M. I. O. 9 10.47519/risi.v1i00.4 Revista Ibero-Americana de Saúde Integrativa (RISI) , Bauru, v. 1, n. 00, e024004, 2024. e-ISSN: 2966-4543. As ligas atuam por meio de grupos de trabalho, nos quais um número determinado de estudantes é responsável por funções comuns, com base na divisão de tarefas. A partr da análise desses cargos e dos momentos de observação deste estudo, foi possível verifcar a composição horizontal, conforme ilustrado na Figura 2, e a composição vertcal, conforme representado na Figura 3. Figura 2 - Representação da composição horizontal identfcada em ligas acadêmicas partcipantes do estudo. Sobral, Ceará, Brasil, 2018 Fonte: Elaborado pelos autores. Figura 3 - Representação da composição vertcal identfcada em ligas acadêmicas partcipantes do estudo. Sobral, Ceará, Brasil, 2018 Fonte: Elaborado pelos autores.
Organização de ligas acadêmicas: uma análise a partir de cursos de graduação da área da saúde. 10 10.47519/risi.v1i00.4 Revista Ibero-Americana de Saúde Integrativa (RISI) , Bauru, v. 1, n. 00, e024004, 2024. e-ISSN: 2966-4543. Recursos financeiros das Ligas Acadêmicas As Ligas Acadêmicas (LA) adotam estratégias para fnanciar a realização de suas atvi - dades, visando à aquisição de recursos essenciais para sua manutenção. Destaca-se o desafo enfrentado pelas próprias universidades públicas, que lidam com o fnanciamento instável, o que difculta o estabelecimento de uma base sólida para o fnanciamento da extensão univer - sitária (Moreira et al. , 2019).Das oito ligas pesquisadas, três não contavam com bolsistas. Nas ligas que possuíam bolsistas, todos eram os coordenadores. Em algumas ligas, os discentes repassavam parcial ou integralmente o valor das bolsas às pessoas responsáveis pela organização dos recursos fnanceiros das ligas. Contudo, a maior parte dos recursos é proveniente de eventos e cursos, os quais geram fundos para o desenvolvimento de suas atvidades e aquisição de materiais. (...) a gente tnha um caixa, temos ainda mais um caixa forte, certo, que como é que funcionava, como a liga sempre teve bolsa a metade da bolsa de 400 reais era para o presidente e a outra metade era pra liga. (Coord Discente Med I). (...) a gente recebe uma bolsa, mas a bolsa é dos bolsistas, não pode gastar segundo a PROEX, o bolsista não pode reverter o ganho dele da bolsa para o projeto tem que ser para aprendizado pessoa, pra aprendizado pessoal e como você quiser mas não pode ser pra liga. (Coord Discente Med III).(...) a gente fez a jornada, a gente tem dinheiro em caixa, depois da jornada, e com esse dinheiro da jornada a gente já comprou materiais. (Prof Enf I). Para o desenvolvimento das atvidades, os ligantes utlizam também recursos próprios para a aquisição de materiais, com a divisão proporcional do valor dos itens adquiridos. Além disso, podem cobrar taxas de inscrição nos editais das ligas, aplicar multas por atrasos, faltas em reuniões e outras falhas relacionadas às atvidades das ligas, ou estabelecer taxas de men - salidade, com o objetvo de formar um caixa de recursos fnanceiros. Os ligantes também têm a possibilidade de adquirir materiais e/ou equipamentos que serão utlizados nas atvidades das ligas e/ou cedidos à própria universidade. Teve uma época que a gente fazia multa simbólica, faltou a reunião sem justfcatva: um real (risos), e aí com esses um real a gente conseguia bater xerox, alguma coisa assim, mas pra comprar material pra um evento, era rachado. (...) Eu paguei o ban - ner, era dessa maneira, agora... (Prof Enf I).Os bens adquiridos com recursos da LIMFACS ou através de bolsas, patrocínios e doações passam automatcamente a consttuir patrimônio do Projeto (Estatuto LI - MFACS).
CAVALCANTE, A. S. P.; MACIEL, G. P.; MARINHO, M. N. A. de Sá B.; SILVA, M. R. F. da; VASCONCELOS, M. I. O. 11 10.47519/risi.v1i00.4 Revista Ibero-Americana de Saúde Integrativa (RISI) , Bauru, v. 1, n. 00, e024004, 2024. e-ISSN: 2966-4543. DISCUSSÃO Não há consenso na literatura quanto à defnição de Ligas Acadêmicas (LA), entretanto, tanto a Direção Executva Nacional dos Estudantes de Medicina (DENEM), quanto a Associação Brasileira de Ligas Acadêmicas (ABLAM) e diversos autores que investgaram o tema, caracte - rizam as ligas como associações de estudantes que adotam como referência o tripé univer - sitário: ensino, pesquisa e extensão (Cavalcante et al. , 2021; Moreira et al. , 2019; Goergen; Hamamoto Filho, 2021).No que tange à sua regulamentação, atualmente existem diversos estatutos disponí - veis na internet de LA de diferentes cursos de graduação e insttuições, os quais estabelecem as normas de funcionamento dessas atvidades extracurriculares e podem servir de modelo para a sistematzação. Em 2017, a DENEM lançou uma cartlha sobre as ligas acadêmicas, dis - ponibilizando um modelo sugerido de estatuto a ser seguido (Brasil, 2014).No contexto nacional, há documentos que regulamentam as LA do curso de medicina, o que se justfca pela longa trajetória dessa profssão. Nesse sentdo, observa-se a necessida - de de um documento interdisciplinar, ou até mesmo insttucional, que oriente a regulamenta - ção das LA nos demais cursos da área da saúde. Com a expansão das LA nos cursos de medicina, intensifcou-se o debate na Educação Médica sobre a inclusão dessas atvidades nos currículos acadêmicos. Em 2005, foi fundada a ABLAM, que, em 2010, por meio de Assembleia Geral, lançou as Diretrizes Nacionais das Ligas Acadêmicas de Medicina, as quais defnem os princípios, fundamentos, condições e procedi - mentos para a formação e o funcionamento das ligas (Brasil, 2010).É urgente a necessidade de fortalecer a regulamentação e a avaliação periódica das atvidades das LA (Ferreira; Souza; Botelho, 2016), bem como o reconhecimento de sua im - portância para a formação na área da saúde, com o devido acompanhamento por parte das insttuições de ensino das quais são originárias e nas quais atuam.Nesse contexto, em 2017, com o crescimento das LA no Curso de Enfermagem da Uni - versidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), a Pró-Reitoria de Extensão (PROEX) lançou uma re - solução que defne as normas de credenciamento e funcionamento das ligas, incluindo os elementos que devem constar nos seus estatutos (Sobral, 2017a).A artculação realizada pelas Ligas Acadêmicas (LA) está em consonância com as afr - mações dos gestores de saúde do município, que destacam a existência de outros disposi - tvos na rede de atenção para apoiar a Atenção Primária à Saúde (APS), contribuindo para o aumento do acesso e para a melhoria da qualidade da atenção prestada à população (Ribeiro et al. , 2020).Além de fortalecer as ações da APS, bem como as da média e alta complexidade em saúde, as LA desenvolvem atvidades em diversos cenários do município, contribuindo não
Organização de ligas acadêmicas: uma análise a partir de cursos de graduação da área da saúde. 12 10.47519/risi.v1i00.4 Revista Ibero-Americana de Saúde Integrativa (RISI) , Bauru, v. 1, n. 00, e024004, 2024. e-ISSN: 2966-4543. apenas com ações da Rede de Atenção à Saúde (RAS), mas também fortalecendo a interseto - rialidade no Sistema Único de Saúde (SUS).As ligas partcipantes atuam no Sistema Municipal Saúde Escola (SMSE) de Sobral, que regulamenta suas ações, fornecendo apoio às insttuições e organizando campos de estágio, internatos, visitas técnicas e vivências de extensão. O sistema assegura ainda que cada esta - belecimento da rede de saúde municipal se consttua como espaço para a realização de atvi - dades de extensão e pesquisa (Sobral, 2017b).Diversos autores concordam com a ideia de que, quanto maiores as oportunidades para esses estudantes vivenciarem outros espaços intersetoriais e interagirem com outras pro - fssões, maiores serão as possibilidades de integralidade nas prátcas realizadas, contribuindo diretamente para a formação em saúde (Carvalho et al. , 2019).A saúde da população só poderá ser alcançada por meio da artculação entre diversos serviços e setores, trazendo a intersetorialidade como foco. Isso possibilita uma visão macro da realidade, o planejamento de ações e a tomada de decisões que fomentam a atuação co - letva, consttuindo-se, também, como um desafo para a execução de polítcas públicas que consigam responder às demandas sociais (Buss et al. , 2020). Assim, a atuação das LA deve reconhecer a necessidade de evolução contnua na formação em saúde, entendendo que a artculação entre diferentes setores é desafadora e exige novas posturas.Os desafos enfrentados pela saúde brasileira demandam uma formação em saúde que seja construída de maneira integrada e contextualizada, artculando teoria e prátca, e incor - porando as realidades dos serviços em seus contextos econômico, polítco e cultural. Essa abordagem prepara o futuro profssional para ações de prevenção, promoção, proteção e rea - bilitação, tanto no âmbito individual quanto coletvo (Cavalcante et al. , 2021).A utlização de cenários de prátca além da assistência permite que esses estudantes adquiram conhecimento não apenas sobre os serviços de saúde, mas também sobre os dis - positvos comunitários existentes, permitndo-lhes identfcar problemas, compreender suas causas e desenvolver habilidades para resolvê-los, com o compartlhamento de saberes entre estudantes, profssionais e comunidade.Dessa forma, a universidade exerce não apenas a sua função de ensino, mas também cumpre seu papel de responsabilidade social, proporcionando um aprendizado dinâmico. Isso permite que os futuros profssionais atuem não apenas com conhecimentos técnicos, mas também com compromisso, étca e implicação em suas prátcas.Os processos seletvos das ligas geralmente são organizados pela diretoria, utlizando entrevistas, rodas de conversa, fchas de inscrição, análise do histórico acadêmico do candida - to, partcipação com frequência mínima de 75% em cursos introdutórios, elaboração de reda - ção e provas (Silva; Flores, 2015). Esses dados corroboram com os encontrados neste estudo.
CAVALCANTE, A. S. P.; MACIEL, G. P.; MARINHO, M. N. A. de Sá B.; SILVA, M. R. F. da; VASCONCELOS, M. I. O. 13 10.47519/risi.v1i00.4 Revista Ibero-Americana de Saúde Integrativa (RISI) , Bauru, v. 1, n. 00, e024004, 2024. e-ISSN: 2966-4543. Os documentos analisados e os depoimentos indicam que os mecanismos de seleção incluem provas escritas, nas quais são fornecidos referenciais para estudo, carta de intenção e avaliação curricular, além de entrevistas, que podem ser individuais ou coletvas. Na entrevista individual, o candidato é solicitado a apresentar uma tecnologia educatva ou um projeto de atvidade pedagógica relacionado à área temátca da liga à qual pleiteia a vaga. A entrevista coletva, por sua vez, é preferida pelas ligas, pois possibilita a identfcação de habilidades de desenvolvimento pessoal, desde o início do processo seletvo.Observa-se que os processos seletvos não incluem estudantes dos últmos semestres, uma vez que esses estão no período do internato, que já possui uma carga horária signifcat - va. No curso de Medicina da UFC, o internato ocorre do nono ao décimo segundo semestre, com duração de 23 meses e carga horária total de 4.488 horas. Já no curso de Enfermagem da UVA, o internato ocorre do oitavo ao décimo semestre, com carga horária total de 1.680 horas (Sobral, 2001; Sobral, 2017c).Os estatutos e outros documentos ofciais das LAs determinam como obrigatória a orientação de, pelo menos, um docente partcipante. Nesse contexto, é fundamental a co - laboração entre docentes e discentes, de modo que o professor atue como mediador e facilitador dos processos de ensino-aprendizagem, destacando a postura atva e autônoma dos estudantes.O presidente e o vice-presidente das LAs têm funções caracterizadas pela liderança, sendo responsáveis pela orientação e artculação das diversas atvidades, com a expectatva de que essas ações ocorram em conjunto com os demais membros da diretoria. O diretor ou secretário de ensino, pesquisa e extensão é responsável pela organização das atvidades te - óricas e/ou de formação, pela produção cientfca, pelas atvidades assistenciais nos campos de prátca, pelas ações de promoção à saúde e por outras atvidades que envolvam o contato com a comunidade.O diretor fnanceiro ou tesoureiro é responsável pela organização dos recursos fnan - ceiros da liga, bem como pela transparência na utlização desses recursos. O diretor-executvo ou secretário assume a responsabilidade pelos aspectos burocrátcos, como o registro de atas e o envio de ofcios. Os cargos relacionados ao marketng têm a função de gerenciar a comu - nicação e a divulgação. A composição dessa diretoria ou coordenação ocorre por meio de elei - ção, ou pela indicação do professor orientador, com rotatvidade dos membros em períodos estabelecidos nos estatutos.É fundamental que haja rotatvidade na diretoria ou coordenação para proporcionar a diferentes estudantes a oportunidade de vivenciar a partcipação em cargos de gestão, con - tribuindo para a construção ou aprimoramento de competências essenciais para sua prátca profssional, como tomada de decisão, gerenciamento de pessoas e resolução de confitos.
Organização de ligas acadêmicas: uma análise a partir de cursos de graduação da área da saúde. 14 10.47519/risi.v1i00.4 Revista Ibero-Americana de Saúde Integrativa (RISI) , Bauru, v. 1, n. 00, e024004, 2024. e-ISSN: 2966-4543. Identfcou-se também a organização de assembleias gerais, que servem como espaços de cogestão, permitndo que a tomada de decisões seja feita de forma coletva, por meio de votação dos diversos membros das ligas. Essas assembleias ocorrem periodicamente ou por convocação extraordinária. Além disso, existem conselhos consultvos, responsáveis por pres - tar assessoria à diretoria nos processos de organização da liga, sendo compostos por membros docentes e discentes.É relevante destacar que as ligas são compostas por professores, estudantes univer - sitários e profssionais vinculados aos serviços de saúde nos quais os ligantes atuam. Como já mencionado, as LAs estão orientadas para os objetvos de ensino-aprendizagem dos estu - dantes. No entanto, observa-se que elas deveriam focar principalmente nas necessidades das demandas sociais. Nesse contexto, sugere-se uma maior aproximação da comunidade na di - nâmica de organização da liga. Surge, então, a questão: seria viável a partcipação de membros da comunidade na composição das ligas? Como operacionalizar essa partcipação? O compromisso social da universidade é fruto de um conjunto de relações e ações pac - tuadas entre os envolvidos, em que a informação é um elemento, mas não a fnalidade da ação. Embora existam espaços insttucionalizados para a partcipação social (Buziquia et al. , 2023), é necessário ampliá-los para que a população possa se mobilizar e lutar por suas causas. Existem ligas onde os processos decisórios e organizacionais ocorrem de maneira ho - rizontal, garantndo a todos os membros o direito à opinião, com decisões tomadas colet - vamente, por meio do diálogo e da escuta dos envolvidos. Nessa proposta educacional, os estudantes assumem o protagonismo, desenvolvendo diferentes competências. Os membros das ligas denominam essa forma de organização como “coordenação ampliada”, na qual estu - dantes, professores e profssionais de saúde partcipam atvamente dos processos decisórios, promovendo a autonomia dos envolvidos (Freire, 1996).No entanto, também existem ligas em que esses processos são realizados de forma ver - tcal e descendente, evidenciando uma característca hierárquica. Destaca-se, assim, a lógica baseada em um modelo de transmissão unidirecional de conhecimento, no qual os sujeitos assumem um papel passivo, sem espaço para refexão e/ou critcidade.Apesar dessas característcas, pode-se afrmar que as insttuições estudadas apresen - tam elementos que podem subsidiar a formação de outras ligas acadêmicas. A maioria das universidades não possui ou possui mecanismos limitados de regulamentação das ligas (Soa - res; Santana; Cunha, 2018).Quanto ao fnanciamento, a FORPROEX estabelece que deve haver a reatvação do sis - tema de bolsas de extensão do Ministério da Educação, em níveis equivalentes aos das bolsas de iniciação cientfca e monitoria, além das bolsas próprias já existentes em algumas inst - tuições ou as oferecidas por outras agências (Forproex, 1999; Forproex, 2012). Vale ressaltar que essas iniciatvas devem ser direcionadas ao desenvolvimento acadêmico dos estudantes,
CAVALCANTE, A. S. P.; MACIEL, G. P.; MARINHO, M. N. A. de Sá B.; SILVA, M. R. F. da; VASCONCELOS, M. I. O. 15 10.47519/risi.v1i00.4 Revista Ibero-Americana de Saúde Integrativa (RISI) , Bauru, v. 1, n. 00, e024004, 2024. e-ISSN: 2966-4543. bem como às suas atvidades, considerando que as bolsas são concedidas de forma individual. Nesse sentdo, sugere-se o incentvo a alternatvas adicionais para o fnanciamento das ações de extensão. Os membros das ligas encontraram na realização de eventos uma estratégia para ar - recadar fundos em um curto período. Essa prátca é adotada por diversas ligas acadêmicas, como comprovado pelos relatos nos estudos. Os recursos necessários para a manutenção das ligas são obtdos por meio de doações ou da promoção de eventos pelos próprios membros, consttuindo-se como a principal fonte de arrecadação para a manutenção de suas atvidades. A maioria das ligas conta com o fnanciamento de seus próprios membros, uma realidade também identfcada no estudo de Ferreira, Souza e Botelho (2016) sobre o perfl e as contri - buições das ligas para o ensino médico. A aquisição de recursos e patrimônio está prevista nos estatutos das ligas, e seus benefcios podem se estender não apenas aos membros partcipan - tes, mas também a outros estudantes da universidade à qual as ligas estão vinculadas. CONSIDERAÇÕES FINAIS O estudo proporcionou uma análise das principais Ligas Acadêmicas nos cursos de Me - dicina e Enfermagem, revelando a diversidade na consttuição dessas ligas. Observou-se uma variação entre estruturas centralizadoras e hierarquizadas e aquelas pautadas por uma dinâ - mica de horizontalidade e cogestão.Embora as ligas se confgurem como atvidades extensionistas que se artculam com o ensino e a pesquisa, promovendo o protagonismo estudantl, elas enfrentam difculdades relacionadas ao fnanciamento de suas ações e à estruturação de uma formação abrangente, especialmente nas áreas de comunicação e no fortalecimento da partcipação social. Apesar de estarem estruturadas para promover a dimensão do conhecimento, essas ligas representam uma oportunidade singular para a universidade estreitar laços com a so - ciedade e, acima de tudo, consolidar seu papel social, que é contribuir para a melhoria da qualidade de vida das pessoas.A pesquisa apresentou como limitações a análise restrita a dois cursos da área da saú - de e, principalmente, a escassez de investgações que abordem essa temátca de forma mais ampla. Espera-se que os resultados obtdos possam subsidiar as universidades no processo de formação de suas Ligas Acadêmicas e também promover uma refexão sobre os Projetos Polítco-Pedagógicos dos cursos.
Organização de ligas acadêmicas: uma análise a partir de cursos de graduação da área da saúde. 16 10.47519/risi.v1i00.4 Revista Ibero-Americana de Saúde Integrativa (RISI) , Bauru, v. 1, n. 00, e024004, 2024. e-ISSN: 2966-4543. REFERÊNCIAS BARDIN, L. Análise de Conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2011.BRASIL. Associação Brasileira de Ligas Acadêmicas de Medicina. Diretrizes Nacionais em Ligas Acadêmicas de Medicina . 2010. Disponível em: htps://s3.us-east-1.amazonaws.com/assets.univaco.edu.br/resources/fles/ligas-academicas/diretrizes-nacionais-em-ligas-acade - micas-de-medicina.pdf. Acesso em: 10 jul. 2024.BRASIL. Direção Executva Nacional dos Estudantes de Medicina (DENEM). Ligas Acadêmicas . Coordenação Cientfca. Belém, PA. 2014. 34 p. Disponível em: htps://www.denem.org.br/wp-content/uploads/2017/01/Cartlha-Ligas-Acade%CC%82micas-CoCien.pdf. Acesso em: 10 jul. 2024.BUSS, P. M.; HARTZ, Z. M. A.; PINTO, L. F.; ROCHA, C. M. F. Promoção da saúde e qualidade de vida: uma perspectva histórica ao longo dos últmos 40 anos (1980-2020). Ciência & Saúde Coletva , [S. l.] , v. 25, n. 12, 2020.BUZIQUIA, S. P.; JUNGUES, J. R.; LOPES, P. P. S.; NIED, C.; GONÇASLVES, T. R.. Partcipação social e Atenção Primária em Saúde no Brasil: uma revisão de escopo. Saúde e Sociedade , [S. l.] , v. 32, 2023.CARVALHO, C. R.; LOPES, R. E.; DIAS, DE ARAÚJO DIAS, M. S.; NETO, F. R. G. X.; FARIAS, Q. L. T.; CAVALCANTE, A. S. P. Contribuição das Ligas Acadêmicas para Formação em Enfermagem. Enfermagem em Foco , [S. l.] , v. 10, n. 6, 2019. CAVALCANTE, A. S. P.; VASCONCELOS, M. I. O., CECCIM, R. B.; MACIEL, G. P.; RIBEIRO, M. A.; HENRIQUES, R. L. M.; ALBUQUERQUE, I. N. M.; DA SILVA, M. R. F. Em busca da defnição con - temporânea de “ligas acadêmicas” baseada na experiência das ciências da saúde. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, [S. l.] , v. 25, 2021. FERREIRA, I. G; CARREIRA, L. B.; MURPHY, N.; SOARES, A. C. B.; FONSECA, P. C. C.; DE SOUU - SA, L. E. A. Atvidades extracurriculares: uma perspectva comparatva entre faculdades de saúde no Brasil e na Irlanda. ABCS Health Science, [S. l.] , v.43, n.2, 2018. FERREIRA, I. G.; SOUZA, L. E. A.; BOTELHO, N. M. Ligas Acadêmicas de Medicina: perfl e con - tribuições para o ensino médico. Rev. Soc. Bras. Clín. Méd., [S. l.] , v. 14, n.4, 2016.FORPROEX. Plano Nacional de Extensão Universitária . Ilhéus: Editus, 1999. FORPROEX. Polítca Nacional de Extensão . Fórum de Pró-Reitores das Insttuições Públicas de Educação Superior Brasileiras: Manaus, 2012.FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prátca educatva. São Paulo: Paz e Terra, 1996.GOERGEN, D. I.; HAMAMOTO FILHO, P. T. As ligas acadêmicas e sua aproximação com socie - dades de especialidades: um movimento de contrarreforma curricular? Revista brasileira de educação médica, [S. l.] , v.45, n.2, 2021.MOREIRA, L. M.; MENNIIN, R. H. P.; LACAZ, F. A. C.; BELLINI, V. C. Ligas Acadêmicas e Forma - ção Médica: Estudo Exploratório numa Tradicional Escola de Medicina. Revista brasileira de educação médica, [S. l.] , v. 43, n. 1.RIBEIRO, M.A.; JÚNIOR, D. G. A.; CAVALCANTE, A. S. P.; MARTINS, A. F.; DE SOUSA, L. A.; CAR -
CAVALCANTE, A. S. P.; MACIEL, G. P.; MARINHO, M. N. A. de Sá B.; SILVA, M. R. F. da; VASCONCELOS, M. I. O. 17 10.47519/risi.v1i00.4 Revista Ibero-Americana de Saúde Integrativa (RISI) , Bauru, v. 1, n. 00, e024004, 2024. e-ISSN: 2966-4543. VALHO, R. C.; CUNHA, I. C. K. O. (RE)Organização da Atenção Primária à Saúde para o enfren - tamento da COVID-19: Experiência de Sobral-CE. APS em revista, [S. l.] , v. 2, n. 2, 2020.SILVA, S.A.; FLORES, O. Ligas Acadêmicas no Processo de Formação dos Estudantes. Revista bras. educ. med., [S. l.] , v. 39, n. 3, 2015.SOARES, F. J. P.; SANTANA, I. H. O.; CUNHA, J. L. Z. Ligas Acadêmicas no Brasil: Revisão Crítca de Adequação às Diretrizes Curriculares Nacionais. Revista Port.: Saúde e Sociedade, [S. l.] , v. 3, n. 3, 2018.SOBRAL. Lei nº 1685, de 08 de novembro de 2017. Insttui, no âmbito do município de Sobral, o Sistema Municipal Saúde Escola, e dá outras providências. 2017b. Disponível em: htp://transparencia.sobral.ce.gov.br/arquivo/nome:68a99ba38961314a3ae3a2d99b4dd6f9.pdf. Acesso em: 10 jul. 2024.SOBRAL. Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA). Centro de Ciências da Saúde. Projeto Pedagógico do curso de graduação em Enfermagem. Sobral, CE, 2017c.SOBRAL. Universidade Estadual Vale do Acaraú. Resolução nº 31 de 2017. Dispõe sobre o credenciamento do funcionamento das Ligas Acadêmicas consttuídas no âmbito da Universi - dade Estadual Vale do Acaraú. 2017b. Disponível em: htp://www.uvanet.br/documentos/resolucao_788696f370021aeeb8690c1db2d0d3ec.pdf. Acesso em: 10 jul. 2024.SOBRAL. Universidade Federal do Ceará. Curso de Medicina. Projeto Pedagógico.. Sobral, CE. 2001. 40 p.TRISTÃO, I.M.; SILVA, J. P.; BORTOLLI, G.M.; SILVA, A. C. P.; TABORDA, A. C. D. Encontro Regio - nal de Ligas Acadêmicas de Saúde da Família da ALASF. 15º Congresso Brasileiro de Medicina e Comunidade. In: BRASILEIRO DE MEDICINA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE, 15., 2019. Anais [...]. [S. l.: s. n.], 2019. v. 2.
Organização de ligas acadêmicas: uma análise a partir de cursos de graduação da área da saúde. 18 10.47519/risi.v1i00.4 Revista Ibero-Americana de Saúde Integrativa (RISI) , Bauru, v. 1, n. 00, e024004, 2024. e-ISSN: 2966-4543. CRediT Author Statement Reconhecimentos: Gostaria de agradecer a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior pela bolsa de iniciação cientfca Financiamento: Não se aplica. Confitos de interesse: Não há confitos de interesse. Aprovação étca: Os aspectos étcos previstos à Resolução nº 466/2012, do Conselho Nacional de Saúde, foram respeitados, e os termos de consentmento livre e esclare - cido aprovados pelo Comitê de Étca em Pesquisa da Universidade Estadual do Vale do Acaraú (Parecer n° 2.102.883). Disponibilidade de dados e material: Os dados e materiais utlizados no trabalho não estão disponíveis para acesso público. No entanto, pode-se solicitá-los aos pesquisadores. Contribuições dos autores: A autora Ana Suelen Pedroza Cavalcante contribuiu no planejamento da pesquisa, na pesquisa de campo; coleta de dados; análise e in - terpretação dos dados; redação do texto. Os autores Gabriel Pereira Maciel, Mirna Neyara Alexandre de Sá Barreto Marinho, Maria Rocineide Ferreira da Silva e Maris - tela Inês Osawa Vasconcelos contribuíram com a análise e interpretação dos dados; redação do texto; revisão fnal do texto. Processamento e edição: Editora Ibero-Americana de Educação - EIAE. Revisão, formatação, normalização e tradução.
e-ISSN: 2966-4543 1 Revista Ibero-Americana de Saúde Integrativa (RISI) , Bauru, v. 1, n. 00, e024004, 2024. Revista Ibero-Americana de Saúde Integrativa Ibero-American Journal of Integrative Health 1 Profesora de Medicina en la Universi - dad Estatal de Ceará, Campus: Crateús. Doctora en Salud Colectiva por el Pro - grama de Posgrado en Salud Colectiva (PPSAC) de la Universidad Estatal de Ce - ará (UECE).2 Estudiante de doctorado en Educación Física en el área de concentración Acti - vidad Física relacionada con la Salud en el Programa de Posgrado en Educación Física de la Universidad Federal de Santa Catarina (UFSC). Máster en Salud Colec - tiva por el PPSAC de la UECE.3 Docente de la Universidad de Pernam - buco. Doctora en Atención Clínica en Sa - lud por la Universidad Estatal de Ceará. 4 Coordinadora General de Articulación Interfederativa y Participativa del Minis - terio de Salud. Doctora en Salud Colecti - va por la Universidad Federal de Ceará.5 Decana de Investigación y Posgrado de la Universidad Estadual Vale do Acaraú. Doctora en Enfermería por la Universi - dad Federal de Ceará. Cómo hacer referencia a este artculo: CAVALCANTE, A. S. P.; MACIEL, G. P.; MARINHO, M. N. A. de Sá B.; SILVA, M. R. F. da; VASCONCELOS, M. I. O. Organización de ligas académicas: Un análisis a partr de cursos de graduación en el área de la salud. Revista Ibero-Americana de Saúde In- tegratva (RISI) , Bauru, v. 1, n. 00, e024004, 2024. e-ISSN: 2966-4543. DOI: htps://doi.org/10.47519/risi.v1i00.4 RESUMEN: Introducción: Las ligas académicas necesitan regulación para que realicen actvidades de todo el trípode de la formación. En este sen - tdo, es importante conocer la organización de estas actvidades extraes - colares. Objetvo: Presentar los aspectos relacionados con el desempeño de las ligas académicas en el área de la salud. Metodología: Se trata de un estudio descriptvo y documental, realizado en el municipio de Sobral - Ce - ará, en el período de agosto de 2017 a mayo de 2018, con ocho ligas aca - démicas de los cursos de medicina y enfermería. Un total de 16 estudian - tes y ocho profesores partciparon en el estudio. La recolección de datos se realizó a través del análisis de documentos, observación y entrevistas. Los datos se organizaron con la ayuda del sofware N-Vivo y el análisis de contenido de Bardin. Resultados: Se pudo conocer la regulación de las ligas académicas, sus escenarios de actuación, mecanismos de inserción de las ligas, sus composiciones y también cómo se organizan para adqui - rir recursos. Conclusión: El estudio aportó una aproximación de cómo se consttuyen estas ligas, con diversas composiciones, desde centralizadoras y jerárquicas hasta un panorama de horizontalidad y cogestón. Las limita - ciones de la investgación fueron el análisis de solo dos cursos en el área de la salud y la escasez de investgaciones que abarquen este tema. Presentado en: 07/05/2024 Revisiones requeridas en: 19/06/2024 Aprobado en: 12/07/2024 Publicado en: 10/12/2024 10.47519/risi.v1i00.4 ORGANIZACIÓN DE LIGAS ACADÉMICAS: UN ANÁLISIS A PARTIR DE CURSOS DE GRADUACIÓN EN EL ÁREA DE LA SALUD ORGANIZAÇÃO DE LIGAS ACADÊMICAS: UMA ANÁLISE A PARTIR DE CURSOS DE GRADUAÇÃO DA ÁREA DA SAÚDEORGANIZATION OF ACADEMIC LEAGUES: AN ANALYSIS BASED ON UNDERGRADUATE COURSES IN THE HEALTH AREA Ana Suelen Pedroza CAVALCANTE 1anasuelen.cavalcante@uece.br Gabriel Pereira MACIEL2gabrielpmaciel12@gmail.comMirna Neyara Alexandre de Sá Barreto MARINHO3mirna.neyara@gmail.comMaria Rocineide Ferreira da SILVA4 ocineideferreira@gmail.comMaristela Inês Osawa VASCONCELOS5 osawa@gmail.com
2 Revista Ibero-Americana de Saúde Integrativa (RISI) , Bauru, v. 1, n. 00, e024004, 2024. e-ISSN: 2966-4543. 10.47519/risi.v1i00.4 PALAVRAS-CHAVE: Formação na Saúde. Ligas Acadêmicas. Enfermagem. Medicina. RESUMO: Introdução: As ligas acadêmicas necessitam de uma regulamen- tação, para que realizem atvidades de todo o tripé da formação. Neste sentdo, é importante conhecer a organização dessas atvidades extracur - riculares. Objetvo: Apresentar os aspectos relatvos à atuação de ligas acadêmicas da área da saúde. Metodologia: Trata-se de um estudo do tpo descritvo e documental, realizado no município de Sobral - Ceará, durante o período de agosto de 2017 a maio de 2018, com oito ligas aca - dêmicas dos cursos de medicina e enfermagem. Partciparam do estudo 16 discentes e oito docentes. A coleta foi realizada por meio de análise documental, observação e entrevistas. Os dados foram organizados com o auxílio do sofware N-Vivo e a análise de conteúdo de Bardin. Resulta-dos: Foi possível conhecer a regulamentação das ligas acadêmicas, seus cenários de atuação, mecanismos de inserção das ligas, suas composições e ainda como estas se organizam para adquirir recursos. Conclusão: O es - tudo trouxe uma aproximação de como estas ligas estão consttuídas, com composições diversas, desde centralizadora e hierarquizada a um panora - ma de horizontalidade e cogestão. A pesquisa apresentou como limitações a análise de apenas dois cursos da área da saúde e a escassez de invest - gações que abranjam esta temátca. PALABRAS CLAVE: Formación en Salud. Ligas Académicas. Enfermería. Me - dicina. ABSTRACT: Introducton: Academic leagues need regulaton so that they can carry out actvites across the entre training tripod. In this sense, it is important to know how to organize these extracurricular actvites. Objectve: To present aspects related to the performance of academic le - agues in the health sector. Methodology: This is a descriptve and docu - mentary study, carried out in the municipality of Sobral - Ceará, during the period from August 2017 to May 2018, with eight academic leagues of me - dicine and nursing courses. Sixteen students and 8 teachers partcipated in the study. The collecton was carried out through documentary analysis, observaton, and interviews. The data were organized with the help of N - -Vivo sofware and Bardin’s content analysis. Results: It was possible to learn about the regulaton of academic leagues, their operatng scenarios, league inserton mechanisms, their compositons, and how they organize themselves to acquire resources. Conclusion: The study brought an ap - proximaton of how these leagues are consttuted, with diferent compo - sitons, from centralizing and hierarchical to a panorama of horizontality and co-management. The limitatons of the research were the analysis of only two courses in the health area and the scarcity of investgatons co - vering this topic. KEYWORDS: Health Training. Academic Leagues. Nursing. Medicine. Artculo sometdo al sistema de similitudEditor jefe: Kaique Cesar de Paula Silva Editor Ejecutvo: José Anderson Santos Cruz
CAVALCANTE, A. S. P.; MACIEL, G. P.; MARINHO, M. N. A. de Sá B.; SILVA, M. R. F. da; VASCONCELOS, M. I. O. 3 10.47519/risi.v1i00.4 Revista Ibero-Americana de Saúde Integrativa (RISI) , Bauru, v. 1, n. 00, e024004, 2024. e-ISSN: 2966-4543. INTRODUCCIÓN Las Ligas Académicas (AL) surgieron en 1920, con la creación de la Liga de Combate a la Síflis en la Universidad de São Paulo, pero se expandieron aún más durante la dictadura militar, cuando el acceso al conocimiento se complicó y las organizaciones estudiantles se mo - vilizaron para adquirir información y ayudar a la población (Cavalcante et al. , 2021). Desde en - tonces, este movimiento ha sido constante. Entre las actvidades extracurriculares realizadas por los estudiantes en el área de la salud, el 52% se caracterizan por AL (Ferreira et al. , 2018).Se observa que en diversas áreas los estudiantes pueden identfcar temas que pro - muevan la profundización teórica, con miras a la transformación social. A pesar de que los AL vinculados a la carrera de enfermería, en su creación, han sido infuenciados por las ligas de la carrera de medicina (que están sustancialmente orientadas por las especialidades), presentan una perspectva holístca del individuo a ser atendido. Los documentos que las regulan tenen similitudes con relación a la estructura organizacional y diferencias en su concepción, enfocán - dose en los ciclos de vida. Además, muestran que los modelos de gestón de las ligas de enfermería son predomi - nantemente horizontales, promoviendo el ejercicio de la cogestón entre estudiantes y profe - sores, debido a la presencia de asambleas y del consejo asesor, mientras que la mayoría de las ligas médicas se vertcalizan en función de la centralidad en el tablero.Las AL en el campo de la salud tenen como objetvo principal promover la oportunidad de que los estudiantes tengan experiencia práctca y adquisición de habilidades en el cuidado, contemplando la inseparabilidad entre asistencia, investgación y desarrollo técnico-cientfco y aportando la convergencia de la enseñanza, la investgación y la extensión, confgurándose como un espacio formatvo y transformador, ampliando los vínculos entre la academia y la comunidad (Cavalcante et al. , 2021).Para comprender y aplicar este proceso, es importante tener conocimiento de cómo se organizan actualmente las AL, y para ello, este estudio tene como objetvo presentar los aspectos relacionados con el desempeño de las ligas académicas en el área de la salud. METODOLOGÍA Estudio exploratorio-descriptvo, documental, estudio de caso, bajo enfoque cualita - tvo, realizado de agosto de 2017 a mayo de 2018. El escenario de estudio consistó en dos universidades públicas del interior de Ceará: la Universidad Estadual de Vale do Acaraú (UVA) y la Universidad Federal de Ceará (UFC), ambas ubicadas en el municipio de Sobral, más precisa - mente en cuatro ligas de enfermería y cuatro ligas de medicina. Estas insttuciones fueron ele -
Organización de ligas académicas: Un análisis a partir de cursos de graduación en el área de la salud 4 10.47519/risi.v1i00.4 Revista Ibero-Americana de Saúde Integrativa (RISI) , Bauru, v. 1, n. 00, e024004, 2024. e-ISSN: 2966-4543. gidas por ser las más antguas de la ciudad, y las LAs de estos cursos por su representatvidad en el campo de la salud, ya que son profesiones requeridas en todos los niveles de atención.En el estudio partciparon ocho profesores responsables de las ligas y 16 estudiantes, tanto los que trabajaban como miembros de la junta directva de la AL como los que no esta - ban en roles de liderazgo, seleccionados al azar en base a algunos criterios de inclusión.Los criterios de inclusión fueron: estar matriculado regularmente en uno de los cursos mencionados anteriormente; ser miembro de alguna de las ligas académicas durante el perío - do de recopilación de datos; Haber partcipado en las actvidades de la liga durante al menos un semestre.Para la recolección de datos, se realizó el análisis documental de los documentos pro - ducidos y la observación de los encuentros de la AL, con 24 momentos de observación, tres momentos para cada liga y entrevistas a los partcipantes. Se realizó una solicitud a los profe - sores responsables de la AL para el análisis documental con un guión previo para la recolección de la información. Las observaciones se realizaron de acuerdo con el cronograma de reuniones de cada liga, y las entrevistas estructuradas fueron orientadas por la Polítca Nacional de Ex - tensión Universitaria, de fecha 2012 (FORPROEX, 2012).Las Ligas Académicas estudiadas fueron: Liga de Enfermería en Salud de la Familia (LESF), Liga Académica en Promoción de la Salud del Adolescente (LIPSA), Liga de Enfermería de Urgencia y Emergencia (LENUE), Liga Interdisciplinaria en Salud del Niño (LISCRI), pertene - cientes al curso de enfermería. En el curso de medicina, las ligas estudiadas fueron: Liga Aca - démica de Cirugía Plástca de Sobral (LACIPS), Liga Académica de Otorrinolaringología y Cirugía de Cabeza y Cuello de Sobral, Liga de Medicina Familiar y Comunitaria de Sobral (LIMFACS) y la Liga de Trauma de Sobral.En el análisis de los datos se utlizó la Técnica de Análisis de Contenido propuesta por Bardin (2011) con la ayuda del sofware N-Vivo. Los resultados también están disponibles en tablas y fguras. La investgación obtuvo una opinión favorable del Comité de Étca en Investgación (CEP) de la UVA, bajo el nº 2.102.883, por lo que se respetaron todos los preceptos étcos. Se respetó la confdencialidad tanto de los partcipantes como de los AL. RESULTADOS Regulación de las Ligas Académicas Los resultados de este estudio apuntaron a una necesidad urgente de regulación de las AL. Todas las ligas estudiadas contaban con un estatuto, documento que regula el desempeño
CAVALCANTE, A. S. P.; MACIEL, G. P.; MARINHO, M. N. A. de Sá B.; SILVA, M. R. F. da; VASCONCELOS, M. I. O. 5 10.47519/risi.v1i00.4 Revista Ibero-Americana de Saúde Integrativa (RISI) , Bauru, v. 1, n. 00, e024004, 2024. e-ISSN: 2966-4543. de sus miembros, trata de los derechos y deberes y su funcionamiento. También hubo simili - tud entre los estatutos de las AL vinculados a los cursos de medicina y enfermería.Las LAs estudiadas construyeron su reglamento con base en la Polítca Nacional de Ex - tensión Universitaria, que desde 1999, basada en el Plan Nacional de Extensión Universitaria, ha sido ampliamente discutda a través del Foro de Prorrectores de Insttuciones Públicas de Educación Superior Brasileñas (FORPROEX), contemplando directrices para la formación de estas ligas: La Liga funcionará de acuerdo con el conjunto de Directrices Nacionales de las Ligas Académicas (Estatuto de la LISCRI). (...) nos basamos en un estatuto de una liga de medicina, investgamos en internet y vimos que allí en São Paulo todas las ligas están muy bien coordinadas, las ligas de medicina (Coord Estudiante Enf III). Existen algunas asociaciones de las LAs con diversas especialidades, mencionadas por los ligandos durante las entrevistas, como la Asociación Brasileña de Ligas Académicas de Sa - lud de la Familia y la Asociación Brasileña de Cirugía Plástca. Además, en los momentos de observación de LENUE, los ligandos mencionaron al Comité Brasileño de Ligas de Trauma. Además de este congreso, están las campañas que tene la liga con la asociación de ligas brasileñas de cirugía plástca, por lo que siempre hacemos tres campañas al año (...), también está la parte de entrenamiento, la parte que asociamos con las escuelas aquí en Sobral, muy variada (Ligante Med I).La liga ya estaba registrada con ALASC, presidentes anteriores, de igual manera no sé exactamente cuándo se creó ALASC, pero si no me equivoco, desde la fundación de ALASC, LIMFACS ya está presente, ya fue una de las primeras ligas en partcipar, incluso tenemos un ligando que fue ex presidente de LIMFACS, Ella también fue muy actva en esto (...) (Coord Estudiante Med I). Estas asociaciones actúan como organismos reguladores de la AL en áreas específcas, por lo tanto, tenen su propio estatuto con el fn de promover la orientación de las ligas regis - tradas. Pueden ser voluntarios, sin pagos que garantcen la partcipación, o pueden tener so - cios contribuyentes, con pago de cuotas mensuales predeterminadas. Están vinculados a ins - ttuciones médicas, como la Asociación de Ligas de Medicina Familiar y Comunitaria (ALASF), que forma parte de la Sociedad Brasileña de Medicina Familiar y Comunitaria. Hay una Asociación de Ligas de Medicina Familiar y Comunitaria que es ALASF. Soy el Director Regional aquí en el Nordeste, así como en el Sudeste y otros, luego lo estamos tomando, soy del Nordeste más de Ceará, luego están hoy en Pernambuco, tenemos a todos, es muy chévere (Coord Estudiante Med I).(...) por lo menos el que aprobó, no lo creo, no hay cuota, es muy parecido a eso, no está tan formalizado, no, hay una estructura así, una universidad que lo centraliza, pero también tene mucha relación con la Sociedad Brasileña de Cirugía Plástca, en - tonces tene una importancia mayor que eso... gana una mayor insttucionalización
Organización de ligas académicas: Un análisis a partir de cursos de graduación en el área de la salud 6 10.47519/risi.v1i00.4 Revista Ibero-Americana de Saúde Integrativa (RISI) , Bauru, v. 1, n. 00, e024004, 2024. e-ISSN: 2966-4543. del proyecto creo que es positvo (Ligante Med I). Todas las ligas estudiadas están vinculadas a las Prorrectorías de Extensión (PROEX) de sus respectvos cursos de pregrado, y este organismo de la universidad es el responsable de emitr los certfcados. Escenarios de rendimiento Las AL operan en los más diversos escenarios de los niveles de atención de salud, como se ilustra en la fgura 1. Figura 1 - Escenarios de desempeño de las ligas académicas que partciparon en este estudio.Sobral, Ceará, Brasil. 2018 Fuente: elaboración propia. Se observa que, además del desempeño de las AL en los Centros de Salud de la Familia y en los ambientes hospitalarios, existe una amplitud en los territorios, como se muestra en las siguientes citas. Art. 32 – Cabe destacar que las actvidades de la Liga se llevarán a cabo en las Uni - dades Básicas de Salud (UBS), y también se podrán establecer convenios con otras insttuciones, por ejemplo: Flor do Mandacaru, Trevo de Quatro Folhas, a criterio de la Junta Directva de la Liga, y la aceptación de estos servicios a los miembros de la Liga (Estatuto de la LESF).(...) Al principio, también hicimos la parte que no es de asistencia directa, sino que está vinculada a la epidemiología, por lo que tuvimos algunas visitas a la... en el centro de epidemiología, que la gente llama zoonosis (Prof Med III).
CAVALCANTE, A. S. P.; MACIEL, G. P.; MARINHO, M. N. A. de Sá B.; SILVA, M. R. F. da; VASCONCELOS, M. I. O. 7 10.47519/risi.v1i00.4 Revista Ibero-Americana de Saúde Integrativa (RISI) , Bauru, v. 1, n. 00, e024004, 2024. e-ISSN: 2966-4543. También es destacable que las AL no solo trabajan en servicios de salud, realizando actvidades diversifcadas en escuelas, guarderías y albergues. Estas ligas realizan acciones en Organizaciones No Gubernamentales (ONG), servicios de asistencia social y en el Centro de Referencia Especializado para la Población sin Hogar (Centro POP). (...) involucra la Casa de Acogida del Arco, que es un proyecto que acoge a madres con historia de uso de crac, APAE, el refugio de São Francisco (...) (Ligante Enf I).(...) está el centro POP que apoya a las personas en situación de calle, un servicio que está dirigido a las personas sin hogar (...), entonces la idea es que se puedan hacer estas acciones de educación para la salud, promoviendo así más allá de un servicio que es solo asistencial, en dar cosas (Prof Enf II).Actualmente tenen proyectos de extensión, que se desarrollan en las unidades bási - cas, o en algunas ONG como APAE, también en la Casa de Acogida (...). (Prof Enf IV). Formas de inserción en aleaciones Las ligas académicas vinculadas a la carrera de medicina no tenen un tempo de dura - ción, es decir, los académicos ingresan a través de un proceso de selección y pueden permane - cer hasta el fnal de la graduación. En las ligas del curso de enfermería, hay un tempo prede - terminado que varía de seis meses a un año, sin embargo, sin interrupción de actvidades. Los procesos de selección de las ligas médicas solo se dan de acuerdo con la necesidad de cubrir las vacantes restantes, como se ejemplifca en el siguiente extracto: Por lo tanto, se llevará a cabo un nuevo proceso de selección al inicio de cada semes - tre (...). Parágrafo segundo: El proceso de selección sólo se llevará a cabo cuando exista la necesidad de cubrir vacantes y/o ampliar el número de académicos (Estatu - to LIMFACS). El proceso de selección de las ligas estudiadas podrá estar consttuido de una a tres fases, siendo la primera ronda y las siguientes fases clasifcatorias cuando la convocatoria esté formada por más de una fase. Todavía se presentan otras formas de llevar a cabo esta selección: El proceso de selección constará de tres fases: I. La primera fase constará de una prueba escrita (30 preguntas objetvas), que se realizará en una fecha que se anun - ciará más adelante, con una duración de 2 horas; II. La segunda fase, realizada una semana después, consistrá en la presentación de un seminario, cuya temátca se dará a conocer después de la primera fase, con una duración de 10 minutos. El tema será divulgado a los clasifcados para la 2ª fase y deberá ser presentado a la comu - nidad en general, sin el uso de diapositvas; III. La tercera fase será una entrevista, que se realizará inmediatamente después de la presentación de los seminarios (Aviso Público LIMFACS).El proceso de selección se llevará a cabo en una única fase de carácter clasifcatorio y eliminatorio: Habrá entrevista colectva y actvidad grupal. En esta etapa, se for - marán grupos y cada grupo tendrá un número ‘X’ de miembros, dependiendo del número de solicitantes (Aviso Público LESF).
Organización de ligas académicas: Un análisis a partir de cursos de graduación en el área de la salud 8 10.47519/risi.v1i00.4 Revista Ibero-Americana de Saúde Integrativa (RISI) , Bauru, v. 1, n. 00, e024004, 2024. e-ISSN: 2966-4543. El proceso de selección está dirigido a estudiantes de medicina o enfermería vincu - lados a las respectvas universidades a las que están vinculadas las ligas, con excepción de LISCRI, que también está dirigido a estudiantes de pregrado en Educación Física. Los acadé - micos pueden someterse a las convocatorias de acuerdo con el semestre que estén cursan - do, considerando el requisito de conocimiento del tema al que se vincula la liga en el curso de pregrado, especialmente en las ligas vinculadas al curso de enfermería. Composición de las Ligas Académicas Todas las ligas del estudio tenían una junta directva o coordinación con varios cargos, como se muestra en el gráfco 1: Tabla 1 - Composición de la junta directva/coordinación de las ligas académicaspartcipantes en este estudio. Sobral, Ceará, Brasil, 2018 Fuente: Elaboración propia. LENUELACIPSLESFLIMFACS PresidentePresidentePresidentePresidenteOtro Gerente de Campo y Gerente de Marketng Gerente de Material e Instrumental Quirúrgico y Segundo Gerente de Marketng Director de Tecnolo - gías de la Informaci - ón y Marketng Director deMedios e Impresión VicepresidenteVice presidenteVice presidenteVice presidente Director deEducaciónResponsable de DocenciaDirector Socio-Académico Director deInvestgaciónGerente de Iniciación CientfcaDirector CientfcoDirector CientfcoDirectorFinancieroTesoreroDirectorFinancieroDirector Financiero y de EquidadConsejero DelegadoPrimer SecretarioSegundo SecretarioDirectorGerentePrimer SecretarioSegundo SecretarioDirector deExtensión -- POSICIONESLIGAS Director de Docencia, Investgación y Extensión LISCRILAOCCPSLIPSATRAUMA Coordinador General de Estudiantes PresidentePresidentePresidente CoordinadorAdjunto de Estudiantes SecretarioVice-presidenteVice-presidente Secretaria de de Educación Director de CampañaDirector de DocenciaJunta de Educación Secretaría de Investgación Diretor Cientfco Director de InvestgaciónDirección Cientfca y de Investgación Secretario/Tesorero - DirectorFinancieroDirector Financiero y de Equidad Secretaria deExtensión Director de PráctcasDirector de ExtensiónTablero de Extensión -- Consejero DelegadoPrimer SecretarioSegundo Secretario Secretaria de Comunicación y Marketng - Directora de Marketng e Directora Cultural Centro de Prevención
CAVALCANTE, A. S. P.; MACIEL, G. P.; MARINHO, M. N. A. de Sá B.; SILVA, M. R. F. da; VASCONCELOS, M. I. O. 9 10.47519/risi.v1i00.4 Revista Ibero-Americana de Saúde Integrativa (RISI) , Bauru, v. 1, n. 00, e024004, 2024. e-ISSN: 2966-4543. Las ligas trabajan en grupos de trabajo, en los que varios estudiantes son res - ponsables de funciones comunes, basadas en la división de tareas.Considerando el análisis de estas posiciones y los momentos de observación de este estudio, fue posible verifcar la composición horizontal, representada en la fgura 2, y la com - posición vertcal, representada en la fgura 3. Figura 2 - Representación de la composición horizontal identfcada en las ligas académicas partcipantes en el estudio. Sobral, Ceará, Brasil, 2018 Fuente: Elaboración propia. Figura 3 - Representación de la composición vertcal identfcada en las ligas académicas partcipantes en el estudio. Sobral, Ceará, Brasil, 2018 Fuente: Elaboración propia.
Organización de ligas académicas: Un análisis a partir de cursos de graduación en el área de la salud 10 10.47519/risi.v1i00.4 Revista Ibero-Americana de Saúde Integrativa (RISI) , Bauru, v. 1, n. 00, e024004, 2024. e-ISSN: 2966-4543. Recursos financieros de las Ligas Académicas Las LAs cuentan con estrategias para fnanciar el desempeño de sus actvidades con el fn de adquirir recursos esenciales para su mantenimiento. Se pone de manifesto el reto de las propias universidades públicas, con una fnanciación inestable y por ende de establecer solidez en la fnanciación de la extensión universitaria (Moreira et al. , 2019).De las ocho ligas encuestadas, tres no tenían becarios. De los que se presentaron, to - dos los becarios fueron los coordinadores. En algunas ligas, los estudiantes transferían parcial o totalmente la cantdad a las personas responsables de organizar los recursos fnancieros de las ligas. Sin embargo, la mayoría de los recursos provienen de eventos/cursos, recaudando fondos para el desarrollo de sus actvidades y compra de material. (...) Teníamos un efectvo, tenemos aún más de un efectvo fuerte, ¿verdad?, así fun - cionaba, ya que la liga siempre tenía una beca, la mitad de la beca de 400 reales era para el presidente y la otra mitad era para la liga. (Coord Estudiante Med I) (...) recibimos una beca, pero la beca es de los becarios, no se puede gastar según el PROEX, el becario no puede revertr su ganancia de la beca al proyecto, tene que ser para aprendizaje personal, para aprendizaje personal y como tú quieras, pero no puede ser para la liga. (Coord Estudiante Med III)(...) hicimos el viaje, tenemos dinero en efectvo, después del viaje, y con este dinero del viaje ya hemos comprado materiales.(Prof. Enf I) Para el desarrollo de las actvidades, los ligandos también utlizan sus propios recursos para comprar materiales, dividiendo el valor de lo adquirido, o incluso cobran cuotas de ins - cripción en los avisos de las ligas, multas por retrasos, ausencias en reuniones y otros fallos con las actvidades de las ligas o cuotas mensuales para que se haga efectvo con recursos econó - micos. Los ligandos también pueden adquirir materiales y/o equipos que serán destnados a las actvidades de las ligas y/o proporcionados a la propia universidad. Hubo un tempo en que hacíamos una multa simbólica, faltamos a la reunión sin justfcación: una real (risas), y luego con estas reales podíamos fotocopiar, algo así, pero para comprar material para un evento, se rompía. (...) Pagué por la pancarta, fue así, ahora...(Prof Enf I) Los actvos adquiridos con los recursos de LIMFACS o a través de becas, patrocinios y donaciones se convierten automátcamente en actvos del Proyecto. (Estatuto de LIMFACS) DISCUSIÓN No existe consenso en la literatura sobre la defnición de la LA, pero tanto el Consejo Ejecutvo Nacional de Estudiantes de Medicina (DENEM), la Asociación Brasileña de Ligas Aca -
CAVALCANTE, A. S. P.; MACIEL, G. P.; MARINHO, M. N. A. de Sá B.; SILVA, M. R. F. da; VASCONCELOS, M. I. O. 11 10.47519/risi.v1i00.4 Revista Ibero-Americana de Saúde Integrativa (RISI) , Bauru, v. 1, n. 00, e024004, 2024. e-ISSN: 2966-4543. démicas (ABLAM) como algunos autores que se han centrado en el tema, señalan a las ligas como una asociación entre estudiantes que adoptan como referencia el trípode universitario de la enseñanza, la investgación y la extensión (Cavalcante et al. , 2021; Moreira et al. , 2019; Goergen; Hamamoto Filho, 2021).Con respecto a su regulación, actualmente existen varios estatutos disponibles en in - ternet de las LAs de diferentes carreras de grado e insttuciones que establecen las reglas para el funcionamiento de estas actvidades extracurriculares y que pueden servir de modelo para la sistematzación. En 2017, la Junta Ejecutva Nacional de Estudiantes de Medicina (DNEM) lanzó un folleto sobre las ligas académicas y puso a disposición una sugerencia para un modelo estándar de estatuto a seguir (Brasil, 2014).A nivel nacional, existen documentos que regulan los AL de la carrera de medicina, lo cual es comprensible dado el tempo en la profesión. Así, se identfca la necesidad de un do - cumento interdisciplinario o incluso insttucional que oriente esta regulación en otros cursos del área de la salud. Con la expansión de la LA en los cursos de medicina, hubo un intenso debate en la Edu - cación Médica sobre su inclusión en los planes de estudio académicos. Así, en 2005 se fundó la ABLAM que, en 2010, lanzó, a partr de la Asamblea General, las Directrices Nacionales de las Ligas Académicas de Medicina, defniendo los principios, fundamentos, condiciones y pro - cedimientos para la formación y funcionamiento de las Ligas (Brasil, 2010).Existe una necesidad urgente de mejorar la regulación y la evaluación periódica de las actvidades de la LA (Ferreira; Souza; Botelho, 2016), así como el reconocimiento de su impor - tancia para la educación en salud y el seguimiento por parte de las insttuciones educatvas de las que provienen y trabajan. En esta perspectva, en 2017, a partr del crecimiento de las LAs del Curso de Enfer - mería de la UVA, el PROEX lanza una resolución que defne los estándares de acreditación y funcionamiento de las ligas, incluyendo señalando los elementos que deben incluirse en los estatutos (Sobral, 2017a).Esta artculación llevada a cabo por las LAs está en línea con lo dicho por los gestores de salud del municipio, quienes afrman que existen otros dispositvos en la red de atención para apoyar la Atención Primaria de Salud (APS), contribuyendo para aumentar el acceso y la calidad de la atención prestada a la población (Ribeiro et al. , 2020).Además de fortalecer las acciones de APS, de mediana y alta complejidad en salud, las AL desarrollan actvidades en múltples escenarios del municipio, contribuyendo no solo a las acciones de la Red de Atención a la Salud (RAS), sino también fortaleciendo la intersectoriali - dad en el SUS.Las ligas partcipantes operan en el Sistema Municipal de Salud Escolar (SMSE) de So - bral, en el que regula sus acciones brindando apoyo a las insttuciones y organizando campa -
Organización de ligas académicas: Un análisis a partir de cursos de graduación en el área de la salud 12 10.47519/risi.v1i00.4 Revista Ibero-Americana de Saúde Integrativa (RISI) , Bauru, v. 1, n. 00, e024004, 2024. e-ISSN: 2966-4543. mentos de pasantas, pasantas, visitas técnicas y experiencias de extensión. El sistema tam - bién garantza que cada establecimiento de la red municipal de salud sea un espacio para la realización de actvidades de extensión e investgación (Sobral, 2017b).Varios autores comparten la idea de que cuanto mayores sean las oportunidades de estos estudiantes para experimentar otros espacios intersectoriales y contacto con otras pro - fesiones, mayores serán las posibilidades de integralidad de las práctcas realizadas, contri - buyendo directamente a la educación en salud (Carvalho et al. , 2019). La salud de la población solo puede lograrse con la artculación de diversos servicios y sectores, poniendo como foco la intersectorialidad, posibilitando una percepción macro de la realidad, la planifcación de acciones y la toma de decisiones que promuevan la acción co - lectva, consttuyendo además un desafo para la ejecución de polítcas públicas que puedan responder a las demandas sociales (Buss et al. , 2020). Así, el desempeño de las LA debe reco - nocer la necesidad de una evolución constante de la educación en salud, y que esta artculaci - ón entre diferentes sectores es desafante y requiere nuevas acttudes.Los desafos de la salud brasileña exigen una educación en salud construida de forma integrada y contextualizada, artculando teoría y práctca, e incorporando las realidades de los servicios en sus contextos económico, polítco y cultural en el proceso de enseñanza-apren - dizaje, preparando a los futuros profesionales para las acciones de prevención, promoción, protección y rehabilitación, tanto individual como colectvamente (Cavalcante et al. , 2021).El uso de escenarios de práctca más allá de la atención permite que estos estu - diantes conozcan no solo los servicios de salud, sino también los dispositvos comunitarios existentes, lo que les permite identfcar problemas, comprender sus causas y desarrollar habilidades para resolverlos, con el intercambio de conocimientos entre estudiantes, profe - sionales y la comunidad.Así, la universidad estará ejerciendo no solo su función de enseñar, sino también como una insttución que cumple con su rol de responsabilidad social, aportando aprendizajes vivos, para que estos futuros profesionales puedan actuar no solo con conocimientos técnicos, sino con compromiso, étca e implicación en su quehacer. Los procesos de selección de las ligas suelen ser organizados por la junta directva me - diante entrevistas, círculos de conversación, formulario de postulación, análisis del historial de graduación del candidato, partcipación con una frecuencia del 75% en cursos introductorios, elaboración de ensayos y pruebas (Silva; Flores, 2015). Estos datos corroboran los encontrados en este estudio.Las declaraciones y documentos apuntan a mecanismos como la prueba escrita, en la que se ponen a disposición referencias para el estudio, carta de intención, evaluación curricu - lar; Entrevista individual o colectva. En la entrevista individual, el candidato debe presentar un proyecto de tecnología educatva o actvidad pedagógica con una interfaz con el área temátca
CAVALCANTE, A. S. P.; MACIEL, G. P.; MARINHO, M. N. A. de Sá B.; SILVA, M. R. F. da; VASCONCELOS, M. I. O. 13 10.47519/risi.v1i00.4 Revista Ibero-Americana de Saúde Integrativa (RISI) , Bauru, v. 1, n. 00, e024004, 2024. e-ISSN: 2966-4543. de la liga en la que está solicitando la vacante. La conferencia de prensa es la preferida de las LAs porque permite la identfcación de habilidades de desarrollo personal, ya en el proceso de selección.Se observa que los procesos de selección no incorporan a los estudiantes de los últmos semestres. Esto se debe a que los estudiantes estarían en periodo de práctcas, que ya cuenta con una importante carga de trabajo en su estructura. En el curso de medicina de UFC, la pa - santa comprende del noveno al duodécimo semestre, realizado en 23 meses con una carga laboral total de 4.488 horas. En el curso de enfermería de la UVA, del octavo al décimo semes - tre se encuentra el período de pasanta, con una carga horaria total de 1.680 horas (Sobral, 2001; Sobral, 2017c).Los estatutos y demás documentos ofciales de la LA obligan a contar con la supervisi - ón de al menos un profesor partcipante. Así, es importante que exista colaboración entre el profesor y los alumnos, de forma que la fgura del profesor actúe como mediador y facilita - dor de los procesos de enseñanza-aprendizaje y destaque las posturas actvas y autónomas de los alumnos.El presidente y el vicepresidente de la LA tenen funciones marcadas por la caracterís - tca de liderazgo, responsable de orientar y artcular diversas actvidades, lo cual se espera sea en conjunto con los demás miembros de la junta. El director o secretario de enseñanza, inves - tgación y extensión son respectvamente responsables de la organización de los momentos teóricos y/o formatvos; para actvidades relacionadas con la producción cientfca; actvidades asistenciales en el ámbito de las práctcas, actvidades de promoción de la salud y otras que impliquen contacto con la comunidad.El director fnanciero o tesorero es responsable de organizar los recursos fnancieros de la liga y de la transparencia en el uso de esos recursos. El director ejecutvo o secretaria se encarga de los aspectos más burocrátcos, registrando actas y enviando cartas ofciales. Los puestos relacionados con el marketng se encargan de la comunicación y la difusión. La con - formación de esta junta o coordinación se realiza mediante la elección o nombramiento del profesor asesor, con rotación de miembros en los periodos descritos en los estatutos. Es importante que haya una rotación en esta dirección o coordinación para que los diferentes estudiantes puedan tener la oportunidad de experimentar la partcipación en puestos directvos, con el fn de construir o mejorar habilidades que serán fundamentales en su práctca profesional, como la toma de decisiones, la gestón de personas y la resolución de confictos. También se identfcó la organización de asambleas generales, las cuales son utlizadas como espacios de cogestón, brindando oportunidades para la toma de decisiones por parte del colectvo a partr del voto de los diversos miembros de las ligas, las cuales se realizan de manera periódica o por convocatoria extraordinaria; y consejos consultvos que se encargan
Organización de ligas académicas: Un análisis a partir de cursos de graduación en el área de la salud 14 10.47519/risi.v1i00.4 Revista Ibero-Americana de Saúde Integrativa (RISI) , Bauru, v. 1, n. 00, e024004, 2024. e-ISSN: 2966-4543. de asesorar a la Junta Directva en los procesos de organización de la liga, estando conforma - dos por miembros docentes y estudiantes.También es importante destacar que las ligas están conformadas por profesores, estu - diantes universitarios y también profesionales vinculados a los servicios de salud, donde traba - jan los ligandos. Como se mencionó anteriormente, las LAs están enfocadas a los objetvos de enseñanza-aprendizaje de los estudiantes, sin embargo, se verifca que deben estar enfocadas principalmente a las necesidades de las demandas sociales. Desde esta perspectva, se sugiere que también hay una aproximación de la comunidad en la dinámica de la organización de la liga. Así, surge la pregunta: ¿Sería viable la partcipación de los miembros de la comunidad en la composición de las ligas? ¿Cómo poner en práctca esta partcipación? El compromiso social de la universidad es el resultado de un conjunto de relaciones y acciones que deben ser consensuadas entre los actores implicados, en las que la información es un elemento y no la fnalidad de la acción. Si bien existen espacios insttucionalizados de partcipación social (Buziquía et al. , 2023), estos deben ampliarse para que la población pueda movilizarse y luchar por sus causas. Hay ligas en las que la toma de decisiones y los procesos organizatvos se dan de for - ma horizontal, en las que todo el mundo tene derecho a opinar y las decisiones se toman de forma colectva, basada en el diálogo y la escucha de los implicados. En esta propuesta edu - catva, los estudiantes son los protagonistas del proceso, brindando oportunidades para estas diferentes habilidades. Los miembros de las ligas denominan a esta dialogicidad coordinación ampliada, en la que estudiantes, profesores y profesionales de la salud actúan en los procesos de toma de decisiones, promoviendo su autonomía (Freire, 1996).Sin embargo, también hay ligas en las que estos procesos se llevan a cabo de forma ver - tcal y descendente, evidenciando la característca jerárquica. Así, se llama la atención sobre esta lógica basada en un modelo basado únicamente en la transmisión de conocimientos, con sujetos pasivos, sin refexión y/o critcidad.A pesar de estas característcas, se puede decir que las insttuciones estudiadas apor - tan elementos que pueden apoyar la formación de otras LAs. La mayoría de las universidades no tenen o tenen mecanismos limitados para regular las ligas (Soares; Santana; Cunha, 2018).En cuanto al fnanciamiento, el FORPROEX contempla el restablecimiento del sistema de becas de extensión del Ministerio de Educación, en los mismos niveles que las becas de iniciación cientfca y seguimiento, además de las becas propias ya existentes en algunas ins - ttuciones o las becas ofrecidas por otros organismos (Forproex, 1999; Forproex, 2012). Cabe destacar que estas iniciatvas deben revertrse en el desarrollo académico de los estudiantes, así como en sus actvidades, ya que las becas se otorgan de manera individual. Para ello, se sugiere que se subsidien otras alternatvas de promoción para el fnanciamiento de acciones de extensión.
CAVALCANTE, A. S. P.; MACIEL, G. P.; MARINHO, M. N. A. de Sá B.; SILVA, M. R. F. da; VASCONCELOS, M. I. O. 15 10.47519/risi.v1i00.4 Revista Ibero-Americana de Saúde Integrativa (RISI) , Bauru, v. 1, n. 00, e024004, 2024. e-ISSN: 2966-4543. Los ligandos encontraron en la realización de los eventos una forma de recaudar dinero en un corto período de tempo. Esta práctca es llevada a cabo por varias LAs, y está compro - bada a través de reportes en estudios. Los recursos necesarios para el mantenimiento de las ligas se obtenen de donaciones o promoción de eventos por parte de los miembros de las ligas, consttuyendo la principal fuente de recaudación de fondos para el mantenimiento de sus actvidades. La mayoría de ellos dependen de la fnanciación de sus propios miembros, una realidad también señalada en el estudio de Ferreira, Souza y Botelho (2016) sobre el perfl y las contribuciones de las LAs a la educación médica. Esta adquisición de actvos está contenida en los estatutos de las ligas y puede benefciar no solo a los miembros partcipantes, sino también a los demás estudiantes de la universidad, donde están vinculadas las ligas. CONCLUSIÓN El estudio aportó una aproximación de cómo están consttuidas las principales Ligas Académicas de Medicina y Enfermería. En la formación de cada liga se observaron diferentes composiciones, que van desde una estructura centralizadora y jerárquica hasta un panorama de horizontalidad y cogestón.A pesar de confgurarse como una actvidad extensionista que se artcula con la do - cencia y la investgación, estmulando el protagonismo estudiantl, estas ligas presentan di - fcultades en cuanto al fnanciamiento de sus acciones y la estructuración de una educación basada en competencias diversas, especialmente en la comunicación y el fortalecimiento de la partcipación social. Por mucho que estas ligas estén estructuradas para la dimensión del conocimiento, es una oportunidad única para que la universidad se acerque a la sociedad y, sobre todo, conso - lide su papel social, que es mejorar la vida de las personas.Las limitaciones de la investgación fueron el análisis de solo dos cursos en el área de la salud, pero principalmente la escasez de investgaciones que abarquen este tema. Se espera que sus hallazgos subsidien a las universidades durante la formación de sus LAs y también un (re)planteamiento sobre el Proyecto Polítco Pedagógico de los cursos.
Organización de ligas académicas: Un análisis a partir de cursos de graduación en el área de la salud 16 10.47519/risi.v1i00.4 Revista Ibero-Americana de Saúde Integrativa (RISI) , Bauru, v. 1, n. 00, e024004, 2024. e-ISSN: 2966-4543. REFERENCIAS BARDIN, L. Análise de Conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2011.BRASIL. Associação Brasileira de Ligas Acadêmicas de Medicina. Diretrizes Nacionais em Ligas Acadêmicas de Medicina . 2010. Disponible en: htps://s3.us-east-1.amazonaws.com/assets.univaco.edu.br/resources/fles/ligas-academicas/diretrizes-nacionais-em-ligas-acade - micas-de-medicina.pdf. Consultado en: 10 jul. 2024.BRASIL. Direção Executva Nacional dos Estudantes de Medicina (DENEM). Ligas Acadêmicas . Coordenação Cientfca. Belém, PA. 2014. 34 p. Disponible en: htps://www.denem.org.br/wp-content/uploads/2017/01/Cartlha-Ligas-Acade%CC%82micas-CoCien.pdf. Consultado en: 10 jul. 2024.BUSS, P. M.; HARTZ, Z. M. A.; PINTO, L. F.; ROCHA, C. M. F. Promoção da saúde e qualidade de vida: uma perspectva histórica ao longo dos últmos 40 anos (1980-2020). Ciência & Saúde Coletva , [S. l.] , v. 25, n. 12, 2020.BUZIQUIA, S. P.; JUNGUES, J. R.; LOPES, P. P. S.; NIED, C.; GONÇASLVES, T. R.. Partcipação social e Atenção Primária em Saúde no Brasil: uma revisão de escopo. Saúde e Sociedade , [S. l.] , v. 32, 2023.CARVALHO, C. R.; LOPES, R. E.; DIAS, DE ARAÚJO DIAS, M. S.; NETO, F. R. G. X.; FARIAS, Q. L. T.; CAVALCANTE, A. S. P. Contribuição das Ligas Acadêmicas para Formação em Enfermagem. Enfermagem em Foco , [S. l.] , v. 10, n. 6, 2019. CAVALCANTE, A. S. P.; VASCONCELOS, M. I. O., CECCIM, R. B.; MACIEL, G. P.; RIBEIRO, M. A.; HENRIQUES, R. L. M.; ALBUQUERQUE, I. N. M.; DA SILVA, M. R. F. Em busca da defnição con - temporânea de “ligas acadêmicas” baseada na experiência das ciências da saúde. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, [S. l.] , v. 25, 2021. FERREIRA, I. G; CARREIRA, L. B.; MURPHY, N.; SOARES, A. C. B.; FONSECA, P. C. C.; DE SOUU - SA, L. E. A. Atvidades extracurriculares: uma perspectva comparatva entre faculdades de saúde no Brasil e na Irlanda. ABCS Health Science, [S. l.] , v.43, n.2, 2018. FERREIRA, I. G.; SOUZA, L. E. A.; BOTELHO, N. M. Ligas Acadêmicas de Medicina: perfl e con - tribuições para o ensino médico. Rev. Soc. Bras. Clín. Méd., [S. l.] , v. 14, n.4, 2016.FORPROEX. Plano Nacional de Extensão Universitária . Ilhéus: Editus, 1999. FORPROEX. Polítca Nacional de Extensão . Fórum de Pró-Reitores das Insttuições Públicas de Educação Superior Brasileiras: Manaus, 2012.FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prátca educatva. São Paulo: Paz e Terra, 1996.GOERGEN, D. I.; HAMAMOTO FILHO, P. T. As ligas acadêmicas e sua aproximação com socie - dades de especialidades: um movimento de contrarreforma curricular? Revista brasileira de educação médica, [S. l.] , v.45, n.2, 2021.MOREIRA, L. M.; MENNIIN, R. H. P.; LACAZ, F. A. C.; BELLINI, V. C. Ligas Acadêmicas e Forma - ção Médica: Estudo Exploratório numa Tradicional Escola de Medicina. Revista brasileira de educação médica, [S. l.] , v. 43, n. 1.RIBEIRO, M.A.; JÚNIOR, D. G. A.; CAVALCANTE, A. S. P.; MARTINS, A. F.; DE SOUSA, L. A.; CAR -
CAVALCANTE, A. S. P.; MACIEL, G. P.; MARINHO, M. N. A. de Sá B.; SILVA, M. R. F. da; VASCONCELOS, M. I. O. 17 10.47519/risi.v1i00.4 Revista Ibero-Americana de Saúde Integrativa (RISI) , Bauru, v. 1, n. 00, e024004, 2024. e-ISSN: 2966-4543. VALHO, R. C.; CUNHA, I. C. K. O. (RE)Organização da Atenção Primária à Saúde para o enfren - tamento da COVID-19: Experiência de Sobral-CE. APS em revista, [S. l.] , v. 2, n. 2, 2020.SILVA, S.A.; FLORES, O. Ligas Acadêmicas no Processo de Formação dos Estudantes. Revista bras. educ. med., [S. l.] , v. 39, n. 3, 2015.SOARES, F. J. P.; SANTANA, I. H. O.; CUNHA, J. L. Z. Ligas Acadêmicas no Brasil: Revisão Crítca de Adequação às Diretrizes Curriculares Nacionais. Revista Port.: Saúde e Sociedade, [S. l.] , v. 3, n. 3, 2018.SOBRAL. Lei nº 1685, de 08 de novembro de 2017. Insttui, no âmbito do município de Sobral, o Sistema Municipal Saúde Escola, e dá outras providências. 2017b. Disponible en: htp://transparencia.sobral.ce.gov.br/arquivo/nome:68a99ba38961314a3ae3a2d99b4dd6f9.pdf. Consultado en: 10 jul. 2024.SOBRAL. Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA). Centro de Ciências da Saúde. Projeto Pedagógico do curso de graduação em Enfermagem. Sobral, CE, 2017c.SOBRAL. Universidade Estadual Vale do Acaraú. Resolução nº 31 de 2017. Dispõe sobre o credenciamento do funcionamento das Ligas Acadêmicas consttuídas no âmbito da Universi - dade Estadual Vale do Acaraú. 2017b. Disponible en: htp://www.uvanet.br/documentos/resolucao_788696f370021aeeb8690c1db2d0d3ec.pdf. Consultado en: 10 jul. 2024.SOBRAL. Universidade Federal do Ceará. Curso de Medicina. Projeto Pedagógico.. Sobral, CE. 2001. 40 p.TRISTÃO, I.M.; SILVA, J. P.; BORTOLLI, G.M.; SILVA, A. C. P.; TABORDA, A. C. D. Encontro Regio - nal de Ligas Acadêmicas de Saúde da Família da ALASF. 15º Congresso Brasileiro de Medicina e Comunidade. In: BRASILEIRO DE MEDICINA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE, 15., 2019. Anais [...]. [S. l.: s. n.], 2019. v. 2.
Organización de ligas académicas: Un análisis a partir de cursos de graduación en el área de la salud 18 10.47519/risi.v1i00.4 Revista Ibero-Americana de Saúde Integrativa (RISI) , Bauru, v. 1, n. 00, e024004, 2024. e-ISSN: 2966-4543. CRediT Author Statement Agradecimientos: Agradezco a la Coordinación de Perfeccionamiento del Personal de Educación Superior por la beca de iniciación cientfca. Financiación: No aplicable Confictos de interesses: Não há confitos de interesses. Aprobación étca: Fueron respetados los aspectos étcos de la Resolución 466/2012 del Consejo Nacional de Salud, y los términos del consentmiento libre e informado fueron aprobados por el Comité de Étca en Investgación de la Universidad Estadual Vale do Acaraú (Dictamen nº 2.102.883). Disponibilidad de datos y materiales: Los datos y materiales utlizados en este estu - dio no están disponibles para acceso público. Sin embargo, pueden ser solicitados a los investgadores. Contribuciones de los autores: La autora Ana Suelen Pedroza Cavalcante contribuyó en la planifcación de la investgación, la investgación de campo, la recolección de datos, su análisis e interpretación y la redacción del texto. Los autores Gabriel Pereira Maciel, Mirna Neyara Alexandre de Sá Barreto Marinho, Maria Rocineide Ferreira da Silva y Maristela Inês Osawa Vasconcelos contribuyeron al análisis e interpretación de los datos; redacción del texto; revisión fnal del texto. Procesamiento y edición: Editora Iberoamericana de Educación - EIAE. Corrección, formateo, normalización y traducción
e-ISSN: 2966-4543 1 Revista Ibero-Americana de Saúde Integrativa (RISI) , Bauru, v. 1, n. 00, e024004, 2024. Revista Ibero-Americana de Saúde Integrativa Ibero-American Journal of Integrative Health 1 Professor in the Medicine program at the State University of Ceará, Crateús Campus. Doctoral degree in Collective Health from the Graduate Program in Collective Health (PPSAC) at the State University of Ceará (UECE).2 Doctoral degree candidate in Physical Education with a focus on Physical Ac - tivity related to Health at the Graduate Program in Physical Education at the Federal University of Santa Catarina (UFSC). Master’s in Collective Health from the PPSAC at UECE.3 Faculty member at the University of Pernambuco. Doctoral degree in Clinical Health Care from the State University of Ceará.4 General Coordinator of Interfederati - ve and Participatory Coordination at the Ministry of Health. Doctoral degree in Collective Health from the Federal Uni - versity of Ceará.5 Pro-Rector for Research and Graduate Studies at the State University of Vale do Acaraú. Doctoral degree in Nursing from the Federal University of Ceará. Ana Suelen Pedroza CAVALCANTE 1anasuelen.cavalcante@uece.br Gabriel Pereira MACIEL2gabrielpmaciel12@gmail.comMirna Neyara Alexandre de Sá Barreto MARINHO3mirna.neyara@gmail.comMaria Rocineide Ferreira da SILVA4 ocineideferreira@gmail.comMaristela Inês Osawa VASCONCELOS5 osawa@gmail.com How to reference this paper: CAVALCANTE, A. S. P.; MACIEL, G. P.; MARINHO, M. N. A. de Sá B.; SILVA, M. R. F. da; VASCONCELOS, M. I. O. Organizaton of academic leagues: an analysis based on undergraduate courses in the health area. Revista Ibero-Americana de Saúde In- tegratva (RISI) , Bauru, v. 1, n. 00, e024004, 2024. e-ISSN: 2966-4543. DOI: htps://doi.org/10.47519/risi.v1i00.4 ABSTRACT: Introducton: Academic leagues need regulaton so that they can carry out actvites across the entre training tripod. In this sense, it is important to know how to organize these extracurricular actvites. Objec- tve: To present aspects related to the performance of academic leagues in the health sector. Methodology: This is a descriptve and documentary study, carried out in the municipality of Sobral - Ceará, during the period from August 2017 to May 2018, with eight academic leagues of medici - ne and nursing courses. Sixteen students and 8 teachers partcipated in the study. The collecton was carried out through documentary analysis, observaton, and interviews. The data were organized with the help of N - -Vivo sofware and Bardin’s content analysis. Results: I t was possible to learn about the regulaton of academic leagues, their operatng scenarios, league inserton mechanisms, their compositons, and how they organize themselves to acquire resources. Conclusion: The study brought an ap - proximaton of how these leagues are consttuted, with diferent compo - sitons, from centralizing and hierarchical to a panorama of horizontality and co-management. The limitatons of the research were the analysis of only two courses in the health area and the scarcity of investgatons co - vering this topic. Submited: 07/05/2024 Revisions required: 19/06/2024 Approved: 12/07/2024 Published: 10/12/2024 10.47519/risi.v1i00.4 ORGANIZATION OF ACADEMIC LEAGUES: AN ANALYSIS BASED ON UNDERGRADUATE COURSES IN THE HEALTH AREA ORGANIZAÇÃO DE LIGAS ACADÊMICAS: UMA ANÁLISE A PARTIR DE CURSOS DE GRADUAÇÃO DA ÁREA DA SAÚDEORGANIZACIÓN DE LIGAS ACADÉMICAS: UN ANÁLISIS A PARTIR DE CURSOS DE GRADUACIÓN EN EL ÁREA DE LA SALUD
2 Revista Ibero-Americana de Saúde Integrativa (RISI) , Bauru, v. 1, n. 00, e024004, 2024. e-ISSN: 2966-4543. 10.47519/risi.v1i00.4 KEYWORDS: Health Training. Academic Leagues. Nursing. Medicine. RESUMO: Introdução: As ligas acadêmicas necessitam de uma regulamen- tação, para que realizem atvidades de todo o tripé da formação. Neste sentdo, é importante conhecer a organização dessas atvidades extracur - riculares. Objetvo: Apresentar os aspectos relatvos à atuação de ligas acadêmicas da área da saúde. Metodologia: Trata-se de um estudo do tpo descritvo e documental, realizado no município de Sobral - Ceará, durante o período de agosto de 2017 a maio de 2018, com oito ligas aca - dêmicas dos cursos de medicina e enfermagem. Partciparam do estudo 16 discentes e oito docentes. A coleta foi realizada por meio de análise documental, observação e entrevistas. Os dados foram organizados com o auxílio do sofware N-Vivo e a análise de conteúdo de Bardin. Resulta-dos: Foi possível conhecer a regulamentação das ligas acadêmicas, seus cenários de atuação, mecanismos de inserção das ligas, suas composições e ainda como estas se organizam para adquirir recursos. Conclusão: O es - tudo trouxe uma aproximação de como estas ligas estão consttuídas, com composições diversas, desde centralizadora e hierarquizada a um panora - ma de horizontalidade e cogestão. A pesquisa apresentou como limitações a análise de apenas dois cursos da área da saúde e a escassez de invest - gações que abranjam esta temátca. PALABRAS CLAVE: Formación en Salud. Ligas Académicas. Enfermería. Me - dicina. RESUMEN: Introducción: Las ligas académicas necesitan regulación para que realicen actvidades de todo el trípode de la formación. En este sentdo, es importante conocer la organización de estas actvidades extraescolares. Objetvo: Presentar los aspectos relacionados con el desempeño de las li - gas académicas en el área de la salud. Metodología: Se trata de un estudio descriptvo y documental, realizado en el municipio de Sobral - Ceará, en el período de agosto de 2017 a mayo de 2018, con ocho ligas académicas de los cursos de medicina y enfermería. Un total de 16 estudiantes y ocho profesores partciparon en el estudio. La recolección de datos se realizó a través del análisis de documentos, observación y entrevistas. Los datos se organizaron con la ayuda del sofware N-Vivo y el análisis de contenido de Bardin. Resultados: Se pudo conocer la regulación de las ligas acadé -micas, sus escenarios de actuación, mecanismos de inserción de las ligas, sus composiciones y también cómo se organizan para adquirir recursos. Conclusión: El estudio aportó una aproximación de cómo se consttuyen estas ligas, con diversas composiciones, desde centralizadoras y jerárqui - cas hasta un panorama de horizontalidad y cogestón. Las limitaciones de la investgación fueron el análisis de solo dos cursos en el área de la salud y la escasez de investgaciones que abarquen este tema. PALABRAS CLAVE: Capacitación en Salud. Ligas Académicas. Enfermería. Medicina. Artcle submited to the similarity system Chief Editor: Kaique Cesar de Paula Silva Executve Editor: José Anderson Santos Cruz
CAVALCANTE, A. S. P.; MACIEL, G. P.; MARINHO, M. N. A. de Sá B.; SILVA, M. R. F. da; VASCONCELOS, M. I. O. 3 10.47519/risi.v1i00.4 Revista Ibero-Americana de Saúde Integrativa (RISI) , Bauru, v. 1, n. 00, e024004, 2024. e-ISSN: 2966-4543. INTRODUCTION Academic Leagues (AL) emerged in 1920 with the creaton of the League Against Syphi - lis at the University of São Paulo, but they gained signifcant expansion during the military dictatorship period, when access to knowledge became more restricted, and student organiza - tons mobilized to acquire informaton and assist the populaton (Cavalcante et al. , 2021). Sin - ce then, this movement has been consistent. Among the extracurricular actvites performed by health students, 52% are characterized by ALsLA (Ferreira et al. , 2018).It is expected that students can identfy themes that promote theoretcal deepening, with a view toward social transformaton. Although the ALs linked to nursing courses, at their incepton, were infuenced by the medical course leagues (which were primarily guided by specialtes), they present a holistc perspectve of the individual being cared for. The docu - ments that regulate them show similarites in terms of organizatonal structure, but difer in their design, with a focus on the life cycle.Furthermore, it is evident that the management models of nursing leagues are predo - minantly horizontal, promotng the exercise of co-management between students and faculty, due to the presence of assemblies and advisory councils. In contrast, most medical leagues are vertcally structured with a focus on the centrality of the board of directors.The primary objectve of ALs in the health feld is to provide students with opportunites for practcal experience and skill acquisiton in care, considering the inseparability between as - sistance, research, and technical-scientfc development, while bringing together teaching, re - search, and extension, thus consttutng a formatve and transformatve space, strengthening the academy-community bond (Cavalcante et al. , 2021).To understand and apply this process, it is important to be aware of how ALs are cur - rently organized. Therefore, this study aims to present aspects related to the functoning of academic leagues in the health feld. METODOLOGY This is an exploratory-descriptve, documentary case study with a qualitatve approach, conducted from August 2017 to May 2018. The research setng covered two public universi - tes located in the interior of the state of Ceará: the State University of Vale do Acaraú (UVA) and the Federal University of Ceará (UFC), both located in the municipality of Sobral. The in - vestgaton involved four academic leagues (ALs) from the Nursing program and four from the Medicine program at these insttutons. The choice of universites was based on their histori - cal signifcance in the region, while the ALs from these programs were selected due to their
Organization of academic leagues: an analysis based on undergraduate courses in the health area 4 10.47519/risi.v1i00.4 Revista Ibero-Americana de Saúde Integrativa (RISI) , Bauru, v. 1, n. 00, e024004, 2024. e-ISSN: 2966-4543. representaton in the health feld, considering that these professions are essental at all levels of care.The study involved eight faculty members responsible for the academic leagues and 16 students, including members of the AL boards and students without leadership roles, ran - domly selected, provided they met the established inclusion criteria. The inclusion criteria consisted of being regularly enrolled in one of the aforementoned programs, being an actve member of one of the academic leagues during the data collecton period, and having partci - pated in the respectve league’s actvites for at least one semester.For data collecton, a documentary analysis of documents produced by the Academic Leagues (ALs) was conducted, along with observaton of the meetngs of these leagues, to - taling 24 observaton sessions, with three meetngs for each league. Structured interviews were also conducted with partcipants. For the documentary analysis, the faculty members responsible for the ALs were asked to provide the documents, with a prior guide for data collecton. Observatons took place according to the meetng schedules of each league, while the structured interviews were guided by the Natonal University Extension Policy, dated 2012 (FORPROEX, 2012).The Academic Leagues studied were: the Family Health Nursing League (LESF), the Ado - lescent Health Promoton Academic League (LIPSA), the Emergency and Urgency Nursing League (LENUE), and the Interdisciplinary League in Child Health (LISCRI), all afliated with the Nursing course. In the Medical course, the studied leagues were: the Sobral Plastc Surgery Academic League (LACIPS), the Sobral Otolaryngology and Head and Neck Surgery Academic League, the Sobral Family and Community Medicine League (LIMFACS), and the Sobral Trauma League.For data analysis, the Content Analysis Technique, as proposed by Bardin (2011), was used, with the support of the N-Vivo sofware. The results were also presented in tables and fgures. The research received favorable approval from UVA’s Ethics and Research Commitee (CEP), under number 2,102,883, ensuring compliance with all ethical principles. The confden - tality of the partcipants and the Academic Leagues was fully respected. RESULTS Regulation of the Academic Leagues The results of this study highlighted the urgent need for regulaton of the Academic Le - agues (ALs). All the ALs investgated had a statute, a document that governs the actons of its members, establishing rights, dutes, and norms for its functoning. It was also observed that the - re was a similarity between the statutes of the ALs linked to the Medicine and Nursing courses.
CAVALCANTE, A. S. P.; MACIEL, G. P.; MARINHO, M. N. A. de Sá B.; SILVA, M. R. F. da; VASCONCELOS, M. I. O. 5 10.47519/risi.v1i00.4 Revista Ibero-Americana de Saúde Integrativa (RISI) , Bauru, v. 1, n. 00, e024004, 2024. e-ISSN: 2966-4543. The studied ALs developed their regulatons based on the Natonal University Exten - sion Policy, which, since 1999, through the Natonal University Extension Plan, has been widely discussed in the Forum of Pro-Rectors of Brazilian Public Higher Educaton Insttutons (FOR - PROEX). This policy outlines guidelines for forming and organizing these leagues, aiming to strengthen the integraton between teaching, research, and extension. The League must operate in accordance with the set of Natonal Guidelines for Aca - demic Leagues (LISCRI Statute, our translaton).(...) we based ourselves on the statute of a medical league, we researched on the internet and saw that in São Paulo, all the leagues are very well coordinated, the medical leagues (Student Coordinator Nursing III, our translaton). There are several associatons linked to the Academic Leagues (ALs) in specifc special - tes, as mentoned by the partcipants during the interviews, such as the Brazilian Associaton of Family Health Academic Leagues and the Brazilian Associaton of Plastc Surgery. Addito - nally, during the Emergency and Urgency Nursing League (LENUE) observaton sessions, the partcipants referred to the Brazilian Commitee of Trauma Leagues. Besides this congress, there are the campaigns that the league organizes in part - nership with the Brazilian Associaton of Plastc Surgery Leagues, so we always carry out three campaigns a year (...); there is also the part of training, the part where we establish partnerships with schools here in Sobral, it’s quite varied (Medical League Member I, our translaton).The league was already registered with ALASC; previous presidents did the same; I don’t know exactly when ALASC was created, but if I’m not mistaken, since ALASC’s founding, LIMFACS has been involved, it was one of the frst leagues to partcipate. In fact, we have a member who was a former president of LIMFACS, and she was also very actve in this (Student Coordinator, Medical Course I, our translaton). These associatons functon as regulatory bodies for the Academic Leagues (ALs) in their respectve areas, possessing their statutes aimed at guiding the registered leagues. They may operate voluntarily, without charging partcipaton fees, or have contributng members who pay established monthly dues. These associatons are ofen linked to medical insttutons, such as the Associaton of Family and Community Medicine Leagues (ALASF), which is afliated with the Brazilian Society of Family and Community Medicine. There is the Associaton of Family and Community Medicine Leagues, which is ALASF. I am the Regional Director here in the Northeast, just as there are directors in the Sou - theast and other regions. We are spreading the word, I’m from the Northeast, specif - cally Ceará, and today there are leagues in Pernambuco, we have representatves from all over, it’s really cool. (Student Coordinator, Medical Course I, our translaton)(...) at least the previous one, I don’t think there was any fee, it’s more informal, there’s a structure with a university that centralizes it, but it also has a strong rela - tonship with the Brazilian Society of Plastc Surgery, and that’s where it gains more
Organization of academic leagues: an analysis based on undergraduate courses in the health area 6 10.47519/risi.v1i00.4 Revista Ibero-Americana de Saúde Integrativa (RISI) , Bauru, v. 1, n. 00, e024004, 2024. e-ISSN: 2966-4543. importance and insttutonalizaton. I think that’s a positve development for the pro - ject (Medical League Member I, our translaton). All the leagues studied are afliated with the Extension Pro-Rectories (PROEX) of their res - pectve undergraduate courses, with this university body being responsible for issuing certfcates. Operational Scenarios The Academic Leagues (ALs) operate in various healthcare setngs, as illustrated in Figure 1. Figure 1 - Operatonal Scenarios of the Academic Leagues that partcipated in this study.Sobral, Ceará, Brasil. 20186 Source: Prepared by the authors. It is noted that, in additon to the ALs’ actvites in Family Health Centers and hospital environments, their reach extends into broader territories, as shown in the following citatons. Art. 32 – It is important to note that the actvites of the League will be carried out in Basic Health Units (UBS), and agreements may also be established with other insttutons, such as Flor do Mandacaru, Trevo de Quatro Folhas, at the discreton of the League’s Board and with the consent of these services for the partcipaton of League members (Statute of LESF, our translaton).(...) in the beginning, we also did actvites that were not directly related to healthca - re, but were linked to epidemiology, so there were some visits to... the epidemiology center, which is referred to as zoonosis (Professor, Medicine III, our translaton). It should also be highlighted that the Academic Leagues (ALs) do not exclusively ope - rate in healthcare services, but also carry out a variety of actvites in schools, daycare cen - 6 Legend Translaton: 1 - Nursing League 1; 2 - Nursing League 2; 3 - Nursing League 3; 4 - Nursing League 4; 5 - Med. League 1; 6 - Med. League 2; 7 - Med. League 3; 8 - Med. League 4.
CAVALCANTE, A. S. P.; MACIEL, G. P.; MARINHO, M. N. A. de Sá B.; SILVA, M. R. F. da; VASCONCELOS, M. I. O. 7 10.47519/risi.v1i00.4 Revista Ibero-Americana de Saúde Integrativa (RISI) , Bauru, v. 1, n. 00, e024004, 2024. e-ISSN: 2966-4543. ters, and shelters. These leagues engage in actons within Non-Governmental Organizatons (NGOs), social assistance services, and the Specialized Reference Center for People in Situa - tons of Street Living (Centro POP). (...) it involves the Casa Acolhedora do Arco, a project that welcomes mothers with a history of crack use, the APAE, the São Francisco shelter (...) (Nursing League Mem - ber I, our translaton).(...) there is the Centro POP, which provides support to homeless people, a service aimed at the homeless (...), so the idea is that you can carry out health educaton actons, promotng something beyond a mere assistance service, ofering things (Pro - fessor, Nursing II, our translaton).Currently, they have extension projects that are developed in basic units or some NGOs such as APAE, and also at Casa Acolhedora (...) (Professor, Nursing IV), our translaton). Forms of Insertion into the Leagues The academic leagues afliated with the Medicine course do not have a specifc dura - ton, meaning students join through a selecton process and may remain untl the completon of their degree. On the other hand, the nursing course leagues have a predetermined period of involvement, ranging from six months to one year, although there is no interrupton of act - vites. The selecton processes for the Medical Leagues occur only when there is a need to fll vacant positons, as illustrated in the following excerpt: Therefore, a new selecton process will be held at the beginning of each semester (...). Paragraph two: The selecton process will only be carried out when there is a need to fll vacancies and/or expand the number of students (Statute of LIMFACS, our translaton). The selecton process for the academic leagues studied can consist of one to three stages, with the frst stage being eliminatory and the subsequent stages being classifcatory when the pu - blic notce includes more than one phase. Other forms of selecton were also presented as follows: The selecton process will consist of three stages: I. The frst stage will consist of a writen exam (30 multple-choice questons), to be held on a date to be announced later, with a duraton of 2 hours; II. The second stage, held one week later, will con - sist of a seminar presentaton, with the theme announced afer the frst stage, las - tng 10 minutes. The theme will be disclosed to those selected for the second phase and must be presented to the general public, without the use of slides; III. The third stage will be an interview, conducted immediately afer the seminar presentatons (LIMFACS Public Notce, our translaton).The selecton process will be conducted in a single phase, which is both classifcatory and eliminatory: A collectve interview and group actvity will take place. In this pha - se, groups will be formed, and each group will consist of a set number of partcipants, depending on the number of applicants (LESF Public Notce, our translaton).
Organization of academic leagues: an analysis based on undergraduate courses in the health area 8 10.47519/risi.v1i00.4 Revista Ibero-Americana de Saúde Integrativa (RISI) , Bauru, v. 1, n. 00, e024004, 2024. e-ISSN: 2966-4543. The selecton process is directed at students of the Medicine or Nursing courses linked to the respectve universites with which the leagues are afliated, with the excepton of the Interdisciplinary League in Child Health (LISCRI), which is also open to students of the undergraduate Physical Educaton program. Students may apply to the selecton process according to the semester in which they are enrolled, taking into account the requirement of prior knowledge on the subject addressed by the league, especially in the leagues linked to the Nursing program. Composition of the Academic Leagues All of the leagues in this study presented a board or coordinaton with various posi - tons, as listed in Chart 1. Chart 1 - Compositon of the board/coordinator of the academic leagues partcipatng in this study. Sobral, Ceará, Brasil, 2018 Source: Developed by the authors. The leagues operate through working groups, in which a set number of students is responsible for common tasks based on the division of dutes. Through the analysis of these LISCRILAOCCPSLIPSATRAUMA General Student Coordinator PresidentPresidentPresident Deputy Student Coordinator SecretaryVice-PresidentVice-President Secretary of Educaton Campaign DirectorDirector of EducatonDirector of Educaton Research Secretary Scientfc DirectorResearchDirectorScientfc and Research BoardSecretary/Treasurer - ChiefFinancialOfcerDirector of Finance and Assets Secretaria deExtension Internship DirectorDirector of ExtensionDirector of Extension -- Executve DirectorFirstSecretarySecond Secretary Communicatons and Marketng Secretary - Marketng Director and Cultural Director Preventon Center LENUELACIPSLESFLIMFACS PresidentPresidentPresidentPresidentOthers Field Manager and Marketng Manager Material and Surgical Instrument Manager and Second Marketng Manager IT and Marketng Director Media and Print DirectorVicePresidentVice PresidentVice PresidentVice PresidentDirector ofEducatonEducaton ManagerSocio-Academic Director ResearchDirectorScientfc Iniciaton ManagerScientfc DirectorScientfc DirectorChief Financial OfcerTresuarerChief Financial OfcerDirector of Finance and AssetsExecutve DirectorFirstSecretary Second Secretary Administratve Director FirstSecretarySecond SecretaryDirector ofExtension -- POSITIONSLEAGUES Director of Teaching, Research and Extension
CAVALCANTE, A. S. P.; MACIEL, G. P.; MARINHO, M. N. A. de Sá B.; SILVA, M. R. F. da; VASCONCELOS, M. I. O. 9 10.47519/risi.v1i00.4 Revista Ibero-Americana de Saúde Integrativa (RISI) , Bauru, v. 1, n. 00, e024004, 2024. e-ISSN: 2966-4543. roles and the observaton sessions of this study, it was possible to identfy both a horizontal compositon, as illustrated in Figure 2, and a vertcal compositon, as represented in Figure 3. Figure 2 - Representaton of the horizontal compositon identfed in academic leaguespartcipatng in the study. Sobral, Ceará, Brasil, 20187 Source: Developed by the authors. Figure 3 - Representaton of the vertcal compositon identfed in academic leagues partcipatng in the study.Sobral, Ceará, Brasil, 20188 Source: Developed by the authors. 7 Translation from left to right: Student Coordinator/Assistant Student Coordinator; Teacher Advisors; Secretary of Marketing, Information Technology, and Communication; Financial Secretary; Cultural Director; Manager of Surgical Materials and Instruments; Executive/Administrative Secretary; Secretary of Education; Secretary of Research; Secretary of Extension.8 Top to bottom translation: Supervising professor; Founding members; President; Vice-president; Secretary of Extension/Secretary of Education; Secretary of Research; Financial Secretary; Executive Secretary; Secretary of Marketing; Cultural Director; Manager of surgical material and instruments; Binders
Organization of academic leagues: an analysis based on undergraduate courses in the health area 10 10.47519/risi.v1i00.4 Revista Ibero-Americana de Saúde Integrativa (RISI) , Bauru, v. 1, n. 00, e024004, 2024. e-ISSN: 2966-4543. Financial Resources of Academic Leagues Academic Leagues (AL) adopt strategies to fnance their actvites, aiming to acquire essental resources for their maintenance. A key challenge faced by public universites the - mselves is unstable funding, which complicates the establishment of a solid foundaton for university extension fnancing (Moreira et al. , 2019).Among the eight leagues surveyed, three did not have scholarship recipients. In the leagues with scholarships, all recipients were the coordinators. In some leagues, students par - tally or fully allocated the value of their scholarships to the individuals responsible for orga - nizing the fnancial resources of the leagues. However, the majority of the resources come from events and courses, which generate funds for the development of their actvites and the acquisiton of materials. (...) we had a treasury, and we stll have a safe, right? The way it worked was that, as the league always had a scholarship, half of the 400-real scholarship was for the president, and the other half was for the league (Medical Student Coordinator I, our translaton).We receive a scholarship, but the scholarship belongs to the scholarship recipients, and it cannot be spent according to PROEX regulatons. The scholarship recipient cannot use their earnings for the project; it must be for personal learning, as you wish, but it cannot be for the league (Medical Student Coordinator III, our transla - ton).(...) we organized the event, and we have money in the account afer the event. With the money from the event, we’ve already purchased materials (Nursing Professor I, our translaton). For the development of their actvites, the members also use their resources to acqui - re materials, with a proportonal division of the cost of the purchased items. Additonally, they may charge registraton fees for the leagues’ open calls, apply fnes for tardiness, absences at meetngs, and other failures related to the actvites of the leagues, or establish monthly fees, with the aim of building a fnancial resource pool. The members also have the opton to acquire materials and/or equipment that will be used in the league’s actvites and/or donated to the university itself. There was a tme when we used to impose a symbolic fne, if someone missed a meetng without justfcaton: one real (laughs), and with those one-real fnes, we could make photocopies, something like that, but to buy materials for an event, it was split. (...) I paid for the banner, it was like that, now (...) (Nursing Professor I, our translaton).The goods acquired with LIMFACS funds or through scholarships, sponsorships, and donatons automatcally become part of the project’s assets (LIMFACS Statute, our translaton).
CAVALCANTE, A. S. P.; MACIEL, G. P.; MARINHO, M. N. A. de Sá B.; SILVA, M. R. F. da; VASCONCELOS, M. I. O. 11 10.47519/risi.v1i00.4 Revista Ibero-Americana de Saúde Integrativa (RISI) , Bauru, v. 1, n. 00, e024004, 2024. e-ISSN: 2966-4543. DISCUSSION There is no consensus in the literature regarding the defniton of Academic Leagues (AL). However, both the Natonal Executve Directorate of Medical Students (DENEM), the Bra - zilian Associaton of Academic Leagues (ABLAM), and several authors who have investgated the topic characterize the leagues as student associatons that adopt the university triad—tea - ching, research, and extension—as their reference framework (Cavalcante et al. , 2021; Morei - ra et al. , 2019; Goergen; Hamamoto Filho, 2021).Regarding their regulaton, there are currently various statutes available online for ALs across diferent undergraduate courses and insttutons, which establish the operatonal nor - ms for these extracurricular actvites and can serve as models for systematzaton. In 2017, DENEM published a booklet on academic leagues, providing a suggested model of statute to be followed (Brasil, 2014).At the natonal level, some documents regulate the ALs in medical courses, justfed by the long history of this profession. In this regard, there is a clear need for an interdisciplinary document, or even an insttutonal one, to guide the regulaton of ALs in other health-related courses.With the expansion of ALs in medical courses, the debate within Medical Educaton re - garding the inclusion of these actvites in academic curricula has intensifed. In 2005, ABLAM was founded, and in 2010, through a General Assembly, it launched the Natonal Guidelines for Academic Leagues of Medicine, which defne the principles, foundatons, conditons, and procedures for the formaton and operaton of the leagues (Brasil, 2010).There is an urgent need to strengthen the regulaton and periodic evaluaton of AL actvites (Ferreira; Souza; Botelho, 2016). as well as the recogniton of their importance for training in the health feld, with due oversight by the educatonal insttutons from which they originate and in which they operate.In this context, in 2017, with the growth of ALs in the Nursing Program at the State University of Vale do Acaraú (UVA), the Pro-Rectorate of Extension (PROEX) issued a resoluton that defned the accreditaton and operatonal standards for the leagues, including the ele - ments that should be included in their statutes (Sobral, 2017a).The coordinaton carried out by the Academic Leagues (AL) aligns with the statements made by municipal health managers, who highlight the existence of other mechanisms within the health network to support Primary Health Care (PHC), contributng to increased access and the improvement of the quality of care provided to the populaton (Ribeiro et al. , 2020).In additon to strengthening the actons of PHC, as well as those in medium and high complexity healthcare, the ALs develop actvites in various setngs throughout the municipa - lity, contributng not only to actons within the Health Care Network (RAS) but also enhancing
Organization of academic leagues: an analysis based on undergraduate courses in the health area 12 10.47519/risi.v1i00.4 Revista Ibero-Americana de Saúde Integrativa (RISI) , Bauru, v. 1, n. 00, e024004, 2024. e-ISSN: 2966-4543. intersectonality within the Unifed Health System (SUS).The partcipatng leagues operate within the Municipal Health School System (SMSE) of Sobral, which regulates their actons, provides support to insttutons, and organizes internship felds, clinical placements, technical visits, and extension experiences. The system also ensures that each establishment within the municipal health network serves as a space for carrying out extension and research actvites (Sobral, 2017b).Several authors agree with the idea that the greater the opportunites for students to experience intersectoral spaces and interact with other professions, the greater the pos - sibilites for integrality in the practces carried out, directly contributng to health educaton (Carvalho et al. , 2019).Populaton health can only be achieved through the coordinaton of various services and sectors, with intersectorality as a central focus. This facilitates a macro view of reality, the planning of actons, and decision-making processes that foster collectve engagement, while posing a challenge for implementng public policies that can address social demands (Buss et al. , 2020). Thus, the actvites of the Academic Leagues (AL) must acknowledge the need for contnuous evoluton in health educaton, understanding that coordinaton between diferent sectors is challenging and requires new approaches.The challenges faced by Brazilian healthcare demand an integrated and contextualized health educaton model, one that bridges theory and practce while incorporatng the realites of services within their economic, politcal, and cultural contexts. This approach prepares futu - re professionals for preventon, promoton, protecton, and rehabilitaton actons, both at the individual and collectve levels (Cavalcante et al. , 2021).The use of practce scenarios beyond healthcare services allows students to acquire knowledge about health services and existng community-based resources. This enables them to identfy issues, understand their causes, and develop skills to address them, through the exchange of knowledge between students, professionals, and the community.In this way, the university fulflls its teaching functon and its role in social responsibi - lity, providing dynamic learning opportunites. This ensures that future professionals engage not only with technical knowledge but also with commitment, ethics, and involvement in their practces.The selecton processes of the leagues are typically organized by the leadership, using interviews, group discussions, registraton forms, an analysis of the candidate’s academic his - tory, a minimum atendance requirement of 75% in introductory courses, the submission of writen essays, and examinatons (Silva; Flores, 2015). These fndings align with those obser - ved in this study.The analyzed documents and testmonials indicate that the selecton mechanisms in - clude writen exams, for which study references are provided, a leter of intent, and a curricu -
CAVALCANTE, A. S. P.; MACIEL, G. P.; MARINHO, M. N. A. de Sá B.; SILVA, M. R. F. da; VASCONCELOS, M. I. O. 13 10.47519/risi.v1i00.4 Revista Ibero-Americana de Saúde Integrativa (RISI) , Bauru, v. 1, n. 00, e024004, 2024. e-ISSN: 2966-4543. lum evaluaton, along with interviews, which can be either individual or group-based. In indi - vidual interviews, candidates are asked to present an educatonal technology or a pedagogical project related to the thematc area of the league they are applying to. The leagues prefer group interviews, as they allow for the identfcaton of personal development skills from the outset of the selecton process.It is observed that the selecton processes exclude students in their fnal semesters, as they are already in their internship period, which involves a substantal workload. In the Medicine program at UFC, the internship takes place from the ninth to the twelfh semester, lastng 23 months with a total workload of 4,488 hours. In the Nursing program at UVA, the internship occurs from the eighth to the tenth semester, with a total workload of 1,680 hours (Sobral, 2001; Sobral, 2017c).The statutes and other ofcial documents of the ALs stpulate that at least one faculty member must act as a supervisor. In this context, collaboraton between faculty and students is essental, with the professor serving as a mediator and facilitator of the teaching-learning processes, highlightng the actve and autonomous role of the students.The president and vice president of the ALs have leadership roles, being responsible for guiding and coordinatng various actvites, with the expectaton that these actons will be carried out in collaboraton with other board members. The director or secretary of tea - ching, research, and extension is responsible for organizing theoretcal and/or training actvi - tes, scientfc producton, clinical actvites in practce setngs, health promoton actons, and other actvites involving contact with the community.The fnancial director or treasurer is responsible for organizing the league’s fnancial resources and ensuring transparency in their use. The executve director or secretary assu - mes responsibility for bureaucratc tasks, such as recording minutes and sending ofcial docu - ments. Positons related to marketng are tasked with managing communicaton and publicity. The compositon of this leadership or coordinaton is determined through electons or by the appointment of the faculty advisor, with member rotaton occurring according to the periods specifed in the statutes.It is essental to have rotaton within the leadership or coordinaton to provide diferent students with the opportunity to experience partcipaton in management roles, contributng to developing or enhancing essental competencies for their professional practce, such as decision-making, people management, and confict resoluton.The organizaton of general assemblies, which serve as spaces for co-management, was also identfed. These assemblies allow for collectve decision-making through votng by the various members of the leagues. These meetngs occur periodically or by extraordina - ry convocatons. Additonally, there are advisory councils responsible for providing guidance to the league’s board in the organizatonal processes, consistng of both faculty and student
Organization of academic leagues: an analysis based on undergraduate courses in the health area 14 10.47519/risi.v1i00.4 Revista Ibero-Americana de Saúde Integrativa (RISI) , Bauru, v. 1, n. 00, e024004, 2024. e-ISSN: 2966-4543. members.It is important to note that the leagues are composed of professors, university stu - dents, and professionals linked to the health services where the leagues operate. As men - toned earlier, the leagues are primarily focused on the teaching and learning objectves of students. However, it is observed that they should place greater emphasis on addressing the needs of social demands. In this context, greater involvement of the community in the league’s organizatonal dynamics is suggested. This raises the queston: would it be feasible for commu - nity members to partcipate in the compositon of the leagues? How could this partcipaton be operatonalized?The social commitment of the university is the result of a set of relatonships and ac - tons agreed upon by the stakeholders, where informaton plays a role but is not the ultmate goal of the acton. While there are insttutonalized spaces for social partcipaton (Buziquia et al. , 2023), it is necessary to expand these spaces so that the populaton can mobilize and fght for their causes. There are leagues where decision-making and organizatonal processes occur in a ho - rizontal manner, ensuring that all members have the right to express their opinions, with de - cisions made collectvely through dialogue and listening to those involved. In this educatonal proposal, students take on a leading role, developing various competencies. The members of these leagues refer to this form of organizaton as “expanded coordinaton,” where students, professors, and health professionals actvely partcipate in decision-making processes, promo - tng the autonomy of those involved (Freire, 1996).However, there are also leagues where these processes are carried out in a vertcal and descending manner, highlightng a hierarchical characteristc. This approach is based on a unidirectonal model of knowledge transmission, in which the partcipants assume a passive role, without space for refecton and/or critcal thinking.Despite these characteristcs, it can be afrmed that the insttutons studied exhibit elements that can support the formaton of other academic leagues. Most universites either lack or have limited regulatory mechanisms for leagues (Soares; Santana; Cunha, 2018).Regarding funding, FORPROEX establishes that the reactvaton of the Ministry of Educaton’s extension scholarship system should occur, at levels equivalent to those of scien - tfc initaton and monitoring scholarships, in additon to existng insttutonal scholarships or those ofered by other agencies (Forproex, 1999; Forproex, 2012). It is important to emphasize that these initatves should be directed towards the academic development of students, as well as their actvites, considering that the scholarships are granted on an individual basis. In this sense, it is suggested that additonal alternatves for funding extension actvites be en - couraged. League members have found that organizing events is a strategy for raising funds in a
CAVALCANTE, A. S. P.; MACIEL, G. P.; MARINHO, M. N. A. de Sá B.; SILVA, M. R. F. da; VASCONCELOS, M. I. O. 15 10.47519/risi.v1i00.4 Revista Ibero-Americana de Saúde Integrativa (RISI) , Bauru, v. 1, n. 00, e024004, 2024. e-ISSN: 2966-4543. short period. This practce is adopted by various academic leagues, as evidenced by reports in the studies. The resources necessary for maintaining the leagues are obtained through dona - tons or events organized by the members themselves, becoming the primary source of reve - nue for sustaining their actvites. Most leagues rely on funding from their members, a reality also identfed in the study by Ferreira, Souza, and Botelho (2016) regarding the profle and contributons of leagues to medical educaton. The league’s statutes outlines the acquisiton of resources and assets, and the benefts may extend not only to the partcipatng members but also to other students at the university to which the leagues are afliated. FINAL CONSIDERATIONS The study provided an analysis of the leading academic leagues in the medicine and nursing programs, revealing the diversity of the compositon of these leagues. A variaton was observed between centralizing and hierarchical structures and those based on a dynamic of horizontality and co-management.Although the leagues are structured as extension actvites that integrate teaching and research, promotng student leadership, they face challenges related to funding their actons and structuring a comprehensive educaton, especially in the areas of communicaton and strengthening social partcipaton.Despite being designed to promote the dimension of knowledge, these leagues repre - sent a unique opportunity for universites to strengthen tes with society and, above all, con - solidate their social role, which is to contribute to improving people’s quality of life.The research presented limitatons, with the analysis being restricted to two health - -related programs and, primarily, the scarcity of studies that address this topic in a broader context. It is hoped that the results obtained may support universites in forming their Aca - demic Leagues and promote refecton on the Politcal-Pedagogical Projects of the programs.
Organization of academic leagues: an analysis based on undergraduate courses in the health area 16 10.47519/risi.v1i00.4 Revista Ibero-Americana de Saúde Integrativa (RISI) , Bauru, v. 1, n. 00, e024004, 2024. e-ISSN: 2966-4543. REFERENCES BARDIN, L. Análise de Conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2011.BRASIL. Associação Brasileira de Ligas Acadêmicas de Medicina. Diretrizes Nacionais em Ligas Acadêmicas de Medicina . 2010. Available at: htps://s3.us-east-1.amazonaws.com/assets.univaco.edu.br/resources/fles/ligas-academicas/diretrizes-nacionais-em-ligas-acade - micas-de-medicina.pdf. Accessed at: 10 jul. 2024.BRASIL. Direção Executva Nacional dos Estudantes de Medicina (DENEM). Ligas Acadêmicas . Coordenação Cientfca. Belém, PA. 2014. 34 p. Available at: htps://www.denem.org.br/wp - -content/uploads/2017/01/Cartlha-Ligas-Acade%CC%82micas-CoCien.pdf. Accessed at: 10 jul. 2024.BUSS, P. M.; HARTZ, Z. M. A.; PINTO, L. F.; ROCHA, C. M. F. Promoção da saúde e qualidade de vida: uma perspectva histórica ao longo dos últmos 40 anos (1980-2020). Ciência & Saúde Coletva , [S. l.] , v. 25, n. 12, 2020.BUZIQUIA, S. P.; JUNGUES, J. R.; LOPES, P. P. S.; NIED, C.; GONÇASLVES, T. R.. Partcipação social e Atenção Primária em Saúde no Brasil: uma revisão de escopo. Saúde e Sociedade , [S. l.] , v. 32, 2023.CARVALHO, C. R.; LOPES, R. E.; DIAS, DE ARAÚJO DIAS, M. S.; NETO, F. R. G. X.; FARIAS, Q. L. T.; CAVALCANTE, A. S. P. Contribuição das Ligas Acadêmicas para Formação em Enfermagem. Enfermagem em Foco , [S. l.] , v. 10, n. 6, 2019. CAVALCANTE, A. S. P.; VASCONCELOS, M. I. O., CECCIM, R. B.; MACIEL, G. P.; RIBEIRO, M. A.; HENRIQUES, R. L. M.; ALBUQUERQUE, I. N. M.; DA SILVA, M. R. F. Em busca da defnição con - temporânea de “ligas acadêmicas” baseada na experiência das ciências da saúde. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, [S. l.] , v. 25, 2021. FERREIRA, I. G; CARREIRA, L. B.; MURPHY, N.; SOARES, A. C. B.; FONSECA, P. C. C.; DE SOUU - SA, L. E. A. Atvidades extracurriculares: uma perspectva comparatva entre faculdades de saúde no Brasil e na Irlanda. ABCS Health Science, [S. l.] , v.43, n.2, 2018. FERREIRA, I. G.; SOUZA, L. E. A.; BOTELHO, N. M. Ligas Acadêmicas de Medicina: perfl e con - tribuições para o ensino médico. Rev. Soc. Bras. Clín. Méd., [S. l.] , v. 14, n.4, 2016.FORPROEX. Plano Nacional de Extensão Universitária . Ilhéus: Editus, 1999. FORPROEX. Polítca Nacional de Extensão . Fórum de Pró-Reitores das Insttuições Públicas de Educação Superior Brasileiras: Manaus, 2012.FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prátca educatva. São Paulo: Paz e Terra, 1996.GOERGEN, D. I.; HAMAMOTO FILHO, P. T. As ligas acadêmicas e sua aproximação com socie - dades de especialidades: um movimento de contrarreforma curricular? Revista brasileira de educação médica, [S. l.] , v.45, n.2, 2021.MOREIRA, L. M.; MENNIIN, R. H. P.; LACAZ, F. A. C.; BELLINI, V. C. Ligas Acadêmicas e Forma - ção Médica: Estudo Exploratório numa Tradicional Escola de Medicina. Revista brasileira de educação médica, [S. l.] , v. 43, n. 1.RIBEIRO, M.A.; JÚNIOR, D. G. A.; CAVALCANTE, A. S. P.; MARTINS, A. F.; DE SOUSA, L. A.; CAR -
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